Post by andrewschaefer on Jan 13, 2020 2:08:57 GMT -3
Algum tempo após lançar o seu primeiro EP, o furry mais querido do mundo da música, Jack McDeer, foi ao programa de TV americano The Ellen DeGeneres Show para ser entrevistado pela apresentadora Ellen Degeneres. Durante a conversa, eles conversaram sobre todas as faixas do EP, sobre o clipe de Fur You, o atual single de Jack, e sobre todo o visual do álbum que tinha sido lançado na sexta-feira. Eles também aproveitaram a oportunidade para comentar sobre as indicações que o veado havia recebido no VMAs, a premiação de vídeo que estava se aproximando. Por fim, Jack cantou as músicas Fur You e Furtive, sendo esta última uma das faixas do EP não lançada como single.
Ellen começou dando boas vindas a Jack, que foi muito bem recepcionado por toda a plateia. Várias pessoas pediram para tirar fotos e ele teve que prometer que no final da entrevista tentaria fazer um rápido meet & greet ali com todos que quisessem. Ellen não perdeu tempo e foi a primeira a pegar o seu celular do bolso e tirar uma selfie com Jack, que posou muito simpático e carismático para a foto. Então a entrevista finalmente começou.
Ellen: Então, Jack, você lançou o seu primeiro EP recentemente, não é?
Jack: Isso, foi no dia 20 de Dezembro, no ano passado.
Ellen: Como foi trabalhar nele? Você quem compôs tudo? E as produções?
Jack: Ah, primeiramente, foi maravilhoso fazer esse trabalho. Eu já trabalhava como animador de festas há um tempo usando essa fantasia e eu cantava músicas de outras pessoas, mas então comecei a escrever as minhas próprias. Eu acho que ter assinado contrato com uma gravadora e poder lançar minhas coisas oficialmente foi um desafio, sim, e eu adoro desafios. Foi muito bom saber que eu pude me manter nessa indústria. Aliás, sim, eu fiz todas as composições, mas as produções, não. Não sou produtor, apenas um mero cantor e compositor.
Ellen: De onde você tirou a inspiração para escrever esse EP?
Jack: Eu já havia até explicado isso em outras entrevistas. O Jack para mim, como pessoa, é um personagem. Eu preciso entrar dentro do personagem como se fosse um ator para conseguir compor. Na verdade, às vezes eu faço sessões de meditação onde me mentalizo como um veado até conseguir incorporar bem tudo o que eu preciso. Meu trabalho também vem de muita pesquisa sobre o comportamento de veados, eu acho que tudo isso me ajuda a escrever tão bem.
Ellen: Agora nos explique o conceito geral do Fur You, seu EP.
Jack: O título do EP é fofo exatamente do jeito que é porque eu queria trazer esse lado mais sentimental e letras mais amorosas que mostrassem o afeto entre dono e animal de estimação. O EP conta toda uma trajetória do Jack desde que ele era um filhotinho de veado na floresta até quando é adotado por uma pessoa que pode lhe dar amor e carinho. Essa historinha é bem clara, bem perceptível. Eu diria até que é um EP infantil, você pode facilmente mostrá-lo ao seus filhos. É importante para conscientizar desde cedo sobre todas essas questões ambientais e sobre como devemos preservar as nossas florestas e os nossos veadinhos. Durante o EP, eu uso caçadores, queimadas, pessoas que querem usar nossas peles, todas essas coisas para mostrar os perigos que os animais silvestres estão constantemente correndo.
Ellen: É um tema muito importante, devo admitir. Podemos comentar sobre cada faixa separadamente para que a plateia também entenda melhor? Qual a primeira? Furtive?
Jack: Isso mesmo, Furtive. É o início de tudo e mostra como devemos ser resistentes e resilientes na floresta pois a vida lá pode ser muito difícil. Conforme eu já disso, os animais silvestres estão constantemente sob apuros. E esse é o sentimento que venho expressar nessa faixa. Foi uma das últimas que escrevi na verdade, mas já estava planejada há algum tempo, então não foi muito difícil de colocar toda a ideia de vez no papel. A produção segue o pop lento de todas as outras músicas, nada de muito diferente.
Ellen: A próxima faixa é Furious, que inclusive já havia sido single.
Jack: Isso, isso. Furious foi single, sim, o segundo single. É uma continuação de Furtive mesmo, continua falando sobre a vida difícil na floresta, mas acredito que a destruição foi melhor abordada nessa faixa do que na primeira. Com destruição, eu quero dizer, é claro, a destruição do homem, não fenômenos naturais como clima e estações do ano.
