Post by ninachain on Feb 13, 2020 23:40:27 GMT -3
Confira o artigo presente na mais nova edição da revista estadunidense “MUSIC”, com direito a uma entrevista com a queridinha da américa, Nina Chain.
Nina Chain é uma artesã da palavra e tem licença pra transitar entre as canções, a prosa e a poesia. Prestes a completar 21 anos – ele nasceu em 30 de março de 1998 – está sempre em busca de reflexão. Uma das mais recentes diz respeito do amor próprio, se reconhecer como uma pessoa especial, mas que para ela, para surpresa de muitos, não foi algo fácil se entrar em sua vida. “O assunto esta presente em minha vida apenas de uns tempos para cá e eu estou super feliz com isso.”
Essa proximidade com o tema é apenas um fragmento de suas novas criações, que transcendem qualquer preocupação pessoal com coisas superficiais. O amor, pensado por ela enquanto um conjunto de coisas, parece estar em transe, ao mesmo tempo em que é aquilo que lhe serve um banquete de inspiração. Talvez por isso mesmo tenha destaque no trabalho “Dream”, seu 1º álbum de estúdio lançado no dia 10 de janeiro de 2020.
Não é só isso: além dessa narrativa de aceitação e amor próprio, existe um equilíbrio típico de Nina Chain. De repente, a vida brota por meio de músicas pop, singelas, que nos devolvem a crença de que o mundo ainda tem cor. O foco das das faixas do álbum Dream está no tema amor, que usa de letras metafóricas e adolescentes para descrever romances, paixões de outras galáxias e dos dias preciosos que passou ao lado de alguém.
Enquanto prepara uma turnê em formato inédito, a cantora aponta mais uma vez o caminho: tomar a realidade como uma responsabilidade. “É a gente acreditar no que deve ser representado e valorizado em tempos tão hostis”. Sobre seus novos passos, seu processo criativo, o mundo e política, a artista deu a seguinte entrevista por telefone:
MUSIC: “Rare” foi gravado no interior da Pensilvânia em meio a uma paisagem que até eu, que particularmente não consigo viver longe da cidade grande, adoraria conhecer. Que impacto a natureza e esse ambiente tiveram no seu trabalho?
Nina: Eu também tenho esse apego pela cidade, pelo ritmo das metrópoles, pela velocidade com que as informações circulam por Nova York, mas acaba que estar num local como esse traz um contraponto, te permite estar mais contemplativo. Este é o primeiro trabalho que eu gravo no Pen-Studio, que é da Chain Records [gravadora de Nina Chain] e você entra num estado de imersão musical muito profundo. Não há interrupções, por exemplo, de alguém que chega ou do telefone que eventualmente toca. Você grava, faz uma caminhada, vê os bichos e é muito prazeroso tudo isso porque te propicia um mergulho exclusivo, dedicado à música. O ambiente, muito inspirador. É a situação ideal pra gravar, tanto que levamos apenas alguns dias.
MUSIC: Esse álbum “Dream” traz uma sonoridade mais homogênea do que os singles que antes você estava lançando, que transitavam entre o pop e o dance. Estamos diante de uma proposta mais simples, com batidas animadas e letras que podemos nos identificar… como foi o seu trabalho de pesquisa sonora?
NINA: Os primeiros singles da minha carreira, tinham ali como protótipo essa alternância de gêneros, eu passeava entre o pop chiclete ou pop dos anos 90, trazia o peso rítmico característico desses dois gêneros. Já nesse álbum “Dream” mudei muito porque queria me voltar pro formato da canção, de como ela é composta usando os sentimentos reais. Então enxuguei muito. É um disco sobre situações reais, sobre meus sentimentos, e foi maravilhoso ter uma equipe incrível comigo no estudo me ajudando para que o álbum saísse do jeito que eu sempre sonhei...não tem o peso característico de uma banda conceitual que faz várias críticas sociais, não foi esse meu foco. Na verdade, esses dois gêneros, disco, música alternativa, pop, entre outros, passeiam sim pelo disco, mas dentro de um conceito sonoro em que são insuficientes. “Dream” retrata minhas aventuras, mais sereno e essa interpretação de sonoridade acaba sendo contaminada. Você canta com outro sabor.
MUSIC: Acho “Easier” um dos momentos mais bonitos desse disco, lírica e sonoramente falando. Você fala sobre estar preocupada com a saúde mental de alguém...
