Post by andrewschaefer on Feb 19, 2020 15:25:31 GMT -3
Dando continuidade às divulgações de Good Boy, seu mais novo single, o furry de veado Jack McDeer foi, no dia dezenove de fevereiro de dois mil e vinte, ao programa The Late Late Show with James Corden apresentado pelo ator e comediante James Corden. Durante a sua participação no programa, Jack teve uma rápida conversa com o apresentador, participou de alguns quadros como o Into The Lyrics, em que teve que explicar a letra da sua música conforme os versos iam passando no telão, e um novo em que Jack teria que responder perguntas que os fãs o enviaram com mentiras.
James: Boa noite, o nosso convidado de hoje é alguém super especial e carismático que acabou se tornando assustador e perturbador. Aplausos para Jack McDeer!
Jack: Oi, James. É muito bom estar aqui, apesar de eu odiar do fundo da minha alma cada ser humano presente neste espaço, haha.
James: Podemos fingir que não ouvimos este comentário. Bem, estamos aqui hoje para falar de novidades! E com novidades, temos o seu single novo que foi lançado ainda essa semana, não é? Qual o nome mesmo? Fala pra gente.
Jack: Good Boy, a música foi lançada nessa sexta-feira e está muito boa.
James: Junto da música você lançou um lyric video, não foi?
Jack: Exatamente, um lyric video que eu mesmo editei, tudo sozinho, e já está disponível no YouTube para quem quiser conferir.
James: E é sobre isso que vamos falar agora. Jack, você arrumou briga com um monte de gente pelo Twitter por causa desse vídeo, não é?
Jack: Não consideraria brigas. Foram apenas humanos fedidos, não se podia esperar atitude mais baixa assim deles. Digo, de vocês. Você também é humano.
James: Claro, claro. Uma curiosidade antes de falarmos mais sobre isso: porque você chama os humanos de fedidos?
Jack: Porque eles são. Eles não tomam banho direito. Chamá-los de porcos seria uma ofensa aos porcos, que são meus amigos, então os chamo de fedidos. Fedidos!
James: Ok, bom ponto. Enfim, nós separamos alguns tweets aqui para você falar o que aconteceu. Primeiro quando você divulgou que o seu lyric video tinha saído no Twitter, a cantora japonesa Reiko disse "que p*rra é essa???" e você a respondeu com um trecho da sua música.
Jack: É tudo parte do personagem, James. Eu estou divulgando a minha música e não me importo com os que humanos dizem. Eu não sou mais seu brinquedinho e é isso.
James: A Reiko ainda anunciou mais tarde que teve que ir para o hospital por causa do vídeo, o que você acha disso?
Jack: Glorioso. Não é porque ela é japonesa que eu vou a odiar menos. Odeio todos os humanos igualmente e fiquei muito feliz quando ela me disse que não estava bem. Saiba que só vai piorar daqui pra frente.
James: Quem também quase foi para o hospital foi o cantor Stefan Lancaster, você ficou sabendo não é? E ele ainda disse que você teria que pagar os remédios para ele.
Jack: Ele que se vire. Tem um aviso em caps lock no título do vídeo sobre epilepsia. Quem tem, não assista. Se ele assistiu, foi por sua conta e risco e fico feliz que tenha sido pelo risco porque eu quero mesmo é eliminar todos os humanos existentes.
James: Vocês tiveram uma discussão, onde você disse que os humanos te tratam, tratam os animais, como lixo e quando sentem uma dorzinho de cabeça, querem por a culpa em você.
Jack: E foi nesse momento que eu também aprendi uma palavra nova que ele usou na resposta.
James: Sim, estou vendo aqui, e os dois ficaram mandando um ao outro calar a boca, que reviravolta. O mais engraçado é que nenhum estava mesmo falando algo, apenas digitando numa rede social.
Jack: Ao menos tive essa oportunidade de expandir o meu vocabulário. Obrigado, Stefan, e cala a boca.
James: A cantora Plastique Condessa também se manifestou contra o seu lyric video alegando estar com dor de cabeça e disse que iria te cozinhar no jantar.
Jack: Para me cozinhar, ela precisa me capturar e me matar antes e eu tenho certeza de que não vai conseguir pois eu vou matá-la primeiro.
James: Gostaríamos de avisar que não compactuamos com nenhuma das ideias dos nossos entrevistados e que vamos colaborar com quaisquer investigações de um possível caso de homicídio. As gravações serão disponibilizadas às autoridades também.
Jack: É por isso que eu odeio humanos... Humanos fedidos... Todos humanos...
James: A briga com a Plastique parece ter sido a mais feia. Ela falou que carne de veado parecia ser deliciosa e você disse que a dela também. Então ela jogo que todos odeiam furries e você disse que furries amam furries e isso é o que importa.
Jack: Ela realmente acha que eu ligo para a opinião de um humano fedido? Ela é uma piada!
James: Continuando, ela disse que não tinha epilepsia mas seu cérebro estava explodindo, então você entrou com uma explicação sobre isso.
Jack: Eu falei que veados tem uma percepção limitada de cores e que aquilo não nos incomoda. O vídeo foi, sim, feito para incomodar humanos e exclusivamente humanos. Humanos fedidos! Porque eu odeio eles! Odeio humanos! Odeio humanos fedidos!
James: Fora do personagem se puder, é verdade isso? Veados têm visão limitada e você fez o lyric video pensando nisso?
Jack: Não sei, James. Foi a primeira resposta que me veio na cabeça, mas eu não tenho certeza, apesar de acreditar nisso, sim.
James: Antes de terminar de ler essa treta aqui, vamos pesquisar no Google? Eu fiquei curioso.
Jack: Ah, sim... Pesquise, por favor. Quero saber mais sobre os veados.
James: Só achei algo dizendo sobre quando eles veem luzes muito fortes, sua visão fica toda escura por algum tempo até eles a recuperarem. Por isso eles ficam paralisados quando veem faróis de carro.
Jack: Isso é interessante, então felizmente os veados não viram nada, só apreciaram a música magnífica.
James: Eu não diria tão magnífica, mas vamos continuar. A Plastique falou que você ia parar na geladeira dela e você disse que ela ia parar na sua barriga. Mas aí surgiu algo interessante.
Jack: Sim, interessantíssimo mastigar e engolir a carne saborosa de humanos fedidos.
James: Não foi exatamente o que eu quis dizer. A Plastique contestou a sua ameaça por você ser um veado, e logicamente, herbívoro. E então você disse que era herbívoro antes do inferno. Pode explicar essa parte?
Jack: Me enviaram para o inferno e eu voltei de lá diferente, como um demônio.
James: Não tenho certeza se entendi o que você quis dizer com isso...
Jack: Claro, não é do seu intelecto. Mas tudo vai ficar mais claro com o lançamento do meu EP.
James: Ok, eu estou realmente com medo do que vai vir por aí, Jack. Enfim, outra artista também comentou sobre o ocorrido, a Glinda Lovegood que está em ascensão atualmente. Ela te agradeceu por f*der com os olhos dela e te camou de v*dia.
Jack: É, mas a v*dia é ela.