Ellen: Então chegamos à terceira faixa, Furriness. Muitas pessoas na internet falaram que essa era a faixa mais cringe do álbum, mas na minha opinião, daí pra frente é que fica cada vez mais cringe, haha. Enfim, Jack, pode nos falar um pouco mais sobre essa música?
Jack: Claro. Furriness acredito que tenha sido a última que escrevi. É a transição dos momentos de perigo na floresta para os momentos de fofura com a dona. É contada toda a desconfiança do animal a respeito do humano que decidiu adotá-lo, o medo natural que ele já tinha porque até então todos os humanos que ele tinha conhecido carregavam armas e queriam matá-lo. Mas essa relação vai ficando amigável ao longo da faixa, até que no final, pode-se perceber que o veado consegue aceitar a situação.
Ellen: Agora chegamos à penúltima faixa. Foi o seu debut single, não é?
Jack: Exatamente, Further foi o meu single de estreia lá em setembro. Naquela época eu ainda não tinha muita ideia do que iria fazer. Um álbum, um EP, ou somente singles soltos, mas por fim decidi fazer o que estou fazendo hoje. Lançarei vários EPs de 5 músicas, é o que eu pretendo. Enfim, em Further eu já falo mais sobre o relacionamento entre dono e anima de estimação, todo o carinho e afeto que a humana tem com o seu veadinho.
Ellen: E essas relações você aprofunda na última faixa do EP, Fur You, que também é a faixa-título, não é isso?
Jack: Sim, Ellen, a faixa-título finaliza o EP e o objetivo dela é exatamente esse: aprofundar a relação que eu já havia comentado nas outras duas faixas. Agora a confiança mútua é plena, inegavelmente.
Ellen: Isso você expressou bastante no videoclipe, não é? Você lançou o clipe junto de seu álbum visual nessa sexta-feira. Seria interessante se você falasse sobre esses vídeos aqui pra gente.
Jack: Com o maior prazer. Quando filmamos os clipes de Further e Furious, não fazíamos ideia que o EP seria visual, então os outros três só foram gravados depois, já no final do ano passado. Apesar da ordem cronológica de filmagem ter sido diferente da ordem da tracklist, acredito que o roteiro conseguiu conectar bem todas as partes. No caso, o roteirista fui eu mesmo. Vou sempre estar a frente desses detalhes criativos nos meus EPs.
Ellen: Muito bem, Jack, explique o roteiro para nós, por favor.
Jack: Basicamente a história contada é a mesma das músicas, mas acreditem, visualmente é bem melhor de acompanhar essa história. Enfim, apenas um veado na floresta que precisa sobreviver. Em um certo momento, em Furtive, ele tem que ir para uma região mais quente pois o inverno chegou e a abundância de comida foi relativamente reduzida, impossibilitando o animal de continuar naquela área. O grande contratempo são caçadores que ele encontra no meio do caminho. Eles não eram nem um pouco amigáveis, é claro, e vemos como eles destruíram toda a floresta, queimando-a e atirando nos animais sem dó. Fizeram um verdadeiro terror para todos os bichos dali.
Ellen: Essa é uma crítica interessante. Muita gente caça por esporte, qual a sua opinião a respeito disso?
Jack: Acho que é uma enorme covardia, pois o animal não pode se defender de absolutamente maneira alguma. Caçadas deveriam ser ilegais, sim. Não é esporte, e mesmo se for, não é nem um pouco saudável. Não sou nenhum profissional de educação física para dizer se é bom ou não, se é um esporte ou não, mas é horrível para os animais, para a floresta e para todo um ecossistema em si. Humanos são uma praga.
Ellen: Pode continuar falando sobre os seus clipes, por favor.
Jack: Por sorte, o nosso veadinho protagonista consegue fugir e já em Furriness ele experimenta o seu primeiro contato direto com um ser humano. Mais especificamente, uma mulher, que estava simplesmente fazendo uma trilha turística por ali e se deparou com o animal. Ela conseguiu alimentá-lo com um pouco de ração e fazer carinho nele, mas o veado sempre esteve com um olho aberto a respeito dela. Felizmente, após muita adulação, os dois finalmente resolvem tomar rumo juntos, sendo o veado agora oficial adotado. Na casa da mulher, somos apresentados ao seu marido, que é muito importante para essa história, prestem atenção. O pet consegue se dar bem com o homem e vive bem e cheio de carinho com a sua dona. Toda essa parte já é no clipe de Further, que todos já viram. Para finalizar esse lindo filminho, agora em Fur You o veado está ainda mais íntimo de todos na casa. Ele já dorme na cama com sua dona e teve até mesmo o seu aniversário comemorado ao lado dos filhos do casal.
