O telão começa a piscar freneticamente um tom azul escuro, e logo começa a se ouvir batidas eletrônicas sem muita construção de instrumental, apenas alguns ecos dos versos de Danger ao fundo. O nome de Yves é exibido no telão em cima da palavra "Angel", enquanto o telão está com um efeito de glitch.
Então, repentinamente ouve-se um som de vidro estilhaçando, e o instrumental cessa. Uma sirene nuclear então toma conta do palco, soando muito alto, junto a um medidor de radioatividade que começa a apitar freneticamente, enquanto o palco se enche de fumaça artificial. Vários dançarinos e dançarinas começam a entrar no palco por suas extremidades. Eles vestem calças camufladas brancas, estão sem camisa (cropped camuflado branco nas dançarinas), mas o destaque se dá que todos vestem em seus rostos máscaras de gás ornamentadas com diamantes em seus.
Eles se posicionam em V com a extremidade menor para frente do palco. Logo, um instrumental eletrônico começa a tocar junto com os apitos do medidor de radioatividade, e os dançarinos engajam em uma coreografia. Ela é bem rápida, acompanhando as batidas da música, que é apenas instrumental. Eles estão divididos em dois grupos, onde o grupo da frente faz as coreografias rápidas com os braços, e os de trás correm pelo palco, enquanto alguns viram mortal de costas, e outros abrem espacate no chão, até que um barulho de explosão ocorre, apagando o telão, todas as luzes e fazendo com que todos caiam no chão.
Então, ouve-se o barulho do gelo caindo no copo, clássico do instrumental de Danger, fazendo com que mesmo no chão, todos os dançarinos virem suas cabeças (como se estivessem quebrando seus pescoços) para a entrada principal do palco. Yves entra desfilando até o centro. Ela veste uma saia holográfica, com um cropped de cintos amarrados também holográfico, botas (também holo) e grandes mangas soltas, usando seu cabelo com o ponytail, e uma tiara de anéis metálicos. Ela vem caminhando segurando em uma mão o microfone, e com a outra em frente ao seu rosto uma máscara igual as dos dançarinos. Até que ela chega na parte da frente do V joga sua máscara longe e começa a cantar.
“I am sooo fab. Check out:
I’m blonde, I’m skinny, I’m rich, and I’m a little bit of a bitch!”
Então todos os dançarinos se levantam e começam a dançar Danger junto com Yves. A performance está super enérgica, com Yves cheia de expressão sorrindo para o público enquanto canta. O telão exibe uma caveira usando máscara de gás, que pulsa em cores neon, junto com as luzes do palco. Yves está visivelmente muito feliz por estar performando no palco depois de tanto tempo.
Ela não poupa os melismas no último refrão da música, soltando o vozeirão tão amado para fechar a música.
Então, antes de ela conversar diretamente com o público, o ela vira seu rosto de lado e estala os dedos, para os dançarinos tirarem suas máscaras. Agora com eles “desprotegidos”, as luzes do palco se tornam cor de rosa, fazendo com que a fumaça também pareça rosa, dando início ao instrumental de Pheromones, lead single do último álbum de Yves, Bring Me The Horizon.
Ela assume a pose no chão do início da coreografia, enquanto os dançarinos e dançarinas parecem estar sendo atraídos e hipnotizados pela fumaça. O refrão começa e ela lentamente dança a coreografia sensual, enquanto os dançarinos começam a se alisar entre si no rítimo da música.
Assim que o segundo verso começa, um dançarino e uma dançarina vão até Yves, e começam a trocar afeto com ela, enquanto a mesma permanece séria, cantando a música, mas deixando alguns flertes escaparem com os dois. Em certo ponto, na frente de Yves, os dois viram de costas um pro outro e se curvam, um para cada lado, enquanto Yves rapidamente vira-se de costas, e deita em cima do corpo dos dois, enquanto alisa seu próprio corpo. A performance termina com todos os dançarinos dançando a música com passos fortes ao redor de Yves, que simula pulsos com seu corpo.
Yves finalmente para e cumprimenta o público:
- Boa noite Coachella! Eu estou imensamente feliz por finalmente estar performando de novo, e por estar compartilhando essa noite maravilhosa com vocês, que está apenas começando! Não vamos perder muito tempo, accelerate!
