Post by butterflyeffectrecords on Mar 13, 2020 13:14:37 GMT -3
Olá, meus demoninhos preferidos! Aqui quem fala é a Banshee e você está escutando o Banshee Radio! Estamos no episódio seis, já é hora de começar a rodar o mundo não é mesmo? Por isso, mesmo que vocês tenham escolhido o Furfur, eu decidi também escutar o Magnetic Wonderland, da nossa rainha Glinda. Agora, eu não sei muito de jpop mas mesmo que meus filhos lindos HEXAGON façam música oriental, eu acho que o jpop é uma coisa mais tradicional do oriente e que vai me preparar pra coisas mais orientais e menos americanizadas, o que não é o caso do kpop que usa elementos do pop americano, então eu acho mais interessante começar pelo que é mais distante da minha vida e da minha cultura para depois ir se aproximando. Acho que o impacto vai ser maior do que se eu fizer o processo inverso porque aí eu já vou estar preparada pra qualquer que seja a diferença do jpop. Então vamos para a primeira faixa desse EP com um encarte tão fofo que parece um desenho japonês infantil!
“Magnetic Wonderland”
Hm... Eu gostei da ideia de começar esse EP com o instrumental... Isso é bem chiclete e parece uma abertura daqueles animes fofos. Ele também é bem otimista e dançante, acho que Glinda está preparando os ouvintes pra bastante alegria e açúcar e eu estou esperando que as músicas fiquem mais fofas daqui pra frente porque essa intro já foi um ótimo começo! Na verdade, eu meio que queria que ela fosse uma música inteira porque esse instrumental é legal demais pra ser usado só em 30 segundos...
“Glitch”
Bom... Essa melodia também é bem feliz mas é mais americanizada que a primeira. É tipo um pop bem comercial, provavelmente essa faixa foi incluída aqui para fazer sucesso no ocidente também e eu entendo que mesmo sendo diferente, Glinda continua sendo uma artista pop então é bem aceitável. A letra é bem profunda, fala sobre tentar se encaixar numa sociedade, tentar seguir o padrão e mesmo assim não sendo aceita por ser diferente. Acho que todo artista já passou por isso alguma vez na vida. A letra tomou um rumo diferente do que eu pensei mas não é necessariamente uma quebra de conceito porque ser um bug no sistema, como a música fala, não é necessariamente ruim. Glitch é uma faixa boa, supera as expectativas.
“Me! Me! Me!”
Essa melodia também é bem comercial mas acho que ela está saindo do pop americano e indo em direção ao japonês agora, o que é ótimo. Eu achei bastante divertida e dançante, com certeza tocaria nos clubes gays aqui de Nova Iorque e eu espero que toquem! Em questão de letra, eu acho muito válida essa crítica aos comportamentos dessas pessoas famosas que fazem tudo por atenção e mídia, acho que tudo isso vira um vício e depois, a queda é inevitável e vai doer muito mais nas pessoas que baseiam a vida delas em números. Essa postura satírica de atuar como uma dessas pessoas deu muito certo, foi perspicaz e ficou divertida, talvez até engraçada.
“notice me, senpai”
Nossa, essa melodia é muito eletrizante e contagiante, é muito dance e isso ficou muito divertido a essa altura do álbum! Ela também cria um tipo de imagem, tipo aquelas meninas que andam pelas ruas de Tóquio super montadas com roupas coloridas e extravagantes, quase como um personagem de anime na vida real. A letra fala sobre querer a atenção de alguém a ponto de pensar em mudar a si mesmo e, de novo, quem nunca passou por isso? Eu não sei se ela está falando sobre uma pessoa específica ou sobre a fama em si né, porque muitas pessoas pensam em mudar por causa da fama, na verdade a maioria das pessoas muda e cria um personagem feito especificamente para vender.
“Fashion Monster”
Essa é minha melodia preferida até agora, apesar de ser bem pop, ela já saiu totalmente do campo do pop americano e ainda tem uma base de guitarra que persiste durante quase a música inteira! Também é bem dançante e otimista, sendo talvez a mais tradicional da cultura do jpop. Eu amei muito essa música, com certeza vou escutar ela mais vezes. A letra dela continua a narrativa de “notice me senpai” porém aqui ela está se libertando do controle das pessoas que antes ela queria impressionar e isso é muito bom de se escutar. Se ela estava falando de uma pessoa específica, do público ou até de personalidades da indústria musical, eu não sei mas o importante é que Glinda está livre!
“introduction.exe”
Eu já ouvi essa durante a performance da Glinda no MAMA... Aliás, que saudade do MAMA! As pessoas de lá foram tão agradáveis e eu fiquei realmente emocionada com tudo que os artistas da Ásia fizeram. Aquele dia foi inesquecível! Bom, voltando a introduction.exe, essa melodia é o melhor encerramento que esse EP poderia ter, ela é tão extravagante e louca, a voz da Glinda combinou tanto com esse tipo de sonoridade que eu espero que ela faça isso mais vezes, isso ficou muito bom! Não sei dizer se essa é minha preferida porque eu também amei Fashion Monster mas com certeza é uma ótima música. A letra também é divertida e mostra que a Glinda cansou dos padrões e libertou de vez a sua loucura! ISSO É DEMAIS!
Concluindo, esse EP é uma ótima jornada, ele começa bom mas à medida que a sonoridade vai abandonando o pop americano e adotando o jpop, a qualidade dele só aumenta. Mesmo com toda essa sonoridade bem eletrônica, Glinda conseguiu passar emoções profundas sem comprometer a coerência lírica em relação à sonora. Não é fácil fazer o que a Glinda fez nesse EP e ela com certeza não é uma artista a ser subestimada. Glinda, eu te amo garota!
[Omanko começa a tocar enquanto Banshee fala as palavras finais do episódio]
Bom, chegamos ao fim do Banshee Radio de hoje e eu preciso agradecer a mim mesma por decidir escutar o Magnetic Wonderland, com certeza foi a melhor coisa que eu fiz depois de quase ter um ataque cardíaco escutando o Furfur, acho que Jack deixou algumas sequelas psicológicas em mim depois de ontem, ainda bem que eu virei vegetariana há alguns dias porque se não meu pavor dele seria real. Obrigado Glinda por esse EP tão revigorante e obrigado a todos por me escutarem! Esse foi o Banshee Radio e você está escutando Omanko, single da versão de luxo do meu album The Wife’s Lament! Tchau!
[O encerramento continua até o fim de Omanko]