Post by bad_barbie on Jan 15, 2020 0:14:01 GMT -3
Sim, você não leu errado; iremos falar com Plastique Condessa. A cantora de 21 anos é até hoje um dos grandes nomes da Pc Music, mas com seu novo single lançado essa sexta feira, a cantora rendeu certa controvérsia; apesar de muitos estarem gostando dessa nova fase metal dela, os metaleiros mais tradicionais ficam com um pé atrás com a cantora. Estamos aqui para saber tudo sobre esse alter-ego, sobre as novas músicas e sobre o que está por vir nesse álbum novo.
Primeiramente, como devemos lhe chamar? Plastique ou Death Condessa?
Hahaha sempre Plastique, Death Condessa não passa de um alter-ego criado apenas para as músicas do meu álbum novo. Mas todos os momentos que eu tiver fora dele, eu ainda sou a Plastique.
Então, Plastique, qual foi sua motivação para seguir a carreira no mundo do Rock?
Bom, desde o início da carreira eu sempre dizia o quanto curtia rock, principalmente o punk rock, tanto que até meu auto entitulava "punk". Mas, eu também gostava de Pc Music, e era o que estava em meu alcance de produzir, já que eu só tinha um notebook para produzir minhas músicas no início da carreira. Agora com dinheiro, posso fazer o que realmente quero.
O que podemos esperar desse seu novo álbum de estúdio? Todas as músicas terão a mesma vibe de Fight With Myself?
Não, eu quis mesclar tudo nesse álbum, como ele é um álbum pessoal deixei ele fluir de forma um pouvo mais crua. Então pode esperar todo tipo de rock, e até algumas que nem rock são.
Você não se sente incomodada por já ter um legado em outro estilo e ir pra esse tão de repente?
Não. Por que eu teria? Tanto Pc Music quanto metal são pesados, mas com pesos diferentes. E eu pretendia explorar os dois, e consegui. Mas nada do metal me assusta, nem mesmo os metaleiros que constantemente me atacam.
E sobre esses ataques, o que você acha sobre eles?
Se eu fosse uma pessoa fraca que me incomodasse com meia dúzia de homens me esculachando, eu não seria uma rockstar. Porém eu sou. Então eles não vão conseguir me abalar tão fácil e eu vou continuar produzindo o meu som.
Você acha que com você fazendo metal outras artistas do meio pop possam fazer também?
Olha, eu espero que sim, seria uma honra abrir portas desse jeito. Eu apoio completamente nós, mulheres, dominando o metal, acredito que já tem homem demais nessa indústria. Mas antes, alguém precisou abrir portas pra mim, e essa pessoa foi a Agatha! Foi a primeira pessoa que eu vi fazendo metal nesse grande meio pop e isso me inspirou.
Pretende algum dia voltar pra Pc Music?
Talvez não. E talvez nem no metal eu fique. Eu sou uma pessoa muito instável e incerta, sabe? Eu posso mudar de opinião a qualquer momento. Mas eu estou curtindo meu momento como cantora de metal, e estou adorando, por mais que meu álbum não seja 100% metal.
E como você explicaria esse alter-ego que você usa na sua nova era, a Death Condessa?
Eu descrevo ela como um demônio devorador de almas. Death Condessa é como se fosse um anjo da morte; ela te aprisiona interiormente e toma seu corpo por completo. Mas ela não pode fingir ser você. Então, por isso é possível notar diferenças entre ela e eu, tipo os olhos negros.
A verdade é que a Death Condessa é uma metáfora para a depressão. É como se eu fizesse da depressão uma versão sombria de mim.
E porque escolher o metal pra representá-la?
Porque o metal tem o peso necessário pra eu falar sobre ela. Eu não poderia falar em uma música fofinha. Tanto que a minha voz, os instrumentais e tudo relacionado com a maior parte do álbum dá a sensação de sofrimento. A não ser quando dá sensação de ironia, que também está presente no álbum.
E dizem que você escreveu em duas semanas. Como?
O álbum saiu em um momento complicado, quando eu dei uma pausa para cuidar da minha mente. Então, durante essa pausa escrevi meu álbum pra extrair toda a angústia que tinha dentro de mim. E funcionou. Ao finalizar o álbum eu estava pronta pra voltar.
Então a Death Condessa não é você agora?
Não, a Death Condessa fui eu por duas semanas. Mas eu consegui me livrar dela.
Tá certo Plastique, muito obrigado pela entrevista!
Obrigada você, é uma honra estar sendo reconhecida por revistas do meio.