O instrumental de Accelerate, lead single de seu primeiro EP, Sue Me começa a tocar. Assim como a música foi uma revolução na carreira de Yves, trazendo o conceito mais adulto pela primeira vez em sua discografia, a performance incorpora um espírito mais acelerado. O instrumental bem eletrônico alá 2016 inicia uma coreografia bem animada, que Yves performa com facilidade por já ter a feito várias vezes, mas com um toque mais maduro de sua nova fase. Neste ponto começa-se a perceber que a performance vai se construir junto com o ambiente. 8 dançarinos, divididos em quartetos entram pelas laterais trazendo enormes caixas de som pretas, com anéis de luz azul ao redor do speaker. Eles entram lentamente pelo grande peso das caixas, e posicionam-as nas laterais, um pouco ao lado de onde estão os instrumentos da banda (que não toca nessa música). Com movimentos acrobáticos os dançarinos que trouxeram a caixa arremessam um integrante de seu par ao alto, que num giro, se agarra a caixa e sobe em cima dela bem ao início do refrão. Os anéis piscam freneticamente, enquanto Yves faz os rápidos passos de dança, e seu cabelo esvoaça com o impacto das ondas sonoras. Não há ninguém diretamente na frente das caixas (ninguém ficando surdo aqui, plz) mas há muitos movimentos de troca de posição dos dançarinos durante a faixa.
Logo em seguida começa Orbit, uma música muito adorada desde seu lançamento por se destacar dos outros singles do álbum que pertence (Moonlight, segundo álbum de Yves).
A performance continua no rumo eletrônico, porém se incrementa agora com o elemento mais marcante das performances de Orbit. Os dançarinos entram trazem para o palco bambolês transparentes com neon amarelo dentro. A coreografia é toda construída em cima dos passos com os bambolês, tendo passos incríveis onde Yves passa dentre alguns no refrão da música, e gira-os rapidamente, causando a ilusão de uma esfera de luz. Na bridge um bambolê maior desce de cima do palco, e Yves se entrelaça nele, enquanto ele volta a se elevar. Ela canta o último refrão lá em cima, enquanto os dançarinos dançam abaixo dela. E para finalizar, ela se vira de ponta-cabeça no bambolê, ficando apenas agarrada nele pelas pernas.
Yves desce do bambolê se jogando, e sendo agarrada por um dançarino. Ela então bebe água de uma garrafa enquanto recupera um pouco o fôlego, e diz:
- Eu nunca vou me cansar de performar essa * risos *. Essa próxima é muito especial e eu faço questão de sempre apresentá-la em festivais, pois foi meu primeiro hit, meu primeiro #1, e a primeira vez que apresentei em um estádio lotado. Catch Me If You Can!
O clima da performance muda, pelo instrumental da faixa ser totalmente diferente de como o clima vinha sendo. A performance agora toma um rumo descontraído, com um pop bem verão-teen. Yves mesmo assim se mostra alegre pela nostalgia, fazendo os passos simples de seu primeiro single. Ela tem um parceiro durante o terceiro e quarto verso, onde dançam um pouco mais fortemente com direito a giros. O último refrão Yves vai até a frente do palco, ficando mais próxima aos fãs, e mesmo de longe, estende sua mão e aponta seu microfone, pois essa música em especial gera uma conexão muito grande com seus fãs.
Ela subitamente vira-se de costas, e simula como se estivesse puxando um flecha em direção à um dançarino que está de costas para o telão, e em linha reta com ela. Quando ela solta, o telão “explode” em pétalas vermelhas, e o instrumental de Thorns, faixa-título de seu terceiro álbum.
Mesmo a música sendo mais pop, esta faixa é apenas vocal, com Yves colocando o microfone em um pedestal na parte da frente do palco, o pedestal está decorado com um pequeno par de asas perto do encaixe do microfone. Ela não resiste e tira o microfone do pedestal durante o último drop. Caminhando por aí, apontando o microfone para o público e pedindo para cantarem com ela.
“I’ll love you as Thorns will.”
Seguindo dentro de Thorns, o lead single da era, Come Over começa a tocar. A banda, que havia voltado em Thorns reproduz muito bem o instrumental originalmente feito pelo Clean Bandit (cujo é feat na música).
Come Over tem coreografia apenas no refrão, deixando Yves livre para ir de um lado ao outro do palco, enquanto usa fortemente seu vocal nas notas mais altas. Esta faixa também tem o primeiro "rap" de Yves, que mesmo após muito tempo ela performa-o de maneira limpa, sem precisar interrompê-lo. A coreografia animada pique verão é feita por algumas dançarinas junto com ela no último refrão.