NINA: Ah, foi uma delícia gravar “Easier”. Nessa música eu falo sobre diversas pessoas que já estiveram e ainda estão na minha vida, compus ela bem enquanto o single “Dream” estava em seu auge. Gravei no celular e acabei a letra algum tempo depois em casa. Todos curtiram, meu time adorou o resultado final. Essa musica “Easier” fala sobre essa relação que tanto se fala com a saúde mental, eu particularmente tô vivendo esse momento em que tenho que me colocar em primeiro lugar. A gente esquece de nos cuidar, afinal, a vida não para e é sempre tão ocupada, sempre algo para fazer e pouco tempo para pensar na gente, como a própria letra da música fala. Eu estudei música desde cedo, gosta de cantar sobre esses assuntos, desde quando comecei a compor e ainda nem sonhava em um dia lançar um CD, apenas uma garota super sonhadora… eu resolvi abordar essas situações na música. Deu mais vida, um brilho especial ao projeto, ficou muito bonito.
MUSIC: As suas novas composições estão centradas em temas como amor, juventude e diversão. A escolha desses temas foi intencional ou a escrita foi orgânica, de acordo com os acontecimentos recentes?
NINA: Foi natural, as letras que eu vinha compondo e que entraram neste álbum são recentes. A ideia de se fazer essa formação, na verdade, veio muito por causa de mim, que persistia mil vezes, escrevia e reescrevia todas as faixas, alterava a produção...e também o meu time incrível que trabalha comigo! São eles o fio condutor para que tudo de fato aconteça. A única música que foge à regra é “Final Course”, que fiz antes mesmo de compor Dream e se diferencia bastante do álbum. Essa musica já estava guardada a anos, quando eu mostrei para minha equipe eles adoraram e insistiram para que eu gravasse sem compromisso. O resto das músicas são faixas criadas de ano e meio pra cá e que representam o leque de valores que eu prezo na vida. A figura de ter um amor, a natureza, a questão da alegria, e a necessidade de se divertir sem pensar, abordo de forma leve a saúde mental, a superação… É um leque de coisas que são de certa forma o meu real. A faixa título, “Dream” fala sobre isso! Sobre estar vivendo um sonho com alguém que ama, sem se importar com o que as pessoas vão pensar.
MUSIC: “Easier” faz uma crítica à realidade, que tem se mostrado um tanto moralista… Sempre estamos sendo pressionados a estarmos bem e não demostrarmos fraqueza. Isso me faz pensar em como toda essa pressão que sofremos nos faz mal e mexe com a nossa mente. Queria que você comentasse o papel da poesia, enquanto arte política, na discussão desse tipo de assunto.
Nina: Eu acho que esse é um compromisso não é apenas da cultura, da música, da literatura ou da poesia em si. É um compromisso do cidadão de ter empatia pelas outras pessoas e defender o bem estar não só próprio mas de todos. É inconcebível que as pessoas normalizem coisas como doenças mentais, a tristeza, o nervosismo, o preconceito, a intolerância, e a falta de tempo para cuidar de si… isso tudo é um pesadelo. Espero das pessoas reais, de carne e osso e que respiram ar, que comem comida e que transam que prezem os valores básicos, os direitos humanos, as convivências, a valorização do diálogo com as diferenças. Você não pode tratar alguém que está passando por um momento difícil como um inimigo mortal. Aí, é claro, a cultura de certa forma acaba sendo porta-voz de uma parcela da sociedade. Os poemas, inevitavelmente, entram nesse conceito de expansão cultural de pensamento, mas é algo que precisamos ver como um todo. Esse “real” deve partir de qualquer um. Essa realidade deveria despertar a vontade em todos de mudança!
MUSIC: Você gosta de ler? O que você anda lendo?
Nina: Li há pouco “As Garotas”, de Emma Cline, que adorei. Como sempre um livro maravilhoso, costumo acompanhar, então logo que ela lança eu já vou atrás. Outro que eu amei também foi “Destinos e Fúrias”, da Lauren Groff. Sou fã dela, leio sempre o que ela escreve nas redes sociais, e acho que todos deveriam buscar essa obra porque é um retrato do mundo. Li também “Uma Constelação de Fenômenos Vitais”, de Anthony Marra. Acho muito procedente esse título porque temos na história pessoas que passam por situações muito extremas, é muito interessante ver essa construção de histórias de superação. É uma coisa muito maluca e esse livro nos convida a ter ideias, a refletir sobre uma espécie de lado suicida da humanidade que se manifesta e quer acelerar a destruição das coisas. Ele diz que além de agir é preciso pensar.