James: Pelo jeito ela concordou com você nesse ponto, haha.
Jack: Aquela humana suja ainda precisa comer muito mato pra chegar aonde eu cheguei, pra ter uma capacidade mental suficiente de aguentar todas as informações da minha música e do meu vídeo.
James: Esquecendo um pouco o ódio gratuito, vamos agora...
Jack: Esquecendo, nada! Quem esquece é quem tem alzheimer e quem perdoa é Deus. Estão todos na minha lista e os eliminarei primeiro, antes de qualquer outro humano, exceto aqueles que estão diretamente envolvidos na indústria da carne.
James: Ok... Então vamos agora... É... Para o nosso quadro em que você terá que explicar verso, por verso, a letra da sua música, Good Boy, que tal?
Jack: Vou adorar! Vamos, por favor!
Jack vai para outro lugar do palco, sentando-se sozinho em uma cadeira atrás de um telão. A música começa a tocar e o lyric video a passar. A cada certo tempo, Jack pausava com um controle que o deram e explicava o que queria explicar ali.
"(Intro)
Good boy
Good boy
Good boy"
Jack: A introdução da música repete o título dela três vezes seguidas sem nenhum motivo especial, apenas pela racionalidade de combinar com o instrumental que estava sendo criado pelo produtor musical magnífico Klaus Henderson, recomendo o trabalho dele.
"(Verse 01)
Call your good boy by "it"
It's not a human, not even a bit
Laugh at its horns
But secretly watch furry porns"
Jack: Aqui logo no verse 01 temos algumas frases muito impactantes. Geralmente se usa os pronomes he e she para tratar de animais de estimação, os quaisquer se usa it. O que é jogado aqui é que nem mais animal de estimação sou considerado, usando aquele velho argumento preconceituoso e furryfóbico de que não se pode usar he ou she para um animal porque ele não é um humano. Também lê-se ali em seguida mais versos impactantes. O ato de rir dos chifres é o que podemos chamar de agressões psicológicas, que já começam aí. E logo em seguida eu jogo a hipocrisia que muitas pessoas têm, fingem ser furryfóbicas porque não conseguem assumir que são furry.
"Ride it as if it was a ride
But in the dark barn, you hide
Feed it sometimes and enjoy
Mistreat it and call it a good boy"
Jack: Essa parte também foi para os meus amigos cavalos e pôneis que são utilizados como uma mera diversão quando seus donos querem dar um passeio e depois são abandonados em celeiros, muitas vezes privados de comida e maltratados. A crítica é a de que os animais não são apenas brinquedos que você usa e depois guarda num baú, são todos seres vivos que têm necessidades como qualquer outro. Animais conseguem se virar bem na natureza, mas se você prendê-los não tem como eles se virarem, então decide! Ou trata bem ou solta logo de vez!
"(Chorus)
Good boy
Am I still your good boy?
Good boy
I'm no more your little toy
Good boy
But I'm about to destroy
Good boy
Don't confuse acceptance with joy"
Jack: Eu adoro o refrão porque, vou ser sincero, é mais difícil arrumar rimas para o boy do que parece. Aqui além de eu contestar o fato de me chamarem de bom menino antes, eu falo exatamente o que eu tinha dito, que não sou mais um brinquedinho. Os versos se estendem dizendo que eu estou prestes a destruir e vocês vão entender muito bem o que vou destruir quando o clipe, o EP e sua parte visual forem lançadas, tudo foi muito bem pensado para este momento. Por fim, não confunda aceitação com alegria, que é sem dúvida uma das frases mais marcantes da composição. Não é porque estou aceitando tudo o que você está fazendo comigo que eu estou alegre. Afinal, eu nem tenho muita escolha por aqui, né? Ou será que tenho? E se eu destruir tudo?
"(Verse 02)
They know how to make a deer mad
Their blood is blue, not red
Dammit vampires
That's why I'm lighting fires"
Jack: Nada de muito novo. Tudo o que eles estão fazendo está me deixando furioso. O sangue deles é azul, não vermelho, o que significa que o sangue deles é frio, que eles não têm piedade. Também é uma crítica ao que eles dizem sobre alguns animais terem sangue azul, mas todos os sangues são vermelhos! Exceto os deles, é claro, que são vampiros. Eu não sei muito bem se vampiros têm medo de fogo, mas eu estou acendendo fogo e é isso, vou queimar os vampiros, vou queimar os humanos fedidos.
"I heard a threat, they want deer meat
But it's not me who they will eat
They say I'm as strong as alloy
And even call me their good boy"
Jack: Acreditem ou não, carne de veado é uma iguaria muito vendida em alguns lugares. Aqui eu fiz uma crítica mais voltada à própria indústria da carne que maltratam e matam os animais sem um pingo de compaixão. Existem alguns lugares que até criam os animais com um certo conforto, dão muita comida e muito carinho só para o animal ficar saudável para o abatedouro, o que é uma crueldade ainda maior na minha opinião. Eu sou a favor de começarmos a matar humanos para comer. Claro que a carne deles deve ser horrível, mas nada que um tempero natural não resolva. E pra quem não sabe, uma alloy é uma ligação metálica, então é bem resistente.
"(Chorus)
Good boy
Am I still your good boy?
Good boy
I'm no more your little toy
Good boy
But I'm about to destroy
Good boy
Don't confuse acceptance with joy"
Jack: E eu repito minhas indagações e frustrações enquanto pairo no horizonte admirando a estupidez da irracionalidade humana, intocada pela inteligência, um cristal de burrice lapidado pela natureza. Acho que vi algo do tipo no Twitter uma vez, haha.
"(Bridge)
Good boy
(No more, baby)
Good boy
I'm no more your good boy
He calls me deer
She calls me deer
They call me deer (is the pet Jack dead?)
Animal of the year"
Jack: É aqui o momento, durante o bridge da música, que o que tinha deixado de ser he para ser it deixou de ser it para ser simplesmente deer. Ninguém mais trata o Jack, quer dizer, me trata com pronome, um simplesmente "veado" já basta. A indagação mestra que pode ser ouvida de backing vocal foi o resumo de tudo o que eu disse. O animal de estimação Jack está morto? E animal do ano, por quê? É a hipocrisia que eu tinha dito, a crueldade, quando fingem que estão tratando um animal com carinho para abatê-lo. "O veado animal do ano" é só um jeito fofo de dizer "esse vai dar muita carne, vamos ter dinheiro pro ano todo". Triste quando posto assim, né? É o que acontece nos abatedouros ao redor do mundo todo dia e ninguém tá ficando triste por isso.
"(Final Chorus)
Good boy
But I'm not just a deer, I'm more
Good boy
Not your good boy anymore
Good boy
So close all the doors
Good boy
I'm going bouncing on all fours"
Jack: O último refrão já traz uma letra diferente dos dois anteriores propositalmente. Eu já não falei e refalei tudo o que estava me incomodando até então? Todas as minhas frustrações sobre os humanos? Pois é, mas não vai ficar tudo bem, não. Não vai ser perdido de desculpas que vai resolver tudo isso, eu quero vingança. Para os que me chamavam de veado, eu não sou só um veado, eu sou mais, eu sou o Jack McDeer e não sou mais o seu bom garoto, então feche todas as portas porque eu estou indo até você e não vai ser nada bonito de se ver.