Ellen: Uma coisa, Jack, que está intrigando não só a mim, mas acredito que a todos aqui na plateia e espectadores também. O que significa aquele final do clipe de Fur You?
Jack: No final do clipe, o marido da mulher que adotou o veado o leva até um celeiro e o tranca lá, no escuro. Logo em seguida, aparece o aviso de que aquela história vai continuar.
Ellen: Mas por que o trancaram no celeiro? A relação entre eles não estava boa?
Jack: Talvez... Como o próprio vídeo já diz, continua. Vocês vão saber mais sobre essa história no futuro e eu não posso revelar agora.
Ellen: Mas você já está trabalhando em outro EP de 5 faixas como havia dito?
Jack: Sim, estou trabalhando sim na continuação do Fur You, mas receio não poder fornecer muitas informações agora. Na verdade, eu estou trabalhando em uma outra coisa que vai sair antes da continuação do EP.
Ellen: Outra coisa? Pode explicar o que é?
Jack: Um single solto, todos tomarão conhecimento no dia 25 desse mês, durante o VMAs.
Ellen: E isso me lembra que você foi confirmado como um dos performers da noite, não é? A sua performance será desse single solto novo?
Jack: Agora você me pegou. Não tenho como dizer que não, haha.
Ellen: Tenho certeza de que todos estarão ansiosos para ver como vai ser. Bem, como você não pode revelar muito eu não vou insistir e vou falar de outra coisa, mas ainda dentro do Video Music Awards. Como se sente com as três indicações que recebeu?
Jack: Fiquei surpreso. A gente nunca espera que algo do tipo vai acontecer. Eu fui indicado duas vezes a melhor clipe masculino com Further e Furious. Apesar de ter ficado bastante feliz por ser lembrado, eu não acredito que tenho alguma chance contra o Stefan e o Kevin, que também estão indicados. Os vídeos de Angel e Journey são simplesmente incríveis e merecem muito mais que os meus, na verdade. Fico na torcida por eles. Quanto à nominação em Best Fight Against The System com Furious, eu acho que posso ter até alguma chance pois a mensagem que o clipe passa é muito importante. Mas é bom lembrar que estou concorrendo com nomes como Plastique Condessa e Williams e acredito que elas são incríveis e com certeza alguma vai levar o prêmio.
Ellen: Você é tão modesto. Acho que Furious merecia o Best Fight Against The System.
Jack: Acho que todos mereciam, mas um transmitiu a mensagem que queria de um jeito melhor e acho que não tenha sido eu, ao menos ao ver dos críticos.
Ellen: Voltando a falar do Fur You, você ainda pretende lançar mais algum single pra ele?
Jack: Na verdade, não. Três foram mais que o suficiente na minha opinião e eu já consegui o que eu queria com o Fur You. Acredito que agora seja hora de partir para outra. Como eu falei, estou trabalhando em um single solto para performar no VMAs e também já estou me preparando para a continuação do Fur You. Acho que vou conseguir me sair bem nesses trabalhos.
Ellen: Em por falar em se sair bem, você conferiu a sua nota no Metacritic?
Jack: Sim, 79. Quase um 80. Eu fiquei bem animado com essa conquista. Pensei que todos os críticos iriam detestar o EP, principalmente pelas letras que poderiam causar um certo desconforto, mas no final das contas, acho que todos gostaram e eu fico muito feliz por isso, porque foi realmente algo que tomou meu tempo e que eu me esforcei para entregar. É gratificante ver que as pessoas apreciam o que você faz. Agora é foco no segundo EP e esperar uma nota maior ainda!
Ellen: Assim que se fala! Jack, foi um prazer enorme ter você aqui com a gente hoje. Pra finalizar, gostaríamos que você cantasse um pouco das suas músicas pra gente, pra quem não conhece poder conhecer mais também.
Jack: Claro, pra mim também foi uma honra participar do seu programa, Ellen. Espero retornar mais vezes. E sim, canto sim. Qual vocês querem ouvir?
Ellen: Você poderia cantar Furtive, que abre o EP, e Fur You, que fecha. Os extremos.
Jack: Vou fazer isso, então. Boa ideia!
