Post by andrewschaefer on Mar 16, 2020 23:55:01 GMT -3
A fim de divulgar o single Dark Diamond, bem como a mixtape de mesmo nome, a cantora e compositora Agatha Melina, ao lado do produtor musical Klaus Henderson participaram do programa americano de rádio Jim Bohannon Show. Durante a entrevista, eles conversaram sobre diversos temas, sendo o principal deles o lançamento dessa mixtape e o início de uma nova fase na vida dos dois. A promoção também ocorreu para a faixa Til The Dawn, que está presente na mixtape e foi parceria com a cantora Williams.
No começo da entrevista, foi pedido que Agatha e Klaus explicassem um pouco sobre como se conheceram e como tiveram a ideia de criar esse selo musical, Dark Diamond Music.
Agatha: Acho que foi uma ideia dos dois, não partiu de ninguém. Eu conheci o Klaus já no final do ano passado enquanto eu ouvia artistas aleatórios no Soundcloud. Eu acabei encontrando o perfil do Klaus e gostei bastante, então a gente começou a conversar por lá.
Klaus: Eu lembro que quando recebi a notificação com uma mensagem da Agatha Melina, eu quase surtei! De imediato, eu pensei que fosse fake, mas era ela mesmo, elogiando minha música. Acabou que nos tornamos mais do que conhecidos, e sim amigos. Eu contei que já havia co-produzido para alguns artistas grandes, mas nunca quis revelar minha identidade ou mesmo me lançar como artista como estou fazendo agora... Foi a Agatha que me encorajou a fazer tudo isso.
Agatha: Eu tinha uns contatos, então foi fácil. Mostrei a música dele para algumas pessoas da Schaefer Records que adoraram, o Jack McDeer e Lola W, inclusive os dois trabalham com o Klaus até hoje. Mas o que fez ele realmente se lançar foi a Reiko.
Klaus: Eu tinha esse projeto de música, Where's My Juul?, e eu sempre achei que a Reiko seria perfeita para cantar, mas eu não tinha contato com ela e era um zé-ninguém. Felizmente a Agatha conseguiu conversar com ela e fizemos isso. Trabalhar com a Reiko foi muito gratificante pra mim. Eu tive muito medo de ser motivo de chacota na internet porque a música era muito trash, e isso acabou acontecendo de qualquer forma. Eu acabei me divertindo muito com o estranhamento das pessoas pela música, então valeu a pena.
Agatha: Não foi bem assim! Na primeira noite, você me mandou mensagem desesperado dizendo que todo mundo tinha detestado e que você iria deletar a música e mudar de nome, eu que te convenci a não fazer isso.
Klaus: E que bom que me convenceu porque aí eu pude começar a trabalhar em projetos não tão trash, como foi na mixtape.
Agatha: Ah, como surgiu o selo! Esqueci de responder. Eu já queria me desvincular da Schaefer Records há um tempo e conheci o Klaus no momento mais propício para isso. Nós bolamos juntos esse plano de abrir nossa própria gravadora, eu pensei que nem iria dar certo. Investimos muito esforço, tempo e principalmente dinheiro para fazer tudo do jeito certo. Felizmente parece que as coisas estão correndo muito bem e eu nunca estive mais feliz em minha carreira. Só vamos ter certeza se as pessoas estão com a gente quando as atualizações de charts saírem no próximo final de semana, então por agora tudo o que podemos ter é fé de que estão, pois recebemos muito feedback positivo e isso nos animou bastante.
Então perguntaram aos dois como foi trabalhar nesse projeto e se eles pretendem continuar com essa unit no futuro.
