Post by ninachain on Feb 15, 2020 21:35:15 GMT -3
Confira a entrevista de Nina Chain para a revista Rolling Stone! Uma divulgação para o single Dancing With Your Ghost e a faixa “Easier”.
Nina Chain se sentiu tão solitária em Los Angeles, capital da Califórnia, que em certo dia foi tomado pela possibilidade de abandonar de uma vez por todas a música, sua paixão. Com um disco no currículo, a jovem compartilhava de um sentimento generalizado dos Estados Unidos àquela altura. No primeiro semestre de 2019, ele se sentia absolutamente desmotivada, pouco confortável consigo mesma.
Foi então que vasculhando um antigo celular ele descobriu cerca de 100 demos feitas um ano antes, quando morou em Reading. Todas eram felizes, solares e com um astral alto, características que pouco refletiam seu status atual.
Surgiu aqui a gênesis de uma aventura que a culminou em “Dream”, disco que resgata logo no título poderoso, e ao mesmo tempo simples, memórias afetivas. “O nome do álbum veio da primeira música que eu pensei para ele, a queridíssima ‘Dream’, que previu seu futuro como música. “[Diante de tudo] esse meu primeiro single me lançou para o mercado, não tinha como não homenageá-la”, diz ela por e-mail a revista Rolling Stone.
Pra colocar o projeto em prática, Nina precisou trabalhar muito para ganhar a aceitação de sua equipe, uma experiência inesquecível, mas também perigosa ao ser permeada por crises existenciais. “Foi ótimo, mas tive medo. Pensava ‘Realmente, minha mãe estava certa quando disse que devia ter feito uma faculdade'”. Neste bate-papo, ela fala sobre influências, processo criativo e perrengues (que foram muitos, por sinal). Já conhece seu som? Vem ler!
Rolling Stone: Quando você começou a gestar esse disco havia cerca de 100 demos no seu celular. Como foi o trabalho de seleção até encontrar as 8 faixas finais?
Nina Chain: Foi bem difícil, tem músicas que fico até hoje me perguntando: “Será que não devia estar no disco ao invés da x ?”. Acho que a melhor coisa nesse processo foi minha sinceridade com o que eu estava sentindo e o que eu queria dizer naquele exato momento. Todo o meu time maravilhoso me ajudou muito também nesse processo, se não fosse por ele talvez “Im Not The One To Blame” e “Party Is Over” estariam possivelmente fora do disco, não por eu não gostar delas, mas tinham 100 músicas (risos)! Foi muito difícil escolher, eu tinha e tenho apego a várias delas. Acho que a seleção foi de acordo com o que realmente estava sentindo no momento do inicio da produção. Sempre que vou selecionar músicas para algum disco eu fico muito indecisa, lembro da minha equipe e dos meus amigos mais próximos com quem eu compartilhei o processo de criação do álbum me falando para colocar “Final Course” no álbum, não gostava muito da música por algum motivo. Confiei neles, coloquei a música, passei a amá-la e hoje é um dos momentos mais bonitos dos shows. É preciso confiar.
Rolling Stone: Você conta a história de um amor ideal é dos sonhos, que esteve em sua vida, e que lhe pareceu perfeito. O que a figura do amor, do sonho, que dá nome ao seu álbum, significa pra você?
Nina Chain: Significa uma figura um pouco inexplicável, acho que eu estava super sensível e não tinha medo de dizer: “Eu amo a vida, eu amo o amor, quero fazer um álbum inteiro sobre isso”. Foi complicado para fazer a minha equipe abraçar essa ideia, diziam que seria clichê, que não chamaria atenção. Infelizmente ser apaixonada e sensível por algum motivo me da a imagem de frágil ou de indefesa, coisas que eu estou completamente longe de ser. Eu ainda acho que tudo que vem do coração é difícil de acreditar, a gente é influenciado por tanta coisa…O amor para mim era o sonho, e eu me permiti experimenta-lo sem medo, não sei se as pessoas perceberam, mas eu senti aquilo
com tudo de mim. Vim aprender a tocar um instrumento aos 10 anos, e desde então sabia que queria falar sobre amor nas minhas musicas. Aos 19 anos, no meu primeiro disco a minha intuição estava mais que certa, e não tinha como não homenagear esse sentimento mágico.
Rolling Stone: Ainda sobre histórias, você também teve que insistir com a sua gravadora para que começassem a investir na produção e confecção do álbum “Dream”. E a história dessa aventura (posso chamar assim?) virou um álbum maravilhoso e chegou a atingir posições altíssimas nos charts. Como foi essa experiência?