Nesse momento, Jack McDeer se levanta e canta Furtive e Fur You para a plateia que agita e dança junto com ele, acompanhando até mesmo nos vocais. Após a sua rápida performance, o furry anuncia que o seu EP já está disponível em todas as plataformas digitais e que todos os clipes podem ser vistos em seu canal no YouTube. Ele agradece a todos pelos aplausos e a Ellen mais uma vez pela oportunidade de estar no programa e se retira.
Ellen começou dando boas vindas a Jack, que foi muito bem recepcionado por toda a plateia. Várias pessoas pediram para tirar fotos e ele teve que prometer que no final da entrevista tentaria fazer um rápido meet & greet ali com todos que quisessem. Ellen não perdeu tempo e foi a primeira a pegar o seu celular do bolso e tirar uma selfie com Jack, que posou muito simpático e carismático para a foto. Então a entrevista finalmente começou.
Ellen: Então, Jack, você lançou o seu primeiro EP recentemente, não é?
Jack: Isso, foi no dia 20 de Dezembro, no ano passado.
Ellen: Como foi trabalhar nele? Você quem compôs tudo? E as produções?
Jack: Ah, primeiramente, foi maravilhoso fazer esse trabalho. Eu já trabalhava como animador de festas há um tempo usando essa fantasia e eu cantava músicas de outras pessoas, mas então comecei a escrever as minhas próprias. Eu acho que ter assinado contrato com uma gravadora e poder lançar minhas coisas oficialmente foi um desafio, sim, e eu adoro desafios. Foi muito bom saber que eu pude me manter nessa indústria. Aliás, sim, eu fiz todas as composições, mas as produções, não. Não sou produtor, apenas um mero cantor e compositor.
Ellen: De onde você tirou a inspiração para escrever esse EP?
Jack: Eu já havia até explicado isso em outras entrevistas. O Jack para mim, como pessoa, é um personagem. Eu preciso entrar dentro do personagem como se fosse um ator para conseguir compor. Na verdade, às vezes eu faço sessões de meditação onde me mentalizo como um veado até conseguir incorporar bem tudo o que eu preciso. Meu trabalho também vem de muita pesquisa sobre o comportamento de veados, eu acho que tudo isso me ajuda a escrever tão bem.
Ellen: Agora nos explique o conceito geral do Fur You, seu EP.
Jack: O título do EP é fofo exatamente do jeito que é porque eu queria trazer esse lado mais sentimental e letras mais amorosas que mostrassem o afeto entre dono e animal de estimação. O EP conta toda uma trajetória do Jack desde que ele era um filhotinho de veado na floresta até quando é adotado por uma pessoa que pode lhe dar amor e carinho. Essa historinha é bem clara, bem perceptível. Eu diria até que é um EP infantil, você pode facilmente mostrá-lo ao seus filhos. É importante para conscientizar desde cedo sobre todas essas questões ambientais e sobre como devemos preservar as nossas florestas e os nossos veadinhos. Durante o EP, eu uso caçadores, queimadas, pessoas que querem usar nossas peles, todas essas coisas para mostrar os perigos que os animais silvestres estão constantemente correndo.
Ellen: É um tema muito importante, devo admitir. Podemos comentar sobre cada faixa separadamente para que a plateia também entenda melhor? Qual a primeira? Furtive?
Jack: Isso mesmo, Furtive. É o início de tudo e mostra como devemos ser resistentes e resilientes na floresta pois a vida lá pode ser muito difícil. Conforme eu já disso, os animais silvestres estão constantemente sob apuros. E esse é o sentimento que venho expressar nessa faixa. Foi uma das últimas que escrevi na verdade, mas já estava planejada há algum tempo, então não foi muito difícil de colocar toda a ideia de vez no papel. A produção segue o pop lento de todas as outras músicas, nada de muito diferente.
Ellen: A próxima faixa é Furious, que inclusive já havia sido single.
Jack: Isso, isso. Furious foi single, sim, o segundo single. É uma continuação de Furtive mesmo, continua falando sobre a vida difícil na floresta, mas acredito que a destruição foi melhor abordada nessa faixa do que na primeira. Com destruição, eu quero dizer, é claro, a destruição do homem, não fenômenos naturais como clima e estações do ano.
Ellen: Então chegamos à terceira faixa, Furriness. Muitas pessoas na internet falaram que essa era a faixa mais cringe do álbum, mas na minha opinião, daí pra frente é que fica cada vez mais cringe, haha. Enfim, Jack, pode nos falar um pouco mais sobre essa música?