James: O que não vai ser bonito de ver, Jack?
Jack: Quando o Furfur sair todos vão saber...
"(Outro)
Good boy
Bad boy
Good boy
Bad boy"
Jack: E no final da música, assim como no início, fico repetindo o seu título, mas dessa vez, intercalado com o seu contrário. Bom menino, mau menino. Até porque depois de tudo isso eu não sou mais o bom menino, então sou o mau, vou ser o mau e vou mostrar o que é maus tratos. Os humanos fedidos vão nos pagar!
James: Confesso que isso é um pouco assustador.
Jack: Você não viu nada, James. Espere só até o fim de semana para assistir ao meu comercial no SuperBowl.
James: Medo. Mas enfim, vamos partir para o nosso próximo quadro, Jack! Seus fãs enviaram algumas perguntas através do Twitter.
Jack: E eu vou ter que respondê-las, né? Mas tem alguma pegadinha nisso?
James: Você vai ter que responder a todas com mentiras. Se for uma pergunta de sim ou não e você falar que não, todos saberão que é sim. Mas se for uma pergunta mais elaborada cuja resposta exige mais do que uma simplesmente confirmação ou negação, você vai ter que se virar para responder com uma mentira.
Jack: Isso vai ser complicado, haha... Mas vamos nessa.
James: Se você acha melhor, você pode responder com a verdade logo em seguida. Pode ser assim?
Jack: Acho que vai ficar melhor sim, James. Então qual a primeira pergunta?
James: A primeira pergunta é da @queijoocupado. Ela quer saber a sua música preferida do momento. Lembrando que você tem que responder com uma mentira!
Jack: Minha música preferida atualmente é, sem sombra de dúvidas, Easy da Kierah. Estou ouvindo muito, amo ouvir humanos fedidos falarem sobre os seus sentimentos, principalmente quando estes envolvem outros humanos fedidos.
James: Espero que a Kierah não leve nenhum ressentimento disso. Mas agora a verdade, por favor.
Jack: Estou em dúvida se deveria responder essa pergunta dentro ou fora do personagem, mas por via das dúvidas, vai ser dentro. Minha música preferida atualmente é Unclosed Heart da Pandora Boxley, isso porque até onde eu sei, ela é um holograma, não um humano, então não fede tanto, a música é boazinha e dá pra ouvir. Mas fora do personagem, desculpa, Kierah, eu amo sua música, sim.
James: Agora temos uma pergunta da @polenguinho1234. Ela quer saber se você se inspira em algum artista. Minta primeiro.
Jack: Claro, me inspiro bastante em vários artistas. Eu diria que minha maior inspiração para o meu novo EP é a Mirella Chain, que inclusive, eu já consegui o contato e vou pedir pra ela me ensinar a rebolar daquele jeito, ela é incrível.
James: Hahahaha! Essa foi hilária! Mas, sério, Jack, você tem alguma inspiração?
Jack: Na verdade, não, acredita? Todas as ideias que eu tive para o meu personagem, para a sua criação, para a sua música, sua história, sua mudança radical de estilo... Tudo isso veio exclusivamente de mim, eu não me inspiro em ninguém, o que apesar de me deixar um pouco orgulhoso por ser tão autêntico e original, me deixa com bastante medo por acabar inovando demais e fazer algo errado, não sei. Sinto que como ninguém nunca fez nada parecido com o que estou fazendo, qualquer passo em falso pode ser um deslize fatal para um precipício, então tenho que ser bastante cauteloso.
James: Bastante cauteloso indo de um pop suave a um eletrônico com sintetizadores pesados, muito cauteloso, haha. Nossa próxima pergunta é da @bri_palmiton. Ela pergunta o que você achou da Rose como headliner, no caso, do Super Bowl.
Jack: Ah, sim, sim, a Rose, aquela humana... É a mais fedida de todas, sinceramente. Quer dizer, eu nunca a vi tomar banho, alguém já viu? A única coisa que comprova isso são os relatos dela e não dá pra confiar num humano. O público dela vai ser inteiro de moscas que vão ficar a rodando, um nojo!
James: Talvez você tenha pegado pesado na mentira...
Jack: Ah, é! Era pra responder com mentira! Esqueci!
James: Jack! Hahahaha, não me mata!
Jack: Mas com mais seriedade, não tenho certeza se posso opinar sobre isso porque eu nem consigo me importar muito, sabe? Vou ter meu comercial e é isso. Fico feliz que a Rose tenha conseguido ter essa honra de fazer essa honra e espero que ela faça um show maravilhoso.
James: Nossa próxima pergunta é de @brendonuriefagversion. Ele pergunta porque você acha que há tanto hate em cima de furry? Primeiro a mentira.
Jack: Simples, porque humanos são desprezíveis, extremamente nojentos e fedidos e a pior aberração que a Terra já teve a audácia de dar suporte, por mim morriam.
James: E a verdade? Qual é, Jack?
Jack: É o que eu já comentei em outras entrevistas, as pessoas associam a zoofilia, quando não tem nada a ver. Muita gente usa fursuit sem nenhum intuito sexual, apenas por diversão, porque gostam, então generalizar esse ponto já é uma tamanha babaquice. E outra, e as pessoas que usam? E daí? É da conta delas. Eu costumo dizer que desde que seja consentido, tudo em quatro paredes é válido, então sua opinião não conta absolutamente nada se duas pessoas quiserem usar fursuit com intuito sexual, isso não significa que elas são zoófilas e muito menos que apoiam a zoofilia. Não é como o caso das lolis que realmente parecem crianças, têm a fisionomia e todas as outras características. Você já viu um furry e um animal de verdade? São coisas completamente diferentes, fazendo com que se alguém sente tesão em um, dificilmente vai sentir tesão no outro. E, mais uma vez, não estou defendendo zoofilia, porque, como eu disse, se consentido, tudo em quatro paredes é válido, mas animais não podem consentir com nada. Humanos podem consentir em usar uma fantasia. Muita problematização desnecessária, sabe, James?
James: Descansa, militante. A próxima pergunta é de @quindao. Ela quer saber se você é um viadinho.
Jack: Não, sou um elefante pré-histórico cor-de-rosa com um chifre de unicórnio, asas de barata e garras de leopardo.
James: Que imaginação fértil, eu estou assombrado por essa cena do elefante agora, principalmente porque estou imaginando um rosa pálido, olhos sem vida e ele vomitando um gosma verde enquanto voa com suas asas com bastante dificuldade e com os ombros caídos por causa do peso do seu corpo, e isso porque eu ainda não consegui colocar o chifre e as garras na imagem na minha cabeça. Enfim, qual a verdade?
Jack: Sim, o Jack McDeer é um veadinho, um veado. Quanto a minha sexualidade, interessa a mim e apenas às pessoas com quem vou me relacionar, próxima.
James: Agora a @kpopismylife quer saber qual o seu grupo favorito: EON ou QUEENDOM.