Klaus: A mixtape se chama Dark Diamond Music Vol. 1 por um motivo. Na verdade, não sabemos mesmo se haverá um volume 2, mas chamar de volume 1 abre uma brecha para fazer isso. Nesse projeto, trabalhamos com artistas incríveis, mas ainda faltaram muitos outros com quem eu e a Agatha adoraríamos fazer uma parceria, como a Banshee, a Lilith, a Rose, o Kevin... Eu acho que é bem provável que o segundo volume da Dark Diamond Music seja lançado com estes artistas, mas não acredito que irá sair por agora, pois tanto a Agatha quanto eu já estamos trabalhando em projetos solo.
Agatha: De qualquer forma, eu posso dizer que amei escrever para todos esses artistas incríveis e se algum dia eu tiver a oportunidade de trabalhar com eles de novo, sem ser dentro do Dark Diamond Music, eu com certeza faria isso. Sem contar que eu saí de uma bolha também. Eu já fiz música eletrônica, tenho algumas como Draculady e a própria Dirty Desire, mas todas tinham uma pegada obscura. Nesse projeto foi diferente. A música eletrônica por mais "dark" que fosse, ainda parece brilhar. Inclusive foi daí que veio o nome Dark Diamond se quiserem saber. Dessa sonoridade que ao mesmo tempo que parece tão escura, parece tão brilhante.
Klaus: Sonoridade escura, sonoridade clara. Eu amo sinestesia, haha. Ah, e para mim também foi ótimo, principalmente porque eu estava na parte de produção de todas as faixas. Eu fiquei feliz de ter me afastado um pouco do trash e desvinculado a minha imagem desse gênero, que apesar de eu amar, e inclusive estar incluído na própria mixtape Dark Diamond, é o tipo de música que eu não faria para hitar comercialmente, me entende? É mais por diversão. Tanto que quando lancei Where's My Juul?? eu nem ao menos divulguei, foi pura diversão e a própria Reiko sabia disso quando aceitou gravar comigo. Dark Diamond Music está sendo um processo de aprendizado pra mim também, estou me especializando e descobrindo quais sons gosto mais de fazer.
Agatha: E respondendo se pretendemos manter a unit: somos sócios a partir de agora, vai ser inevitável que vez ou outra lancemos algo juntos, acontece, haha.
A próxima pergunta da entrevista foi a expectativa dos dois artistas acerca do debut da mixtape e do single no final de semana, além de como eles esperavam que o Metacritic reagisse.
Agatha: Eu confesso que estou bastante ansiosa para ver os números. Ser um artista independente no começo de carreira nunca é fácil e nesse momento precisamos de todo o apoio do fã, não só moral, mas financeiro, haha. Sem brincadeira, custou muito para que fizéssemos tudo isso bonitinho do jeito que está, e precisamos de um retorno, fazer o que?
Klaus: Não é esperado um debut alto, para ser sincero. Eu não acredito que um selo musical independente que acabou de ser lançado vai conseguir hitar logo de cara. Talvez a fama da Agatha ajude um pouco, é claro, mas eu não estou com altas expectativas.
Agatha: Quanto ao Metacritic, eu acredito que as notas possam ser razoavelmente boas. O meu chute é que vai ficar entre 61 e 75. E você, o que acha, Klaus?
Klaus: Acho que até 79 é aceitável, mais do que isso, não deve ficar não.
Agatha: Isso porque, eu confesso, a mixtape tem alguns erros. As cinco primeiras faixas estão ótimas na minha, perfeitas, mas a coisa começa a desandar um pouco a partir da faixa número 6.
Klaus: Isso que dá cantar sobre ter um cabelo na sopa, uma perseguidora de anime e um cigarro eletrônico.
Agatha: O que aconteceu foi o seguinte: eu tinha vontade de fazer essa música sobre cabelo na sopa há um tempão mas nunca encontrei uma oportunidade realmente boa. Quando eu e o Klaus começamos a trabalhar no Dark Diamond Music e a falta de ideias para como conseguir as 8 faixas bateu, eu falei: "bora deixar aí Hair In My Soup". Aconteceu o mesmo com Where's My Juul??, que era um single somente do Klaus e passou a integrar a tracklist da mixtape por falta de opção. Era melhor deixar em branco do que encher linguiça com algo sem sentido? Não, pois eu não posso perder de ver a reação dos críticos ao ouvir!