MUSIC: Você está em uma temporada incrível! Sua turnê está prestes a começar e está praticamente toda sold out, o seu último single “You’re In The Mood” passou três semanas no #1, e a canção “Dancing With Your Ghost” já está no top 5! Quais são suas expectativas agora para o futuro da sua carreira? Tem algo que você ainda não realizou? É bem bizarro pensar que você tem menos de um ano na indústria e já conquistou esse patamar de mega celebridade que pessoas demoram muitíssimo tempo. Deve ser uma ótima sensação.
Nina: Sem dúvidas é incrível! Mas também esse meu ano de carreira pareceu uns cinco em um! Nada que eu tive veio de graça...não é novidade para ninguém que eu trabalhei demais! Pra mim isso não é custo...amo fazer o que eu faço. Mas me rendeu certo cansaço! Principalmente no final do ano...e sobre o futuro da minha carreira. Eu quero lançar algo country-pop! Sempre foi um estilo que eu me identifiquei muito...e acho que para me manter feliz não posso ficar sempre fazendo a mesma coisa. Embora eu adore o estilo pop chiclete e dançante que adorei no “Dream”, quero testar novas faces minhas como artista! Sinto que ainda tenho muito a oferecer e sinto que as pessoas não conhecem nem um terço do que eu sou como artista...quero tocar em lugares diferentes, conhecer culturas diferentes e me inspirar para a musica! Sinto que durante esse ano terei espaço para tudo isso...e quando tudo acontecer aí terei outros objetivos.
MUSIC: Agora uma provocação: o show de Dream Tour” estreia em fevereiro e promete ser bem diferente dos anteriores, mais superstar material. Você disse estar interessada em resgatar as performances grandiosas e me lembrei de uma fala da Patti Smith e ela adora declamar. Tanto que disse outro dia que se pudesse ficar com uma coisa só seria a literatura. Você, assim como ela, circula por várias áreas das artes. Conseguiria fazer essa escolha?
Nina: Eu não saberia responder (risos). Essas esferas são muito próximas pra mim, sabe? O que me levou a fazer canções foi o trato com a palavra cantada, enquanto o que me levou poesia foi a palavra escrita. Quando você entoa o poema você faz uma melodia com a voz. São coisas muito próximas, então existe uma grande intersecção aqui.
x divulgação de Rare e Easier
Nina Chain é uma artesã da palavra e tem licença pra transitar entre as canções, a prosa e a poesia. Prestes a completar 21 anos – ele nasceu em 30 de março de 1998 – está sempre em busca de reflexão. Uma das mais recentes diz respeito do amor próprio, se reconhecer como uma pessoa especial, mas que para ela, para surpresa de muitos, não foi algo fácil se entrar em sua vida. “O assunto esta presente em minha vida apenas de uns tempos para cá e eu estou super feliz com isso.”
Essa proximidade com o tema é apenas um fragmento de suas novas criações, que transcendem qualquer preocupação pessoal com coisas superficiais. O amor, pensado por ela enquanto um conjunto de coisas, parece estar em transe, ao mesmo tempo em que é aquilo que lhe serve um banquete de inspiração. Talvez por isso mesmo tenha destaque no trabalho “Dream”, seu 1º álbum de estúdio lançado no dia 10 de janeiro de 2020.
Não é só isso: além dessa narrativa de aceitação e amor próprio, existe um equilíbrio típico de Nina Chain. De repente, a vida brota por meio de músicas pop, singelas, que nos devolvem a crença de que o mundo ainda tem cor. O foco das das faixas do álbum Dream está no tema amor, que usa de letras metafóricas e adolescentes para descrever romances, paixões de outras galáxias e dos dias preciosos que passou ao lado de alguém.
Enquanto prepara uma turnê em formato inédito, a cantora aponta mais uma vez o caminho: tomar a realidade como uma responsabilidade. “É a gente acreditar no que deve ser representado e valorizado em tempos tão hostis”. Sobre seus novos passos, seu processo criativo, o mundo e política, a artista deu a seguinte entrevista por telefone:
MUSIC: “Rare” foi gravado no interior da Pensilvânia em meio a uma paisagem que até eu, que particularmente não consigo viver longe da cidade grande, adoraria conhecer. Que impacto a natureza e esse ambiente tiveram no seu trabalho?