Jack: Duas porcarias, se eu tivesse o poder de apagar apenas uma coisa da existência, eu não apagaria nem o EON e nem o QUEENDOM e sim a mim pra não ter que coexistir com elas.
James: Ainda bem que sabemos que é mentira. E qual você prefere mesmo?
Jack: O EON até agora está sendo bastante misterioso, tendo apenas algumas músicas soltas antes e agora um mini-álbum, que é inclusive muito bom, mas eu não sei se elas têm material suficiente para que eu possa fazer uma análise adequada e cuidadosa. Já o QUEENDOM tem os seus dois mini-álbuns aí e eu gostei bastante do segundo, mas nem tanto do primeiro. Sendo assim, eu vou ter que dizer que prefiro o QUEENDOM por agora, mas assim que o EON lançar mais trabalhos eu vou poder fazer a minha escolha definitiva. Sucesso, meninas!
James: O @aboiollon perguntou: "E agora que tudo aconteceu, quem é o bom garoto?"
Jack: Vou ter que responder com sinceridade e autenticidade de que é o seu pai, boa tarde.
James: Hahaha! Mas, e aí, Jack? Quem é o bom garoto?
Jack: Não tenho certeza se entendi essa pergunta direito, haha. Tipo, o que é que aconteceu, o que é tudo que aconteceu? Mas para todos os efeitos, não, não sou mais o bom garoto na história.
James: Eu também fiquei um pouco confuso com a pergunta, então enviei uma resposta ao @aboiollon pedindo para explicar mais e se ele responder até o final do programa nós trazemos a pergunta de volta, ok?
Jack: Sim, sim. Vamos para a próxima, então.
James: As meninas do @abortionlittlebitches querem saber se os cornos têm ciclo menstrual e se ele é intenso...
Jack: Sim, sangramos quando rasgamos sua carne com os nossos chifres e, sim, é muito intenso, mas principalmente prazeroso. Querem ser as próximas vítimas?
James: Você não precisa responder essa com a verdade se não quiser.
Jack: Não, tudo bem. Considerando que corno é um animal com chifres e não alguém como a Kierah, a Plastique e a Lilith, sim, eles têm ciclos menstruais, acho que isso é comum na natureza. Apesar de que eu acho que na maioria das vezes não chegam a sangrar, sabe? O instinto desses animais é de reproduzir, então eles estão a todo momento tentando fazer isso, acredito que seja esse o caso. Mas se é intenso ou não, eu não faço a menor ideia, que tipo de pervertido perturbado da cabeça faz essas perguntas? Credo.
James: Podia ser uma pergunta para descobrir se você é homem ou mulher, eu acho. Você já disse que o Jack é homem mas que sobre a sua identidade ainda não era revelado.
Jack: Se for o caso, do que interessa saber meu gênero? E nem gênero é, porque alguém menstruar ou não não define o seu gênero. Eu acho que as pessoas deveriam parar de se preocupar tanto com quem eu sou e se preocupar com a arte do Jack, que é o que realmente importa aqui, né?
James: Nossa próxima pergunta é do @taradopelojack12. Ele pergunta se você come carne.
Jack: Sim, mas de humanos, apenas. Como eu disse, deve ser horrível por causa da sueira deles, mas com um pouquinho de temperos que a mãe-Terra oferece dá pra consertar.
James: A cada minuto eu torço mais para esse programa não ser censurado.
Jack: Mas na verdade, não. Eu não como carne, eu sou vegetariano, mas não vegano. Bebo leite, mel, como ovo e outros produtos de origem animal, mas carne não.
James: A @demoniacbitch quer saber se você sofre muito preconceito dos humanos, conta pra gente.
Jack: Como sofrer preconceito de alguém que eu já estraçalhei com meus chifres, rasguei com meus dentes e pisoteei com minhas patas? Não vejo sentido.
James: Polícia Federal, eu não compactuo com essas ideias! Eu não compactuo!
Jack: Hahahaha, mas a resposta é sim e é bem óbvia. Tem todo um preconceito como eu já disse anteriormente nessa entrevista e na verdade é bastante triste que as pessoas tenham mente fechada para esse tipo de coisa, eu sinto muito mesmo por todas elas porque os furries são incríveis, eu sou incrível. Então, humanos, saibam que pelo menos somos felizes fazendo o que gostamos e vocês continuam aí infelizes sem saber o que fazer.
James: O @mundopop pergunta se você gostaria de fazer uma parceria com alguém. Se sim, com quem?
Jack: Com a Pandora Boxley, que, como eu disse, não é humana, e sim um holograma, então eu não a odeio, e com a Liebe porque eu descobri recentemente que ela também não é humana, e sim uma gata. Muito talento aquela garota.
James: Essa foi a mentira, né? Digo, pra falar que a Liebe tem talento, haha... Desculpe, Liebe, não nos processe. Mas, então, na verdade você gostaria mesmo de fazer alguma parceria?
Jack: Sim, alguns artistas com quem eu cogitei foram a Brinna B, ScarWhite, Anne Julier, que infelizmente deixou a sua carreira de cantora... Agora estou pensando mais na Brie, eu gosto dela e acho que a gente conseguiria fazer uma boa música juntos. Também tem o Stefan, meu namorado, e a Yves, a namorada dele, ai, um monte de gente, James, mas eu realmente gostaria de fazer uma parceria, sabe? Mesmo que até agora eu não tenha feito nenhuma, eu ainda gosto bastante dessa ideia de trabalhar com outra pessoa e talvez eu leve a sério no futuro. Para os meus projetos, entretanto, eu acredito que não, pois já tenho todo o conceito dos EPs formados, ao menos dos três primeiros, o Fur You, o Furfur, e o próximo aí.
James: E parece que o rapaz do tweet misterioso sobre você ainda ser um bom garoto não respondeu, então a gente vai ter que deixar pra próxima, mil desculpas a quem tweetou, mas não conseguimos interpretar a sua pergunta direito.
Jack: Mas se ainda quiser explicar a pergunta, pode explicar porque eu fiquei curioso, haha. Ainda quero saber o que você quis dizer, por favor.
James: Bem, Jack, sem mais perguntas, acredito que tenhamos encerrado a nossa entrevista aqui. Muito obrigado por se fazer presente. Gostaria de dizer algo para o público de casa, nossos telespectadores?
Jack: Que vão no Spotify, Deezer, ou qualquer plataforma digital que tiverem e deem stream em Good Boy, muito stream! E também vão ao YouTube assistir ao lyric video que já foi lançado, recomendem para todos os seus amigos que gostam desse tipo de música, deem like, compartilhem, isso é muito importante para mim e me incentiva a continuar fazendo a minha arte, além de me dar dinheiro pra comer um lanche da tarde, né? Muito obrigado a todos e lembrem-se: o Furfur tá vindo para vocês.
James: Esse foi o Jack McDeer, pessoal! Só para por um ponto final de vez, você poderia dar uma palinha pra gente, Jack?
Jack: Claro que sim, James. Vou cantar Good Boy.