Klaus: Eu concordo com a Agatha. O álbum ficou bastante coeso sonoramente, mas liricamente parou na quinta faixa. As três últimas são puramente encheção de linguiça pra completar 8 faixas, é a verdade. Os críticos vão pesar nisso, mas espero que considerem a parte boa.
O plano de divulgação para a mixtape foi então questionado aos dois artistas.
Agatha: Para ser sincera, não há plano de divulgação nenhum. Nós viemos aqui por vir mesmo, haha.
Klaus: Na verdade, a única coisa que planejamos foi gravar um clipe para cada faixa. Nós já temos três clipes gravados, além do de Dark Diamond e pretendemos gravar os restantes ao longo dessa e da próxima semana. Os clipes estão simples, mas muito bons e eu espero que todos gostem do que estamos fazendo.
Agatha: É, vai ser uma mixtape visual basicamente, vamos tentar gravar clipes para todas as faixas. Somente essa semana, deve sair mais dois clipes. Sim, mais dois clipes. Na semana seguinte, mais dois também, até todas as faixas serem devidamente retratadas com o seu vídeo.
"Qual foi a parceria favorita de vocês? Qual foi a melhor de gravar?" - o apresentador pergunta.
Agatha: Eu acho que não posso falar muito sobre isso, pois conhecia todos os artistas com quem trabalhamos. Com exceção daquela garota do EON que não vamos revelar quem é, haha. Então pra mim não é muito fácil dizer qual a minha preferida pois todas foram divertidas.
Klaus: É, eu tenho local de fala para isso. Eu gostei bastante de todas também. A Williams é um pouco séria, então eu não sei se me diverti tanto com ela como quanto com as outras.
Agatha: Mentiroso! Não é que a Williams é séria, você disse que se sentiu intimidado por ela.
Klaus: A culpa não é minha, tá bom? Ela é mesmo intimidadora. Felizmente a música ficou uma obra de arte, é uma das minhas preferidas da mixtape, eu devo admitir. A Kierah também é bastante séria, então eu achei melhor colocar uma música mais séria para ela também. Ela conseguiu captar exatamente a essência da música e soube se expressar muito bem nos seus vocais. A música é ótima, bem como a artista participante.
Agatha: Ah, eu sabia que você ia gostar da voz dela, eu acho tudo o que ela canta magnífico.
Klaus: Enfim, a parceria com a integrante misteriosa do EON foi muito boa de gravar também. Quando entramos em contato, eu estava querendo chamar a Giseon para participar, adoraria ter uma parceria com ela, mas infelizmente por questões de disponibilidade, a integrante que ainda não foi revelada veio fazer os vocais. Mas não estou reclamando, ela foi uma ótima vocalista e acho que a música ficou muito boa com ela, melhor do que talvez ficaria com a Giseon, então quem sabe ela fique para um projeto futuro, né? Por enquanto, nos contentemos com a L... Opa, quase eu falava o nome aqui, haha.
Agatha: Elas te matavam, e a Vienna também. Olha lá o que você fala, hein? Desculpa, gente, ele não tá acostumado com essas entrevistas ainda.
Klaus: Desculpa mesmo! Bem, a parceria com a Brie foi bem inusitada, pra falar a verdade. Era pra ser uma parceria com ela e com a Rose, a parte da Rose já estava escrita, mas ela ficou enrolando para gravar por semanas, até que finalmente cancelou e tivemos que reescrever e regravar mais partes com a Brie, tudo em cima da hora. Foi bem chato isso que ela fez com a gente, mas tudo bem. A Brie deu conta do recado e provou que consegue dominar muito bem uma música sozinha. Adoraria que ela fosse para o eletrônico, achei que combina muito com ela.