As dançarinas terminam muito próximas a Yves no último refrão, mas para que já engaje no começo de Flawsome, segundo single do Bring Me The Horizon.
A música com sua pegada bem groovy e quase R&B teve apenas uma performance anteriormente, no GRAMMY do ano em que foi lançada. Agora Yves apresenta ela solo, e mostra que havia bastante coreografia com passos bem despojados de hip-hop. Ela canta os versos de Bruno Mars assim como ele tinha os escrito. Yves faz bastante expressões com o rosto, abraçando o ritmo da música.
- Flawsome é simplesmente incrível, pois eu recebi várias mensagens de pessoas dizendo como conseguiram entender seus defeitos e trabalhar neles para se tornarem mais feliz consigo. Como artista, é muito importante você saber o poder e o impacto que sua voz causa, então saber que uma música minha ajudou pessoas a se amarem mais é incrível, e tenho certeza que qualquer artista sente-se incrivelmente responsável pelo que diz.
Assim que Yves termina de falar, um barulho de trovão ocorre, e ela olha para cima, fingindo confusão, quando começa a tocar o instrumental de Crying Lightning. A música puxa as raízes R&B de Yves, misturando com um pop contemporâneo.
A performance tem uma coreografia experimental, com alguns guarda-chuvas que costumavam trazer flores em seu interior, durante as performances na era Thorns, mas agora eles estão decorados com fios de neon azul e amarelo. A performance mesmo com coreografia, começa a acalmar o clima novamente. O drop calmo da música embala uma coreografia expressiva, que desta vez é feito apenas por Yves, enquanto os dançarinos estão fora do palco.
- Felizmente, agora meu último single, e a irmã mais velha de pluviosidade de Crying Lightning, Heavy Rain.
Heavy Rain, último single de Yves começa a tocar, enquanto os dançarinos voltam para o palco. É a primeira vez que a música é performada.
Yves põe o microfone no pedestal e calmamente canta a introdução da música. Ela faz pequenos movimentos com os braços, esvoaçando suas mangas, mas parada na frente do microfone, enquanto os dançarinos e dançarinas realizam uma coreografia contemporânea nos versos e no refrão. Na bridge, Yves tira o microfone e vai até o centro do palco, onde as luzes começam a diminuir ao redor dela, até um ponto onde apenas ela está iluminada. Ela segura a nota alta do início do último refrão por um bom tempo, enquanto a luz rapidamente se expande novamente, e os dançarinos dançam ao redor dela.
Todos os dançarinos saem ao som do trovão, e Yves dá início ao que parecia ser a última música, Arson. Mesmo Yves tendo mostrado a tracklist em seu Twitter, a performance de Arson sempre carregou um clima pesado consigo. Assim como no clipe da música, vários vasos com rosas estão dispostos ao redor de Yves. Ela canta parada, séria, com todo seu vocal, no centro do palco. No drop do último refrão, um jato de chamas saem de dentro dos arranjos de rosas, incendiando-as, enquanto Yves solta uma última nota antes do palco se escurecer por completo.
…
…
…
As chamas das rosas se apagam aos poucos. O telão volta a piscar novamente, até que liga em uma visão de uma filmagem de celular. Ela filma o topo da igreja de Saint-Nizier, localizada em Lyon, cidade natal de Yves. A câmera está tentando focar em algo que parece alguém de pé vestindo vestes brancas, até que essa pessoa parece cair. A câmera corta alguns takes até se aproximar da queda. A filmagem mostra Yves de caída no chão, com asas nas costas e fogo ao seu redor. Ela então vira-se lentamente para câmera, com seus olhos totalmente brancos, com sangue escorrido, e a filmagem cessa.
O telão acende exibindo a mensagem
(Você já esperou por tempo demais)
E finalmente, a capa de Angel é revelada.
Então os olhos de Yves na capa começam a piscar e um som de algo se aproximando começa a aumentar rapidamente, até os olhos dela ficarem brancos e tudo apagar novamente.
O telão exibe as palavras "ANGEL ACT" e um instrumental muito pesado começa a tocar. São batidas fortes e distorcidas, que começam a se elevar como se fossem gritos, até repentinamente parar.
Um instrumental novo começa. Yves volta para o palco, agora vestida igual estava na capa do álbum e nas filmagens do celular. Ela anuncia que a música se chama Hyperballad, e começa a cantar.