Então Jack se levanta e vai para uma parte mais afastada do palco, onde as luzes se apagam e o ambiente é iluminado exclusivamente pelo telão que exibe o lyric video. Jack canta o seu single Good Boy fazendo movimentos estranhos como se fosse um zumbi. Após sua performance, a plateia aplaude fervorosamente. Jack se despede e deixa o palco.
James: Boa noite, o nosso convidado de hoje é alguém super especial e carismático que acabou se tornando assustador e perturbador. Aplausos para Jack McDeer!
Jack: Oi, James. É muito bom estar aqui, apesar de eu odiar do fundo da minha alma cada ser humano presente neste espaço, haha.
James: Podemos fingir que não ouvimos este comentário. Bem, estamos aqui hoje para falar de novidades! E com novidades, temos o seu single novo que foi lançado ainda essa semana, não é? Qual o nome mesmo? Fala pra gente.
Jack: Good Boy, a música foi lançada nessa sexta-feira e está muito boa.
James: Junto da música você lançou um lyric video, não foi?
Jack: Exatamente, um lyric video que eu mesmo editei, tudo sozinho, e já está disponível no YouTube para quem quiser conferir.
James: E é sobre isso que vamos falar agora. Jack, você arrumou briga com um monte de gente pelo Twitter por causa desse vídeo, não é?
Jack: Não consideraria brigas. Foram apenas humanos fedidos, não se podia esperar atitude mais baixa assim deles. Digo, de vocês. Você também é humano.
James: Claro, claro. Uma curiosidade antes de falarmos mais sobre isso: porque você chama os humanos de fedidos?
Jack: Porque eles são. Eles não tomam banho direito. Chamá-los de porcos seria uma ofensa aos porcos, que são meus amigos, então os chamo de fedidos. Fedidos!
James: Ok, bom ponto. Enfim, nós separamos alguns tweets aqui para você falar o que aconteceu. Primeiro quando você divulgou que o seu lyric video tinha saído no Twitter, a cantora japonesa Reiko disse "que p*rra é essa???" e você a respondeu com um trecho da sua música.
Jack: É tudo parte do personagem, James. Eu estou divulgando a minha música e não me importo com os que humanos dizem. Eu não sou mais seu brinquedinho e é isso.
James: A Reiko ainda anunciou mais tarde que teve que ir para o hospital por causa do vídeo, o que você acha disso?
Jack: Glorioso. Não é porque ela é japonesa que eu vou a odiar menos. Odeio todos os humanos igualmente e fiquei muito feliz quando ela me disse que não estava bem. Saiba que só vai piorar daqui pra frente.
James: Quem também quase foi para o hospital foi o cantor Stefan Lancaster, você ficou sabendo não é? E ele ainda disse que você teria que pagar os remédios para ele.
Jack: Ele que se vire. Tem um aviso em caps lock no título do vídeo sobre epilepsia. Quem tem, não assista. Se ele assistiu, foi por sua conta e risco e fico feliz que tenha sido pelo risco porque eu quero mesmo é eliminar todos os humanos existentes.
James: Vocês tiveram uma discussão, onde você disse que os humanos te tratam, tratam os animais, como lixo e quando sentem uma dorzinho de cabeça, querem por a culpa em você.
Jack: E foi nesse momento que eu também aprendi uma palavra nova que ele usou na resposta.
James: Sim, estou vendo aqui, e os dois ficaram mandando um ao outro calar a boca, que reviravolta. O mais engraçado é que nenhum estava mesmo falando algo, apenas digitando numa rede social.
Jack: Ao menos tive essa oportunidade de expandir o meu vocabulário. Obrigado, Stefan, e cala a boca.
James: A cantora Plastique Condessa também se manifestou contra o seu lyric video alegando estar com dor de cabeça e disse que iria te cozinhar no jantar.
Jack: Para me cozinhar, ela precisa me capturar e me matar antes e eu tenho certeza de que não vai conseguir pois eu vou matá-la primeiro.
James: Gostaríamos de avisar que não compactuamos com nenhuma das ideias dos nossos entrevistados e que vamos colaborar com quaisquer investigações de um possível caso de homicídio. As gravações serão disponibilizadas às autoridades também.
Jack: É por isso que eu odeio humanos... Humanos fedidos... Todos humanos...
James: A briga com a Plastique parece ter sido a mais feia. Ela falou que carne de veado parecia ser deliciosa e você disse que a dela também. Então ela jogo que todos odeiam furries e você disse que furries amam furries e isso é o que importa.
Jack: Ela realmente acha que eu ligo para a opinião de um humano fedido? Ela é uma piada!
James: Continuando, ela disse que não tinha epilepsia mas seu cérebro estava explodindo, então você entrou com uma explicação sobre isso.
Jack: Eu falei que veados tem uma percepção limitada de cores e que aquilo não nos incomoda. O vídeo foi, sim, feito para incomodar humanos e exclusivamente humanos. Humanos fedidos! Porque eu odeio eles! Odeio humanos! Odeio humanos fedidos!
James: Fora do personagem se puder, é verdade isso? Veados têm visão limitada e você fez o lyric video pensando nisso?
Jack: Não sei, James. Foi a primeira resposta que me veio na cabeça, mas eu não tenho certeza, apesar de acreditar nisso, sim.
James: Antes de terminar de ler essa treta aqui, vamos pesquisar no Google? Eu fiquei curioso.
Jack: Ah, sim... Pesquise, por favor. Quero saber mais sobre os veados.
James: Só achei algo dizendo sobre quando eles veem luzes muito fortes, sua visão fica toda escura por algum tempo até eles a recuperarem. Por isso eles ficam paralisados quando veem faróis de carro.
Jack: Isso é interessante, então felizmente os veados não viram nada, só apreciaram a música magnífica.
James: Eu não diria tão magnífica, mas vamos continuar. A Plastique falou que você ia parar na geladeira dela e você disse que ela ia parar na sua barriga. Mas aí surgiu algo interessante.
Jack: Sim, interessantíssimo mastigar e engolir a carne saborosa de humanos fedidos.
James: Não foi exatamente o que eu quis dizer. A Plastique contestou a sua ameaça por você ser um veado, e logicamente, herbívoro. E então você disse que era herbívoro antes do inferno. Pode explicar essa parte?
Jack: Me enviaram para o inferno e eu voltei de lá diferente, como um demônio.
James: Não tenho certeza se entendi o que você quis dizer com isso...
Jack: Claro, não é do seu intelecto. Mas tudo vai ficar mais claro com o lançamento do meu EP.
James: Ok, eu estou realmente com medo do que vai vir por aí, Jack. Enfim, outra artista também comentou sobre o ocorrido, a Glinda Lovegood que está em ascensão atualmente. Ela te agradeceu por f*der com os olhos dela e te camou de v*dia.
Jack: É, mas a v*dia é ela.
James: Pelo jeito ela concordou com você nesse ponto, haha.
Jack: Aquela humana suja ainda precisa comer muito mato pra chegar aonde eu cheguei, pra ter uma capacidade mental suficiente de aguentar todas as informações da minha música e do meu vídeo.
