Post by aquaphorrecords on Feb 3, 2020 22:42:05 GMT -3
Elliot apareceu pela primeira vez para um grande público em uma breve participação no Mulheres de Areia: The EP, de Lazuli, e desde então vem trabalhando em sua emocionante carreira musical. Além do talento para a música, o rapaz também faz aulas de teatro desde pequeno e sempre teve vontade de apresentar um filme que tivesse seu estilo – e agora chegou seu momento!
O cantor e influencer estrelou o filme Error, um espetáculo que montou com a ajuda do diretor Marcelo Duque e que conta diversas histórias sobre racismo e o verdadeiro significado de ser negro no Brasil atual. Legal, né? Em entrevista à CAPRICHO, ele revelou algumas das histórias que vivenciou e que inspiraram não só o filme, como também seu álbum. Contou suas maiores dificuldades e ainda falou sobre suas expectativas!
CH: Como funcionou a gravação do filme?
ELLIOT: Eu contei algumas histórias da minha vida e logo em seguida gravamos, é como se fosse uma mistura de drama com um diário. As histórias são bem legais mas também um pouco trágicas, sempre tive vontade de contar para alguém, até cogitei em ter um canal no Youtube, mas guardei porque sempre pensei que poderia falar sobre em algo maior e de maior alcance.
CH: O que você pode falar sobre as histórias que interpretou no filme e no álbum?
ELLIOT: A maioria delas tem relação com a minha família, principalmente com meus pais. Então tem uma de quando fomos pra São Paulo e eu vi com meus próprios olhos a Cracolândia. Aquela imagem nunca saiu da minha cabeça e desde aquela época quis estudar mais a respeito. Outra história foi quando eu visitei a Caverna de Lascaux, e cara... foi uma energia surreal. Também falei sobre minha primeira experiência traumática e minha descoberta como homem negro orgulhoso, que foi um momento muito tenso e mágico.
CH: Qual foi a parte mais difícil de todo o processo?
ELLIOT: Decorar textos muito longos, porque você fica muito preso neles e dá um nervosismo. Quando foi a parte em que só havia música por cima, eu ficava mais tranquilo. Tive que fazer muitas coisas que estão fora da minha zona de conforto, como dançar, fumar e até ficar sem camisa numa montanha de 200 metros de altura. Você não imagina o frio que faz. Mas me senti um Elliot diferente dos que as pessoas costumam ver na mídia, porque me senti mais espontâneo, confortável e menos pressionado. Estou nervoso, mas muito ansioso, pra ver os resultados que esse filme e álbum podem me dar. Demorei muito e quis focar em cada detalhe.
CH: Como foi o processo de criação do roteiro?
ELLIOT: Eu fiz tudo com o diretor e roteirista do filme, então fui contando as histórias e eles foram roteirizando de um jeito legal e que encaixasse melhor. A gente teria que fazer uns vinte filmes para caber tudo o que pensamos, tanto que teve uma vez em que fizemos a versão original e deu duas horas e meia de filme (risos). Por isso, cortamos muitas partes, porque tem que durar meia-hora, aliás, se trata de um micro-filme pra divulgar meu álbum. Ouçam Error, disponível em todas as plataformas digitais. Valeu, galera da Capricho!