Nina Chain: Foi ótimo. Eu tive muito medo de bater de frente com a gravadora. Na minha cabeça só passava ‘Realmente minha mãe estava certa, eu devia ter feito faculdade, olha onde eu estou agora, brigando com homens poderosos da indústria musical’. Mas como eu disse acima, tudo que nosso coração sente a mente duvida. Eu acreditava que eu ia conseguir gravar o disco apenas com os meus amigos me ajudando a produzir. Foram 10 dias muito intensos, desesperadores, pensava em desistir todos os dias mas o que me motivava era acordar no dia seguinte e pensar ‘Bom, ontem eu tinha a certeza de um ‘não’, agora pelo menos eu tenho um ‘talvez’. O apoio de toda a minha família, que me incentivava de todas as formas possíveis, dos meus amigos que nunca deixaram o meu lado e da minha equipe principal que sempre ouviu os meus sonhos, foi essencial para eu conseguir também, de certa forma eles me apoiavam o tempo inteiro. No final deu tudo certo, eu adoro aventuras (risos).
Rolling Stone: Apesar de ter nascido na quase nos anos 2000, esse disco tem nas figuras de Madonna e Cher duas fortes influências. Não são as únicas… o que você tem ouvido neste momento?
Nina Chain: Madonna e Cher sempre ouvi muito são as influências mais fortes mesmo. Por mais que não haja talvez uma influência totalmente direta eu tenho ouvido muito a Brie Hamilton, Wylla Gomez e Rose Cárter.
Rolling Stone: Temos enfrentado um período difícil nos Estados Unidos, especialmente se falamos sobre as artes. O cenário é cada vez mais caótico, o apoio às produções tem sido escasso. Já no seu disco, entre um verso e outro, há muitas mensagens positivas…Há um contraponto.
Eu decidi tentar “fugir” dos Estados Unidos no inicio de 2018 por que eu não conseguia me inspirar muito por aqui, pra minha música não tinha tantas coisas positivas. Viajar o mundo deu um outro vento a minha interpretação do que seria ser uma carreira. Em 2016 fui pra Itália e la tive a ideia de lançar meu primeiro disco, o primeiro show oficial da carreira foi nos Estados Unidos, varias horas de muita música. Então os Estados Unidos começou a se tornar um lugar acolhedor pra que eu pudesse apresentar minhas canções, mas não me vejo numa posição confortável pra falar mal dos Estados Unidos. Não estava bom, fui embora. Por mais que eu tenha passado por situações financeiras complicadíssimas no inicio da viagem, não me arrependo. A coragem de ir sozinha até um outro continente sem conhecer ninguém e com o que tinha no bolso me trouxe muito aprendizado. Eu não sou muito de brigar, gosto apenas de ficar em paz comigo e com as pessoas ao meu redor, amo a América, e sou grata por tudo que ela me proporciona.
“Dream” o primeiro álbum de Nina Chain está disponível nas plataformas digitais.
Divulgação de Dancing With Your Ghost e Easier
Nina Chain se sentiu tão solitária em Los Angeles, capital da Califórnia, que em certo dia foi tomado pela possibilidade de abandonar de uma vez por todas a música, sua paixão. Com um disco no currículo, a jovem compartilhava de um sentimento generalizado dos Estados Unidos àquela altura. No primeiro semestre de 2019, ele se sentia absolutamente desmotivada, pouco confortável consigo mesma.
Foi então que vasculhando um antigo celular ele descobriu cerca de 100 demos feitas um ano antes, quando morou em Reading. Todas eram felizes, solares e com um astral alto, características que pouco refletiam seu status atual.
Surgiu aqui a gênesis de uma aventura que a culminou em “Dream”, disco que resgata logo no título poderoso, e ao mesmo tempo simples, memórias afetivas. “O nome do álbum veio da primeira música que eu pensei para ele, a queridíssima ‘Dream’, que previu seu futuro como música. “[Diante de tudo] esse meu primeiro single me lançou para o mercado, não tinha como não homenageá-la”, diz ela por e-mail a revista Rolling Stone.
Pra colocar o projeto em prática, Nina precisou trabalhar muito para ganhar a aceitação de sua equipe, uma experiência inesquecível, mas também perigosa ao ser permeada por crises existenciais. “Foi ótimo, mas tive medo. Pensava ‘Realmente, minha mãe estava certa quando disse que devia ter feito uma faculdade'”. Neste bate-papo, ela fala sobre influências, processo criativo e perrengues (que foram muitos, por sinal). Já conhece seu som? Vem ler!
Rolling Stone: Quando você começou a gestar esse disco havia cerca de 100 demos no seu celular. Como foi o trabalho de seleção até encontrar as 8 faixas finais?
Nina Chain: Foi bem difícil, tem músicas que fico até hoje me perguntando: “Será que não devia estar no disco ao invés da x ?”. Acho que a melhor coisa nesse processo foi minha sinceridade com o que eu estava sentindo e o que eu queria dizer naquele exato momento. Todo o meu time maravilhoso me ajudou muito também nesse processo, se não fosse por ele talvez “Im Not The One To Blame” e “Party Is Over” estariam possivelmente fora do disco, não por eu não gostar delas, mas tinham 100 músicas (risos)! Foi muito difícil escolher, eu tinha e tenho apego a várias delas. Acho que a seleção foi de acordo com o que realmente estava sentindo no momento do inicio da produção. Sempre que vou selecionar músicas para algum disco eu fico muito indecisa, lembro da minha equipe e dos meus amigos mais próximos com quem eu compartilhei o processo de criação do álbum me falando para colocar “Final Course” no álbum, não gostava muito da música por algum motivo. Confiei neles, coloquei a música, passei a amá-la e hoje é um dos momentos mais bonitos dos shows. É preciso confiar.