James: Esquecendo um pouco o ódio gratuito, vamos agora...
Jack: Esquecendo, nada! Quem esquece é quem tem alzheimer e quem perdoa é Deus. Estão todos na minha lista e os eliminarei primeiro, antes de qualquer outro humano, exceto aqueles que estão diretamente envolvidos na indústria da carne.
James: Ok... Então vamos agora... É... Para o nosso quadro em que você terá que explicar verso, por verso, a letra da sua música, Good Boy, que tal?
Jack: Vou adorar! Vamos, por favor!
Jack vai para outro lugar do palco, sentando-se sozinho em uma cadeira atrás de um telão. A música começa a tocar e o lyric video a passar. A cada certo tempo, Jack pausava com um controle que o deram e explicava o que queria explicar ali.
"(Intro)
Good boy
Good boy
Good boy"
Jack: A introdução da música repete o título dela três vezes seguidas sem nenhum motivo especial, apenas pela racionalidade de combinar com o instrumental que estava sendo criado pelo produtor musical magnífico Klaus Henderson, recomendo o trabalho dele.
"(Verse 01)
Call your good boy by "it"
It's not a human, not even a bit
Laugh at its horns
But secretly watch furry porns"
Jack: Aqui logo no verse 01 temos algumas frases muito impactantes. Geralmente se usa os pronomes he e she para tratar de animais de estimação, os quaisquer se usa it. O que é jogado aqui é que nem mais animal de estimação sou considerado, usando aquele velho argumento preconceituoso e furryfóbico de que não se pode usar he ou she para um animal porque ele não é um humano. Também lê-se ali em seguida mais versos impactantes. O ato de rir dos chifres é o que podemos chamar de agressões psicológicas, que já começam aí. E logo em seguida eu jogo a hipocrisia que muitas pessoas têm, fingem ser furryfóbicas porque não conseguem assumir que são furry.
"Ride it as if it was a ride
But in the dark barn, you hide
Feed it sometimes and enjoy
Mistreat it and call it a good boy"
Jack: Essa parte também foi para os meus amigos cavalos e pôneis que são utilizados como uma mera diversão quando seus donos querem dar um passeio e depois são abandonados em celeiros, muitas vezes privados de comida e maltratados. A crítica é a de que os animais não são apenas brinquedos que você usa e depois guarda num baú, são todos seres vivos que têm necessidades como qualquer outro. Animais conseguem se virar bem na natureza, mas se você prendê-los não tem como eles se virarem, então decide! Ou trata bem ou solta logo de vez!
"(Chorus)
Good boy
Am I still your good boy?
Good boy
I'm no more your little toy
Good boy
But I'm about to destroy
Good boy
Don't confuse acceptance with joy"
Jack: Eu adoro o refrão porque, vou ser sincero, é mais difícil arrumar rimas para o boy do que parece. Aqui além de eu contestar o fato de me chamarem de bom menino antes, eu falo exatamente o que eu tinha dito, que não sou mais um brinquedinho. Os versos se estendem dizendo que eu estou prestes a destruir e vocês vão entender muito bem o que vou destruir quando o clipe, o EP e sua parte visual forem lançadas, tudo foi muito bem pensado para este momento. Por fim, não confunda aceitação com alegria, que é sem dúvida uma das frases mais marcantes da composição. Não é porque estou aceitando tudo o que você está fazendo comigo que eu estou alegre. Afinal, eu nem tenho muita escolha por aqui, né? Ou será que tenho? E se eu destruir tudo?
"(Verse 02)
They know how to make a deer mad
Their blood is blue, not red
Dammit vampires
That's why I'm lighting fires"
Jack: Nada de muito novo. Tudo o que eles estão fazendo está me deixando furioso. O sangue deles é azul, não vermelho, o que significa que o sangue deles é frio, que eles não têm piedade. Também é uma crítica ao que eles dizem sobre alguns animais terem sangue azul, mas todos os sangues são vermelhos! Exceto os deles, é claro, que são vampiros. Eu não sei muito bem se vampiros têm medo de fogo, mas eu estou acendendo fogo e é isso, vou queimar os vampiros, vou queimar os humanos fedidos.
"I heard a threat, they want deer meat
But it's not me who they will eat
They say I'm as strong as alloy
And even call me their good boy"
Jack: Acreditem ou não, carne de veado é uma iguaria muito vendida em alguns lugares. Aqui eu fiz uma crítica mais voltada à própria indústria da carne que maltratam e matam os animais sem um pingo de compaixão. Existem alguns lugares que até criam os animais com um certo conforto, dão muita comida e muito carinho só para o animal ficar saudável para o abatedouro, o que é uma crueldade ainda maior na minha opinião. Eu sou a favor de começarmos a matar humanos para comer. Claro que a carne deles deve ser horrível, mas nada que um tempero natural não resolva. E pra quem não sabe, uma alloy é uma ligação metálica, então é bem resistente.
"(Chorus)
Good boy
Am I still your good boy?
Good boy
I'm no more your little toy
Good boy
But I'm about to destroy
Good boy
Don't confuse acceptance with joy"
Jack: E eu repito minhas indagações e frustrações enquanto pairo no horizonte admirando a estupidez da irracionalidade humana, intocada pela inteligência, um cristal de burrice lapidado pela natureza. Acho que vi algo do tipo no Twitter uma vez, haha.
"(Bridge)
Good boy
(No more, baby)
Good boy
I'm no more your good boy
He calls me deer
She calls me deer
They call me deer (is the pet Jack dead?)
Animal of the year"
Jack: É aqui o momento, durante o bridge da música, que o que tinha deixado de ser he para ser it deixou de ser it para ser simplesmente deer. Ninguém mais trata o Jack, quer dizer, me trata com pronome, um simplesmente "veado" já basta. A indagação mestra que pode ser ouvida de backing vocal foi o resumo de tudo o que eu disse. O animal de estimação Jack está morto? E animal do ano, por quê? É a hipocrisia que eu tinha dito, a crueldade, quando fingem que estão tratando um animal com carinho para abatê-lo. "O veado animal do ano" é só um jeito fofo de dizer "esse vai dar muita carne, vamos ter dinheiro pro ano todo". Triste quando posto assim, né? É o que acontece nos abatedouros ao redor do mundo todo dia e ninguém tá ficando triste por isso.
"(Final Chorus)
Good boy
But I'm not just a deer, I'm more
Good boy
Not your good boy anymore
Good boy
So close all the doors
Good boy
I'm going bouncing on all fours"
Jack: O último refrão já traz uma letra diferente dos dois anteriores propositalmente. Eu já não falei e refalei tudo o que estava me incomodando até então? Todas as minhas frustrações sobre os humanos? Pois é, mas não vai ficar tudo bem, não. Não vai ser perdido de desculpas que vai resolver tudo isso, eu quero vingança. Para os que me chamavam de veado, eu não sou só um veado, eu sou mais, eu sou o Jack McDeer e não sou mais o seu bom garoto, então feche todas as portas porque eu estou indo até você e não vai ser nada bonito de se ver.
James: O que não vai ser bonito de ver, Jack?
Jack: Quando o Furfur sair todos vão saber...