Jack: Claro. Furriness acredito que tenha sido a última que escrevi. É a transição dos momentos de perigo na floresta para os momentos de fofura com a dona. É contada toda a desconfiança do animal a respeito do humano que decidiu adotá-lo, o medo natural que ele já tinha porque até então todos os humanos que ele tinha conhecido carregavam armas e queriam matá-lo. Mas essa relação vai ficando amigável ao longo da faixa, até que no final, pode-se perceber que o veado consegue aceitar a situação.
Ellen: Agora chegamos à penúltima faixa. Foi o seu debut single, não é?
Jack: Exatamente, Further foi o meu single de estreia lá em setembro. Naquela época eu ainda não tinha muita ideia do que iria fazer. Um álbum, um EP, ou somente singles soltos, mas por fim decidi fazer o que estou fazendo hoje. Lançarei vários EPs de 5 músicas, é o que eu pretendo. Enfim, em Further eu já falo mais sobre o relacionamento entre dono e anima de estimação, todo o carinho e afeto que a humana tem com o seu veadinho.
Ellen: E essas relações você aprofunda na última faixa do EP, Fur You, que também é a faixa-título, não é isso?
Jack: Sim, Ellen, a faixa-título finaliza o EP e o objetivo dela é exatamente esse: aprofundar a relação que eu já havia comentado nas outras duas faixas. Agora a confiança mútua é plena, inegavelmente.
Ellen: Isso você expressou bastante no videoclipe, não é? Você lançou o clipe junto de seu álbum visual nessa sexta-feira. Seria interessante se você falasse sobre esses vídeos aqui pra gente.
Jack: Com o maior prazer. Quando filmamos os clipes de Further e Furious, não fazíamos ideia que o EP seria visual, então os outros três só foram gravados depois, já no final do ano passado. Apesar da ordem cronológica de filmagem ter sido diferente da ordem da tracklist, acredito que o roteiro conseguiu conectar bem todas as partes. No caso, o roteirista fui eu mesmo. Vou sempre estar a frente desses detalhes criativos nos meus EPs.
Ellen: Muito bem, Jack, explique o roteiro para nós, por favor.
Jack: Basicamente a história contada é a mesma das músicas, mas acreditem, visualmente é bem melhor de acompanhar essa história. Enfim, apenas um veado na floresta que precisa sobreviver. Em um certo momento, em Furtive, ele tem que ir para uma região mais quente pois o inverno chegou e a abundância de comida foi relativamente reduzida, impossibilitando o animal de continuar naquela área. O grande contratempo são caçadores que ele encontra no meio do caminho. Eles não eram nem um pouco amigáveis, é claro, e vemos como eles destruíram toda a floresta, queimando-a e atirando nos animais sem dó. Fizeram um verdadeiro terror para todos os bichos dali.
Ellen: Essa é uma crítica interessante. Muita gente caça por esporte, qual a sua opinião a respeito disso?
Jack: Acho que é uma enorme covardia, pois o animal não pode se defender de absolutamente maneira alguma. Caçadas deveriam ser ilegais, sim. Não é esporte, e mesmo se for, não é nem um pouco saudável. Não sou nenhum profissional de educação física para dizer se é bom ou não, se é um esporte ou não, mas é horrível para os animais, para a floresta e para todo um ecossistema em si. Humanos são uma praga.
Ellen: Pode continuar falando sobre os seus clipes, por favor.
Jack: Por sorte, o nosso veadinho protagonista consegue fugir e já em Furriness ele experimenta o seu primeiro contato direto com um ser humano. Mais especificamente, uma mulher, que estava simplesmente fazendo uma trilha turística por ali e se deparou com o animal. Ela conseguiu alimentá-lo com um pouco de ração e fazer carinho nele, mas o veado sempre esteve com um olho aberto a respeito dela. Felizmente, após muita adulação, os dois finalmente resolvem tomar rumo juntos, sendo o veado agora oficial adotado. Na casa da mulher, somos apresentados ao seu marido, que é muito importante para essa história, prestem atenção. O pet consegue se dar bem com o homem e vive bem e cheio de carinho com a sua dona. Toda essa parte já é no clipe de Further, que todos já viram. Para finalizar esse lindo filminho, agora em Fur You o veado está ainda mais íntimo de todos na casa. Ele já dorme na cama com sua dona e teve até mesmo o seu aniversário comemorado ao lado dos filhos do casal.
Ellen: Uma coisa, Jack, que está intrigando não só a mim, mas acredito que a todos aqui na plateia e espectadores também. O que significa aquele final do clipe de Fur You?
