Post by Reiko on Jan 16, 2020 23:29:25 GMT -3
Reiko participou hoje de um vídeo do canal do YouTube AsianBoss. Tendo mais de 2 milhões de inscritos no YouTube, o Asianboss é um canal para informar o ocidente sobre curiosidades da cultura e artistas asiáticos, além de falar sobre vários assuntos que são produzidos e apresentados por um jornalista coreano-americano. Reiko foi a convidada do novo vídeo do mesmo e além de promover sua música, também falou sobre os problemas no sistema no Japão, o feminismo lá e também sobre a xenofobia que sofreu em seus 4 anos morando e estudando nos Estados Unidos da América.
Reiko e o jornalista estão em uma cozinha em uma das residências de Reiko no País de Gales, Reino Unido. Reiko está com o cabelo solto, sem muita maquiagem e pode se ver que a mesma está com um moletom, pois a mesma adora moletons e usa sempre em seu dia. Ambos estão sentados sobre cadeiras próximos um ao outros.
"Olá pessoal, estamos aqui em mais um vídeo do canal e hoje estou aqui com uma das maiores cantores asiáticas que se tornaram uma sensação no mundo inteiro. Ela aceitou falar com a gente sobre sua carreira e o que um asiático passa nos Estados Unidos, além de sua infância no Japão. Reiko! obrigado por aceitar o convite, é uma honra estar aqui com você e te entrevistando, uma grande artista e cantora como você será um grande marco aqui nesse canal que há anos tenta trazer mais conteúdo."
Olá pessoal! estou muito feliz em estar aqui e fazer parte de tudo isso. Obrigada pelo convite, me sinto honrada e espero que todos vocês gostem do que tenho pra dizer e desse vídeo. Vocês são incríveis e venho acompanhando o canal há bastante tempo.
"Certo, há quanto tempo você tem essa propriedade em Gales? porque você escolheu logo o País de Gales?"
Quem começou com essa história de Gales foi meu marido que ama o País e o Reino Unido, e na época, precisávamos de um descanso e um retiro desse mundo de celebridade e Gales é ótimo para viver novas experiências. Eu amei muito e tenho a residência há dois meses. Eu vivi muitas experiências em Gales ao longo do tempo que me ajudaram á compor meu novo álbum, foi muito emocionante e incrível tudo que eu vim passando na minha vida e que estiveram me ajudando á recompor após um periodo muito díficil na minha vida. Eu estou tentando aprender a lingua galesa, mas no momento estou conseguindo com o inglês *ri*.
"Você também viaja para o seu país natal, o Japão, várias vezes e quase vive inteiramente lá. Seu marido aceita bem isso?"
Sim, até porque, a vocalista da banda dele e uma das minhas melhores amigas é nipo-europeia então, ele que lute pra me puxar *risos*. Mas ele é super de boa, inclusive, ama o Japão e tem uma residência comigo em Hiroshima.
"Agora vamos falar sobre sua carreira: quando você decidiu que seria uma cantora?"
Desde pequena eu sempre me interessei por música, eu aprendi á tocar piano com dez anos de idade e na minha adolescência, me aprimorei e hoje em dia sou multi-instrumentista e venho me aprimorando cada vez mais em produção. Então a música está presente desde que eu era um feto praticamente.
"Seus pais concordaram ou queriam que você seguisse outra profissão?"
Hmmm, eles odiaram a ideia pois eu sou a primeira musicista da minha família e queriam que eu fosse uma cientista ou professora, eles achavam que música tinha que ser apenas um hobby e não uma profissão mas hoje, eu mudei a ideia de vida que eles tinham pra mim e estão muito felizes com o éxito e sucesso que tomo até hoje com tudo isso que conquistei na minha vida.
"Você passou um tempo em Harvard antes de decidir largar os estudos para se tornar uma cantora, como foi seu tempo lá?"
Foi um tempo de aprendizado mas como eu fui forçada e com o objetivo de orgulhar meus pais, eu não gostei muito não *risos*. A universidade é incrível, os alunos são muito receptivos e toda a atmosfera é ótima, porém não era isso que eu queria quando eu estava apaixonada e queria me tornar uma cantora.
"Você sofreu algum preconceito racial lá? ou foi tudo muito tranquilo?"
Preconceito racial não existe diretamente, mas há comentários que OFENDEM e muito. Acho que os americanos nascem com um "efeito" de superioridade onde eles acham que são melhores em tudo e que o resto dos países são uma m*rda comparada á eles. Eu lembro de um estudante em Harvard me dizer: "ei, no Japão comem cachorro? quais animes você assiste?" e inclusive, os americanos que gostam de anime objetificam MUITO a mulher japonesa. Parem com isso p*rra, não somos uma garota de hentai ou de mangá.
"Hoje: como é a situação e como você se sente no mercado ocidental?"
Acredito que estão melhorando, afinal, os esteriótipos estão sumindo aos poucos mas ainda sim, os americanos amam uma mulher branca e farão de tudo pra mulher asiática ou negra sumir. Isso no cinema, na música ou em qualquer um lugar, não quero entrar nesse assunto porém os americanos amam mijar nos nossos trabalhos não é mesmo?
"Desviando o assunto para os Estados Unidos, o Japão também tem algo BEM TRADICIONAL e como algumas pessoas sabem: você é bissexual e ainda por cima é feminista. Como você sente em relação á isso?"
Eu já fui criticada por tradicionalistas japoneses e eu digo que eu não me importo com isso. Eu me sinto bem comigo mesma e muitos falam "Ei você é muito odiada no Japão?" e há muitas feministas, LGBT's e até republicanos me apoiando pois eu sou um ser humano e acredito que devemos respeitar uns aos outros como são. Infelizmente, principalmente na trindade asiática (China, Japão e Coreia do Sul), isso não ocorre muito.
"Você já afirmou ter sofrido bullying no ensino médio e o Japão é um dos países com mais alto índice de suícidio, principalmente de jovens, no mundo inteiro. Poderiamos perguntar, em sua opinião, porque toda essa onda depressiva funciona e como o governo tem que melhorar isso?"
, O suicídio no Japão é em todas as idades e tem vários motivos e não é só depressão. A pressão lá, principalmente em exames escolares onde apenas poucas vagas são disponibilizadas e em entrevistas de emprego que sufocam. O Japão é um país desenvolvido mas há vários fatores que me decepcionam nisso, acho que a desigualdade social que há também desconta nisso, acredito que devemos melhorar mais e dar chances e vagas á todos, além de melhorar o que consumimos e ajudar psicologicamente todos os meses alunos e empregados em cargos, se fortalecendo em ocasiões ruins que podem atingir nossos psicológico.
"È isso, obrigado por sua participação Reiko você é incrível. Poderia divulgar o seu novo single para que todos que estejam vendo esse vídeo?"
Olá pessoal! eu acabei de lançar meu novo single intitulado The Girl You Want, é um single com batidas europop e tropical house que fala sobre um pós-termino de um relacionamento abusivo e controlador, onde a garota finalmente pode seguir o rumo de sua história como ela quer. È uma música linda e está disponível em todas as paradas, incluindo Spotify, Youtube, Deezer, Itunes e muitos outros. Eu espero que vocês gostem muito e obrigada pela oportunidade por estar aqui, até a próxima!
O vídeo se encerra.