"(Outro)
Good boy
Bad boy
Good boy
Bad boy"
Jack: E no final da música, assim como no início, fico repetindo o seu título, mas dessa vez, intercalado com o seu contrário. Bom menino, mau menino. Até porque depois de tudo isso eu não sou mais o bom menino, então sou o mau, vou ser o mau e vou mostrar o que é maus tratos. Os humanos fedidos vão nos pagar!
James: Confesso que isso é um pouco assustador.
Jack: Você não viu nada, James. Espere só até o fim de semana para assistir ao meu comercial no SuperBowl.
James: Medo. Mas enfim, vamos partir para o nosso próximo quadro, Jack! Seus fãs enviaram algumas perguntas através do Twitter.
Jack: E eu vou ter que respondê-las, né? Mas tem alguma pegadinha nisso?
James: Você vai ter que responder a todas com mentiras. Se for uma pergunta de sim ou não e você falar que não, todos saberão que é sim. Mas se for uma pergunta mais elaborada cuja resposta exige mais do que uma simplesmente confirmação ou negação, você vai ter que se virar para responder com uma mentira.
Jack: Isso vai ser complicado, haha... Mas vamos nessa.
James: Se você acha melhor, você pode responder com a verdade logo em seguida. Pode ser assim?
Jack: Acho que vai ficar melhor sim, James. Então qual a primeira pergunta?
James: A primeira pergunta é da @queijoocupado. Ela quer saber a sua música preferida do momento. Lembrando que você tem que responder com uma mentira!
Jack: Minha música preferida atualmente é, sem sombra de dúvidas, Easy da Kierah. Estou ouvindo muito, amo ouvir humanos fedidos falarem sobre os seus sentimentos, principalmente quando estes envolvem outros humanos fedidos.
James: Espero que a Kierah não leve nenhum ressentimento disso. Mas agora a verdade, por favor.
Jack: Estou em dúvida se deveria responder essa pergunta dentro ou fora do personagem, mas por via das dúvidas, vai ser dentro. Minha música preferida atualmente é Unclosed Heart da Pandora Boxley, isso porque até onde eu sei, ela é um holograma, não um humano, então não fede tanto, a música é boazinha e dá pra ouvir. Mas fora do personagem, desculpa, Kierah, eu amo sua música, sim.
James: Agora temos uma pergunta da @polenguinho1234. Ela quer saber se você se inspira em algum artista. Minta primeiro.
Jack: Claro, me inspiro bastante em vários artistas. Eu diria que minha maior inspiração para o meu novo EP é a Mirella Chain, que inclusive, eu já consegui o contato e vou pedir pra ela me ensinar a rebolar daquele jeito, ela é incrível.
James: Hahahaha! Essa foi hilária! Mas, sério, Jack, você tem alguma inspiração?
Jack: Na verdade, não, acredita? Todas as ideias que eu tive para o meu personagem, para a sua criação, para a sua música, sua história, sua mudança radical de estilo... Tudo isso veio exclusivamente de mim, eu não me inspiro em ninguém, o que apesar de me deixar um pouco orgulhoso por ser tão autêntico e original, me deixa com bastante medo por acabar inovando demais e fazer algo errado, não sei. Sinto que como ninguém nunca fez nada parecido com o que estou fazendo, qualquer passo em falso pode ser um deslize fatal para um precipício, então tenho que ser bastante cauteloso.
James: Bastante cauteloso indo de um pop suave a um eletrônico com sintetizadores pesados, muito cauteloso, haha. Nossa próxima pergunta é da @bri_palmiton. Ela pergunta o que você achou da Rose como headliner, no caso, do Super Bowl.
Jack: Ah, sim, sim, a Rose, aquela humana... É a mais fedida de todas, sinceramente. Quer dizer, eu nunca a vi tomar banho, alguém já viu? A única coisa que comprova isso são os relatos dela e não dá pra confiar num humano. O público dela vai ser inteiro de moscas que vão ficar a rodando, um nojo!
James: Talvez você tenha pegado pesado na mentira...
Jack: Ah, é! Era pra responder com mentira! Esqueci!
James: Jack! Hahahaha, não me mata!
Jack: Mas com mais seriedade, não tenho certeza se posso opinar sobre isso porque eu nem consigo me importar muito, sabe? Vou ter meu comercial e é isso. Fico feliz que a Rose tenha conseguido ter essa honra de fazer essa honra e espero que ela faça um show maravilhoso.
James: Nossa próxima pergunta é de @brendonuriefagversion. Ele pergunta porque você acha que há tanto hate em cima de furry? Primeiro a mentira.
Jack: Simples, porque humanos são desprezíveis, extremamente nojentos e fedidos e a pior aberração que a Terra já teve a audácia de dar suporte, por mim morriam.
James: E a verdade? Qual é, Jack?
Jack: É o que eu já comentei em outras entrevistas, as pessoas associam a zoofilia, quando não tem nada a ver. Muita gente usa fursuit sem nenhum intuito sexual, apenas por diversão, porque gostam, então generalizar esse ponto já é uma tamanha babaquice. E outra, e as pessoas que usam? E daí? É da conta delas. Eu costumo dizer que desde que seja consentido, tudo em quatro paredes é válido, então sua opinião não conta absolutamente nada se duas pessoas quiserem usar fursuit com intuito sexual, isso não significa que elas são zoófilas e muito menos que apoiam a zoofilia. Não é como o caso das lolis que realmente parecem crianças, têm a fisionomia e todas as outras características. Você já viu um furry e um animal de verdade? São coisas completamente diferentes, fazendo com que se alguém sente tesão em um, dificilmente vai sentir tesão no outro. E, mais uma vez, não estou defendendo zoofilia, porque, como eu disse, se consentido, tudo em quatro paredes é válido, mas animais não podem consentir com nada. Humanos podem consentir em usar uma fantasia. Muita problematização desnecessária, sabe, James?
James: Descansa, militante. A próxima pergunta é de @quindao. Ela quer saber se você é um viadinho.
Jack: Não, sou um elefante pré-histórico cor-de-rosa com um chifre de unicórnio, asas de barata e garras de leopardo.
James: Que imaginação fértil, eu estou assombrado por essa cena do elefante agora, principalmente porque estou imaginando um rosa pálido, olhos sem vida e ele vomitando um gosma verde enquanto voa com suas asas com bastante dificuldade e com os ombros caídos por causa do peso do seu corpo, e isso porque eu ainda não consegui colocar o chifre e as garras na imagem na minha cabeça. Enfim, qual a verdade?
Jack: Sim, o Jack McDeer é um veadinho, um veado. Quanto a minha sexualidade, interessa a mim e apenas às pessoas com quem vou me relacionar, próxima.
James: Agora a @kpopismylife quer saber qual o seu grupo favorito: EON ou QUEENDOM.
Jack: Duas porcarias, se eu tivesse o poder de apagar apenas uma coisa da existência, eu não apagaria nem o EON e nem o QUEENDOM e sim a mim pra não ter que coexistir com elas.
James: Ainda bem que sabemos que é mentira. E qual você prefere mesmo?