Nina: Eu também tenho esse apego pela cidade, pelo ritmo das metrópoles, pela velocidade com que as informações circulam por Nova York, mas acaba que estar num local como esse traz um contraponto, te permite estar mais contemplativo. Este é o primeiro trabalho que eu gravo no Pen-Studio, que é da Chain Records [gravadora de Nina Chain] e você entra num estado de imersão musical muito profundo. Não há interrupções, por exemplo, de alguém que chega ou do telefone que eventualmente toca. Você grava, faz uma caminhada, vê os bichos e é muito prazeroso tudo isso porque te propicia um mergulho exclusivo, dedicado à música. O ambiente, muito inspirador. É a situação ideal pra gravar, tanto que levamos apenas alguns dias.
MUSIC: Esse álbum “Dream” traz uma sonoridade mais homogênea do que os singles que antes você estava lançando, que transitavam entre o pop e o dance. Estamos diante de uma proposta mais simples, com batidas animadas e letras que podemos nos identificar… como foi o seu trabalho de pesquisa sonora?
NINA: Os primeiros singles da minha carreira, tinham ali como protótipo essa alternância de gêneros, eu passeava entre o pop chiclete ou pop dos anos 90, trazia o peso rítmico característico desses dois gêneros. Já nesse álbum “Dream” mudei muito porque queria me voltar pro formato da canção, de como ela é composta usando os sentimentos reais. Então enxuguei muito. É um disco sobre situações reais, sobre meus sentimentos, e foi maravilhoso ter uma equipe incrível comigo no estudo me ajudando para que o álbum saísse do jeito que eu sempre sonhei...não tem o peso característico de uma banda conceitual que faz várias críticas sociais, não foi esse meu foco. Na verdade, esses dois gêneros, disco, música alternativa, pop, entre outros, passeiam sim pelo disco, mas dentro de um conceito sonoro em que são insuficientes. “Dream” retrata minhas aventuras, mais sereno e essa interpretação de sonoridade acaba sendo contaminada. Você canta com outro sabor.
MUSIC: Acho “Easier” um dos momentos mais bonitos desse disco, lírica e sonoramente falando. Você fala sobre estar preocupada com a saúde mental de alguém...
NINA: Ah, foi uma delícia gravar “Easier”. Nessa música eu falo sobre diversas pessoas que já estiveram e ainda estão na minha vida, compus ela bem enquanto o single “Dream” estava em seu auge. Gravei no celular e acabei a letra algum tempo depois em casa. Todos curtiram, meu time adorou o resultado final. Essa musica “Easier” fala sobre essa relação que tanto se fala com a saúde mental, eu particularmente tô vivendo esse momento em que tenho que me colocar em primeiro lugar. A gente esquece de nos cuidar, afinal, a vida não para e é sempre tão ocupada, sempre algo para fazer e pouco tempo para pensar na gente, como a própria letra da música fala. Eu estudei música desde cedo, gosta de cantar sobre esses assuntos, desde quando comecei a compor e ainda nem sonhava em um dia lançar um CD, apenas uma garota super sonhadora… eu resolvi abordar essas situações na música. Deu mais vida, um brilho especial ao projeto, ficou muito bonito.
MUSIC: As suas novas composições estão centradas em temas como amor, juventude e diversão. A escolha desses temas foi intencional ou a escrita foi orgânica, de acordo com os acontecimentos recentes?
NINA: Foi natural, as letras que eu vinha compondo e que entraram neste álbum são recentes. A ideia de se fazer essa formação, na verdade, veio muito por causa de mim, que persistia mil vezes, escrevia e reescrevia todas as faixas, alterava a produção...e também o meu time incrível que trabalha comigo! São eles o fio condutor para que tudo de fato aconteça. A única música que foge à regra é “Final Course”, que fiz antes mesmo de compor Dream e se diferencia bastante do álbum. Essa musica já estava guardada a anos, quando eu mostrei para minha equipe eles adoraram e insistiram para que eu gravasse sem compromisso. O resto das músicas são faixas criadas de ano e meio pra cá e que representam o leque de valores que eu prezo na vida. A figura de ter um amor, a natureza, a questão da alegria, e a necessidade de se divertir sem pensar, abordo de forma leve a saúde mental, a superação… É um leque de coisas que são de certa forma o meu real. A faixa título, “Dream” fala sobre isso! Sobre estar vivendo um sonho com alguém que ama, sem se importar com o que as pessoas vão pensar.