Jack: No final do clipe, o marido da mulher que adotou o veado o leva até um celeiro e o tranca lá, no escuro. Logo em seguida, aparece o aviso de que aquela história vai continuar.
Ellen: Mas por que o trancaram no celeiro? A relação entre eles não estava boa?
Jack: Talvez... Como o próprio vídeo já diz, continua. Vocês vão saber mais sobre essa história no futuro e eu não posso revelar agora.
Ellen: Mas você já está trabalhando em outro EP de 5 faixas como havia dito?
Jack: Sim, estou trabalhando sim na continuação do Fur You, mas receio não poder fornecer muitas informações agora. Na verdade, eu estou trabalhando em uma outra coisa que vai sair antes da continuação do EP.
Ellen: Outra coisa? Pode explicar o que é?
Jack: Um single solto, todos tomarão conhecimento no dia 25 desse mês, durante o VMAs.
Ellen: E isso me lembra que você foi confirmado como um dos performers da noite, não é? A sua performance será desse single solto novo?
Jack: Agora você me pegou. Não tenho como dizer que não, haha.
Ellen: Tenho certeza de que todos estarão ansiosos para ver como vai ser. Bem, como você não pode revelar muito eu não vou insistir e vou falar de outra coisa, mas ainda dentro do Video Music Awards. Como se sente com as três indicações que recebeu?
Jack: Fiquei surpreso. A gente nunca espera que algo do tipo vai acontecer. Eu fui indicado duas vezes a melhor clipe masculino com Further e Furious. Apesar de ter ficado bastante feliz por ser lembrado, eu não acredito que tenho alguma chance contra o Stefan e o Kevin, que também estão indicados. Os vídeos de Angel e Journey são simplesmente incríveis e merecem muito mais que os meus, na verdade. Fico na torcida por eles. Quanto à nominação em Best Fight Against The System com Furious, eu acho que posso ter até alguma chance pois a mensagem que o clipe passa é muito importante. Mas é bom lembrar que estou concorrendo com nomes como Plastique Condessa e Williams e acredito que elas são incríveis e com certeza alguma vai levar o prêmio.
Ellen: Você é tão modesto. Acho que Furious merecia o Best Fight Against The System.
Jack: Acho que todos mereciam, mas um transmitiu a mensagem que queria de um jeito melhor e acho que não tenha sido eu, ao menos ao ver dos críticos.
Ellen: Voltando a falar do Fur You, você ainda pretende lançar mais algum single pra ele?
Jack: Na verdade, não. Três foram mais que o suficiente na minha opinião e eu já consegui o que eu queria com o Fur You. Acredito que agora seja hora de partir para outra. Como eu falei, estou trabalhando em um single solto para performar no VMAs e também já estou me preparando para a continuação do Fur You. Acho que vou conseguir me sair bem nesses trabalhos.
Ellen: Em por falar em se sair bem, você conferiu a sua nota no Metacritic?
Jack: Sim, 79. Quase um 80. Eu fiquei bem animado com essa conquista. Pensei que todos os críticos iriam detestar o EP, principalmente pelas letras que poderiam causar um certo desconforto, mas no final das contas, acho que todos gostaram e eu fico muito feliz por isso, porque foi realmente algo que tomou meu tempo e que eu me esforcei para entregar. É gratificante ver que as pessoas apreciam o que você faz. Agora é foco no segundo EP e esperar uma nota maior ainda!
Ellen: Assim que se fala! Jack, foi um prazer enorme ter você aqui com a gente hoje. Pra finalizar, gostaríamos que você cantasse um pouco das suas músicas pra gente, pra quem não conhece poder conhecer mais também.
Jack: Claro, pra mim também foi uma honra participar do seu programa, Ellen. Espero retornar mais vezes. E sim, canto sim. Qual vocês querem ouvir?
Ellen: Você poderia cantar Furtive, que abre o EP, e Fur You, que fecha. Os extremos.
Jack: Vou fazer isso, então. Boa ideia!
Nesse momento, Jack McDeer se levanta e canta Furtive e Fur You para a plateia que agita e dança junto com ele, acompanhando até mesmo nos vocais. Após a sua rápida performance, o furry anuncia que o seu EP já está disponível em todas as plataformas digitais e que todos os clipes podem ser vistos em seu canal no YouTube. Ele agradece a todos pelos aplausos e a Ellen mais uma vez pela oportunidade de estar no programa e se retira.