Jack: O EON até agora está sendo bastante misterioso, tendo apenas algumas músicas soltas antes e agora um mini-álbum, que é inclusive muito bom, mas eu não sei se elas têm material suficiente para que eu possa fazer uma análise adequada e cuidadosa. Já o QUEENDOM tem os seus dois mini-álbuns aí e eu gostei bastante do segundo, mas nem tanto do primeiro. Sendo assim, eu vou ter que dizer que prefiro o QUEENDOM por agora, mas assim que o EON lançar mais trabalhos eu vou poder fazer a minha escolha definitiva. Sucesso, meninas!
James: O @aboiollon perguntou: "E agora que tudo aconteceu, quem é o bom garoto?"
Jack: Vou ter que responder com sinceridade e autenticidade de que é o seu pai, boa tarde.
James: Hahaha! Mas, e aí, Jack? Quem é o bom garoto?
Jack: Não tenho certeza se entendi essa pergunta direito, haha. Tipo, o que é que aconteceu, o que é tudo que aconteceu? Mas para todos os efeitos, não, não sou mais o bom garoto na história.
James: Eu também fiquei um pouco confuso com a pergunta, então enviei uma resposta ao @aboiollon pedindo para explicar mais e se ele responder até o final do programa nós trazemos a pergunta de volta, ok?
Jack: Sim, sim. Vamos para a próxima, então.
James: As meninas do @abortionlittlebitches querem saber se os cornos têm ciclo menstrual e se ele é intenso...
Jack: Sim, sangramos quando rasgamos sua carne com os nossos chifres e, sim, é muito intenso, mas principalmente prazeroso. Querem ser as próximas vítimas?
James: Você não precisa responder essa com a verdade se não quiser.
Jack: Não, tudo bem. Considerando que corno é um animal com chifres e não alguém como a Kierah, a Plastique e a Lilith, sim, eles têm ciclos menstruais, acho que isso é comum na natureza. Apesar de que eu acho que na maioria das vezes não chegam a sangrar, sabe? O instinto desses animais é de reproduzir, então eles estão a todo momento tentando fazer isso, acredito que seja esse o caso. Mas se é intenso ou não, eu não faço a menor ideia, que tipo de pervertido perturbado da cabeça faz essas perguntas? Credo.
James: Podia ser uma pergunta para descobrir se você é homem ou mulher, eu acho. Você já disse que o Jack é homem mas que sobre a sua identidade ainda não era revelado.
Jack: Se for o caso, do que interessa saber meu gênero? E nem gênero é, porque alguém menstruar ou não não define o seu gênero. Eu acho que as pessoas deveriam parar de se preocupar tanto com quem eu sou e se preocupar com a arte do Jack, que é o que realmente importa aqui, né?
James: Nossa próxima pergunta é do @taradopelojack12. Ele pergunta se você come carne.
Jack: Sim, mas de humanos, apenas. Como eu disse, deve ser horrível por causa da sueira deles, mas com um pouquinho de temperos que a mãe-Terra oferece dá pra consertar.
James: A cada minuto eu torço mais para esse programa não ser censurado.
Jack: Mas na verdade, não. Eu não como carne, eu sou vegetariano, mas não vegano. Bebo leite, mel, como ovo e outros produtos de origem animal, mas carne não.
James: A @demoniacbitch quer saber se você sofre muito preconceito dos humanos, conta pra gente.
Jack: Como sofrer preconceito de alguém que eu já estraçalhei com meus chifres, rasguei com meus dentes e pisoteei com minhas patas? Não vejo sentido.
James: Polícia Federal, eu não compactuo com essas ideias! Eu não compactuo!
Jack: Hahahaha, mas a resposta é sim e é bem óbvia. Tem todo um preconceito como eu já disse anteriormente nessa entrevista e na verdade é bastante triste que as pessoas tenham mente fechada para esse tipo de coisa, eu sinto muito mesmo por todas elas porque os furries são incríveis, eu sou incrível. Então, humanos, saibam que pelo menos somos felizes fazendo o que gostamos e vocês continuam aí infelizes sem saber o que fazer.
James: O @mundopop pergunta se você gostaria de fazer uma parceria com alguém. Se sim, com quem?
Jack: Com a Pandora Boxley, que, como eu disse, não é humana, e sim um holograma, então eu não a odeio, e com a Liebe porque eu descobri recentemente que ela também não é humana, e sim uma gata. Muito talento aquela garota.
James: Essa foi a mentira, né? Digo, pra falar que a Liebe tem talento, haha... Desculpe, Liebe, não nos processe. Mas, então, na verdade você gostaria mesmo de fazer alguma parceria?
Jack: Sim, alguns artistas com quem eu cogitei foram a Brinna B, ScarWhite, Anne Julier, que infelizmente deixou a sua carreira de cantora... Agora estou pensando mais na Brie, eu gosto dela e acho que a gente conseguiria fazer uma boa música juntos. Também tem o Stefan, meu namorado, e a Yves, a namorada dele, ai, um monte de gente, James, mas eu realmente gostaria de fazer uma parceria, sabe? Mesmo que até agora eu não tenha feito nenhuma, eu ainda gosto bastante dessa ideia de trabalhar com outra pessoa e talvez eu leve a sério no futuro. Para os meus projetos, entretanto, eu acredito que não, pois já tenho todo o conceito dos EPs formados, ao menos dos três primeiros, o Fur You, o Furfur, e o próximo aí.
James: E parece que o rapaz do tweet misterioso sobre você ainda ser um bom garoto não respondeu, então a gente vai ter que deixar pra próxima, mil desculpas a quem tweetou, mas não conseguimos interpretar a sua pergunta direito.
Jack: Mas se ainda quiser explicar a pergunta, pode explicar porque eu fiquei curioso, haha. Ainda quero saber o que você quis dizer, por favor.
James: Bem, Jack, sem mais perguntas, acredito que tenhamos encerrado a nossa entrevista aqui. Muito obrigado por se fazer presente. Gostaria de dizer algo para o público de casa, nossos telespectadores?
Jack: Que vão no Spotify, Deezer, ou qualquer plataforma digital que tiverem e deem stream em Good Boy, muito stream! E também vão ao YouTube assistir ao lyric video que já foi lançado, recomendem para todos os seus amigos que gostam desse tipo de música, deem like, compartilhem, isso é muito importante para mim e me incentiva a continuar fazendo a minha arte, além de me dar dinheiro pra comer um lanche da tarde, né? Muito obrigado a todos e lembrem-se: o Furfur tá vindo para vocês.
James: Esse foi o Jack McDeer, pessoal! Só para por um ponto final de vez, você poderia dar uma palinha pra gente, Jack?
Jack: Claro que sim, James. Vou cantar Good Boy.
Então Jack se levanta e vai para uma parte mais afastada do palco, onde as luzes se apagam e o ambiente é iluminado exclusivamente pelo telão que exibe o lyric video. Jack canta o seu single Good Boy fazendo movimentos estranhos como se fosse um zumbi. Após sua performance, a plateia aplaude fervorosamente. Jack se despede e deixa o palco.