MUSIC: “Easier” faz uma crítica à realidade, que tem se mostrado um tanto moralista… Sempre estamos sendo pressionados a estarmos bem e não demostrarmos fraqueza. Isso me faz pensar em como toda essa pressão que sofremos nos faz mal e mexe com a nossa mente. Queria que você comentasse o papel da poesia, enquanto arte política, na discussão desse tipo de assunto.
Nina: Eu acho que esse é um compromisso não é apenas da cultura, da música, da literatura ou da poesia em si. É um compromisso do cidadão de ter empatia pelas outras pessoas e defender o bem estar não só próprio mas de todos. É inconcebível que as pessoas normalizem coisas como doenças mentais, a tristeza, o nervosismo, o preconceito, a intolerância, e a falta de tempo para cuidar de si… isso tudo é um pesadelo. Espero das pessoas reais, de carne e osso e que respiram ar, que comem comida e que transam que prezem os valores básicos, os direitos humanos, as convivências, a valorização do diálogo com as diferenças. Você não pode tratar alguém que está passando por um momento difícil como um inimigo mortal. Aí, é claro, a cultura de certa forma acaba sendo porta-voz de uma parcela da sociedade. Os poemas, inevitavelmente, entram nesse conceito de expansão cultural de pensamento, mas é algo que precisamos ver como um todo. Esse “real” deve partir de qualquer um. Essa realidade deveria despertar a vontade em todos de mudança!
MUSIC: Você gosta de ler? O que você anda lendo?
Nina: Li há pouco “As Garotas”, de Emma Cline, que adorei. Como sempre um livro maravilhoso, costumo acompanhar, então logo que ela lança eu já vou atrás. Outro que eu amei também foi “Destinos e Fúrias”, da Lauren Groff. Sou fã dela, leio sempre o que ela escreve nas redes sociais, e acho que todos deveriam buscar essa obra porque é um retrato do mundo. Li também “Uma Constelação de Fenômenos Vitais”, de Anthony Marra. Acho muito procedente esse título porque temos na história pessoas que passam por situações muito extremas, é muito interessante ver essa construção de histórias de superação. É uma coisa muito maluca e esse livro nos convida a ter ideias, a refletir sobre uma espécie de lado suicida da humanidade que se manifesta e quer acelerar a destruição das coisas. Ele diz que além de agir é preciso pensar.
MUSIC: Você está em uma temporada incrível! Sua turnê está prestes a começar e está praticamente toda sold out, o seu último single “You’re In The Mood” passou três semanas no #1, e a canção “Dancing With Your Ghost” já está no top 5! Quais são suas expectativas agora para o futuro da sua carreira? Tem algo que você ainda não realizou? É bem bizarro pensar que você tem menos de um ano na indústria e já conquistou esse patamar de mega celebridade que pessoas demoram muitíssimo tempo. Deve ser uma ótima sensação.
Nina: Sem dúvidas é incrível! Mas também esse meu ano de carreira pareceu uns cinco em um! Nada que eu tive veio de graça...não é novidade para ninguém que eu trabalhei demais! Pra mim isso não é custo...amo fazer o que eu faço. Mas me rendeu certo cansaço! Principalmente no final do ano...e sobre o futuro da minha carreira. Eu quero lançar algo country-pop! Sempre foi um estilo que eu me identifiquei muito...e acho que para me manter feliz não posso ficar sempre fazendo a mesma coisa. Embora eu adore o estilo pop chiclete e dançante que adorei no “Dream”, quero testar novas faces minhas como artista! Sinto que ainda tenho muito a oferecer e sinto que as pessoas não conhecem nem um terço do que eu sou como artista...quero tocar em lugares diferentes, conhecer culturas diferentes e me inspirar para a musica! Sinto que durante esse ano terei espaço para tudo isso...e quando tudo acontecer aí terei outros objetivos.
MUSIC: Agora uma provocação: o show de Dream Tour” estreia em fevereiro e promete ser bem diferente dos anteriores, mais superstar material. Você disse estar interessada em resgatar as performances grandiosas e me lembrei de uma fala da Patti Smith e ela adora declamar. Tanto que disse outro dia que se pudesse ficar com uma coisa só seria a literatura. Você, assim como ela, circula por várias áreas das artes. Conseguiria fazer essa escolha?
Nina: Eu não saberia responder (risos). Essas esferas são muito próximas pra mim, sabe? O que me levou a fazer canções foi o trato com a palavra cantada, enquanto o que me levou poesia foi a palavra escrita. Quando você entoa o poema você faz uma melodia com a voz. São coisas muito próximas, então existe uma grande intersecção aqui.
x divulgação de Rare e Easier