Rolling Stone: Você conta a história de um amor ideal é dos sonhos, que esteve em sua vida, e que lhe pareceu perfeito. O que a figura do amor, do sonho, que dá nome ao seu álbum, significa pra você?
Nina Chain: Significa uma figura um pouco inexplicável, acho que eu estava super sensível e não tinha medo de dizer: “Eu amo a vida, eu amo o amor, quero fazer um álbum inteiro sobre isso”. Foi complicado para fazer a minha equipe abraçar essa ideia, diziam que seria clichê, que não chamaria atenção. Infelizmente ser apaixonada e sensível por algum motivo me da a imagem de frágil ou de indefesa, coisas que eu estou completamente longe de ser. Eu ainda acho que tudo que vem do coração é difícil de acreditar, a gente é influenciado por tanta coisa…O amor para mim era o sonho, e eu me permiti experimenta-lo sem medo, não sei se as pessoas perceberam, mas eu senti aquilo
com tudo de mim. Vim aprender a tocar um instrumento aos 10 anos, e desde então sabia que queria falar sobre amor nas minhas musicas. Aos 19 anos, no meu primeiro disco a minha intuição estava mais que certa, e não tinha como não homenagear esse sentimento mágico.
Rolling Stone: Ainda sobre histórias, você também teve que insistir com a sua gravadora para que começassem a investir na produção e confecção do álbum “Dream”. E a história dessa aventura (posso chamar assim?) virou um álbum maravilhoso e chegou a atingir posições altíssimas nos charts. Como foi essa experiência?
Nina Chain: Foi ótimo. Eu tive muito medo de bater de frente com a gravadora. Na minha cabeça só passava ‘Realmente minha mãe estava certa, eu devia ter feito faculdade, olha onde eu estou agora, brigando com homens poderosos da indústria musical’. Mas como eu disse acima, tudo que nosso coração sente a mente duvida. Eu acreditava que eu ia conseguir gravar o disco apenas com os meus amigos me ajudando a produzir. Foram 10 dias muito intensos, desesperadores, pensava em desistir todos os dias mas o que me motivava era acordar no dia seguinte e pensar ‘Bom, ontem eu tinha a certeza de um ‘não’, agora pelo menos eu tenho um ‘talvez’. O apoio de toda a minha família, que me incentivava de todas as formas possíveis, dos meus amigos que nunca deixaram o meu lado e da minha equipe principal que sempre ouviu os meus sonhos, foi essencial para eu conseguir também, de certa forma eles me apoiavam o tempo inteiro. No final deu tudo certo, eu adoro aventuras (risos).
Rolling Stone: Apesar de ter nascido na quase nos anos 2000, esse disco tem nas figuras de Madonna e Cher duas fortes influências. Não são as únicas… o que você tem ouvido neste momento?
Nina Chain: Madonna e Cher sempre ouvi muito são as influências mais fortes mesmo. Por mais que não haja talvez uma influência totalmente direta eu tenho ouvido muito a Brie Hamilton, Wylla Gomez e Rose Cárter.
Rolling Stone: Temos enfrentado um período difícil nos Estados Unidos, especialmente se falamos sobre as artes. O cenário é cada vez mais caótico, o apoio às produções tem sido escasso. Já no seu disco, entre um verso e outro, há muitas mensagens positivas…Há um contraponto.
Eu decidi tentar “fugir” dos Estados Unidos no inicio de 2018 por que eu não conseguia me inspirar muito por aqui, pra minha música não tinha tantas coisas positivas. Viajar o mundo deu um outro vento a minha interpretação do que seria ser uma carreira. Em 2016 fui pra Itália e la tive a ideia de lançar meu primeiro disco, o primeiro show oficial da carreira foi nos Estados Unidos, varias horas de muita música. Então os Estados Unidos começou a se tornar um lugar acolhedor pra que eu pudesse apresentar minhas canções, mas não me vejo numa posição confortável pra falar mal dos Estados Unidos. Não estava bom, fui embora. Por mais que eu tenha passado por situações financeiras complicadíssimas no inicio da viagem, não me arrependo. A coragem de ir sozinha até um outro continente sem conhecer ninguém e com o que tinha no bolso me trouxe muito aprendizado. Eu não sou muito de brigar, gosto apenas de ficar em paz comigo e com as pessoas ao meu redor, amo a América, e sou grata por tudo que ela me proporciona.
“Dream” o primeiro álbum de Nina Chain está disponível nas plataformas digitais.
Divulgação de Dancing With Your Ghost e Easier