A música tem elementos de dark pop, e trap, mas ainda com a vibe de Yves. A letra parece romantizar um amor experimental, onde duas pessoas estão se conhecendo e se descobrindo. A coreografia é leve, porém bastante sensual, com Yves passando suas mãos por cima de suas vestes e ofegando no microfone. Chegando ao final da música, só são cantados "la la la la la" antes de engajar no refrão, que traz um lado muito solitário, triste que era quase imperceptível antes.
Um instrumental mais animado começa agora. Yves logo grita:
- Senhoras e senhores, por favor recebam: Apollyon!
O DJ e melhor amigo de Yves entra no palco vestindo uma camisa de veludo preto, com calças e sapatos pretos. Ele traz sua guitarra elétrica consigo, de onde saem os acordes da faixa intitulada Bold. Eles se cumprimentam sorrindo, antes de Yves começar a cantar.
A música mesmo com um ritmo leve, traz uma agressividade na letra. Yves canta sobre evoluir como pessoa, deixando para trás muitas coisas. Ela faz menção a suas outras eras na letra.
"Once I bathe in moonlight
Then grew in middle of thorns
I needed to fell to feel alive, and let the horizon behind
Endless battles victorious
Countless tears claiming gloryous
But then in the end what was all this for?"
Até que o refrão explode com uma batida hip-hop inesperada. Ela caminha bastante pelo palco durante esta faixa, sorrindo para o público por finalmente poder mostrar material de seu novo álbum. A faixa subitamente fica pesada quando Yves fala de sua mãe, e é notável o quão pessoal é a música, mesmo com um instrumental pop.
Ao final da música Yves está próxima ao palco, e então Apollyon chega por trás dela e pega seu microfone.
- Ei! Agora é minha vez.
Apollyon pega o microfone e finge algumas notas altas e “yuh” que Yves canta em suas músicas, fazendo com que todos riam.
- Muitissimo obrigado por me chamar para performar contigo nessa noite, Yves. Eu sei que você fez o pedido de coração, e não por que eu disse que não iria mais produzir nenhuma música para você caso não me chamasse, né? (todos riem) Mas agora faltam só duas para terminar…
Yves pega o microfone da mão de Apollyon, rindo:
- Mas é claro que sim, imagina que caos seria perder meu produtor, digo, deixar uma oportunidade dessas passar. Ela então pisca para Apollyon, e ele começa a tocar sua guitarra novamente, e Yves diz:
- Essa se chama… * ela vira para Apollyon * não sei, não chegamos a dar nome pra ela ainda * risos *, sei lá… BAMBAM.
A música tem um estilo bem diferente. Basicamente apenas a guitarra de Apollyon, e a bateria que entra no refrão. A letra é bem sarcástica, onde Yves fala sobre aproveitar o momento de uma maneira incrível, mas com toque de mal caminho.
Ela e Apollyon ficam totalmente descontraídos, enquanto dançam com suas costas encostadas uma na outra com body rolls enquanto riem.
- A próxima música é a última da noite, e sem dúvidas, a mais importante. Se chama Angel e é a faixa-título do meu álbum que vai sair agora no começo de 2020. Eu agradeço por todos que fizeram parte da minha história, independentemente como. Muito obrigado Apollyon, esse asshole aqui, que foi a pessoa que sem sombra de dúvidas é a razão de eu continuar fazendo o que amo, juntamente com todos os 4yvers espalhados pelo mundo. Obrigado a os amigos incríveis que fiz esse ano, Plastique, Reiko, Brinna, Scar, Vienna… Stefan. Eu amo muito todos vocês.
O instrumental começa com as guitarras de Apollyon um pouco sintetizadas, trazendo um sentimento sério a música. A letra fala sobre Yves se vendo como sua maior amiga, mas também como sua maior inimiga, e como todo o peso de sua consciência a mudou como pessoa. O refrão torna o instrumental eletrônico, com um sintetizador minguante que ecoa com a voz de Yves. O último refrão, ao invés de murchar como o outro, começa a se elevar gradativamente, até terminar e um drop. O drop é bem eletrônico, e consegue-se ver lágrimas de emoção no rosto de Yves, que tenta sorrir dentre as lágrimas, dando atenção ao público.
Ela dá um último adeus, com um beijo para o público, abraçada em Apollyon, e ambos saem do palco juntos.