Agatha: Nunca me imaginei trabalhando com a Brie, pra ser sincera, mas eu gostei bastante da experiência e espero que isso se repita outras vezes. Eu inclusive ajudei ela um pouco em seu álbum, ou EP, não sei o que ela vai fazer com aquilo. Enfim, tá muito bom. Ela tem potencial para ser uma artista grande.
Klaus: E agora sobre a Plastique. Ela é ótima pois é o tipo de pessoa que aceita tudo. Nós só falamos que era uma coisa sobre cabelo na sopa e ela aceitou e já estava indo pro estúdio gravar. Por causa do conceito trash, essa música foi uma das mais divertidas de se gravar pois não era pra ser exatamente boa, somente engraçada. Eu pelo menos adorei todo o processo criativo e acredito que a Plastique também, que é uma pessoa super carismática, apesar de parecer um pouco desregulada nas redes sociais.
Agatha: A Plastique é assim mesmo. Uma fera antes de você conhecer, mas um anjo depois que conhece.
Klaus: Por mim, tive a parceria com a Glinda Lovegood. De todas as faixas do álbum, essa foi a única que eu fiquei realmente viciado. Eu me vi ouvindo ela repetidas vezes, em loop, tipo, desde a semana passada. É uma música com um conceito meio trash, meio perturbado, mas que funciona muito bom. As rimas estão no ponto certo, acho que a Agatha, que escreveu isso junto da Glinda, acertaram bem nessa questão. Bem, a música é incrível.
Agatha: Eu queria explicar que a ideia para essa música veio após eu ouvir o EP da Glinda, o Magnetic Wonderland, em que a personagem que ela faz tem como uma das características em uma faixa, ser meio perturbada assim. Eu acabei criando uma música que as adolescentes de 12 anos vão ouvir, coloquei num Lomotif com vídeos da Yuno de Mirai Nikki e falar "nossa, isso é tão eu". Inclusive, se fizerem isso, me mandem. Eu sou uma otaku e amaria ver isso para dar umas boas risadas.
Agatha e Klaus foram então questionados sobre as indicações da premiação GRAMMYs, que ocorrerá no dia 28 de março.
Agatha: Eu fui indicada dez vezes e isso já é uma surpresa enorme. Fiquei empatada ao número de indicações da Williams, que pra mim é uma das melhores artistas da atualidade, então eu já fico muito feliz. Hoje eu olho para trás, para o Chaos, e já não gosto tanto dele assim. Teve o seu significado e importância para mim, mas ficou no passado. Estou numa vibe completamente diferente e devo admitir que apesar de ter sido bastante aclamada nas nomeações, não estou tão animada assim para a premiação. Pelo menos fui considerada nas três maiores categorias: música do ano, gravação do ano e álbum do ano. Eu realmente espero que Unholy consiga música do ano, pois é a única que não consegui desgostar até hoje, a letra foi uma das que mais me esforcei para escrever, se comunica muito comigo até hoje.
Klaus: Eu fiquei surpreso ao ser indicado em produtor do ano, também. Não consegui mostrar muito do meu trabalho dentro do prazo, então acredito que não tenho chances contra grandes nomes da indústria como a Vienna Lorenzi, o Apollyon, e até a Rose e a Nina Chain, que apesar de terem mais fama como cantoras, também atuam nessa área. Só de ser reconhecido a ponto de ser indicado, pra falar a verdade, já me deixa bastante feliz. Isso significa que levaram em consideração os trabalhos que fiz com o Jack McDeer no Extended Play Furfur e também a música Where's My Juul?? com a Reiko.
Agatha: Acho que eu devo falar sobre as minhas outras sete indicações também. Mais uma vez, um monte de gente reclamando que Earthquake foi indicada a melhor música de rap em uma premiação e eu tenho que voltar a repetir que trap é um gênero derivado do rap, e não é preciso ser nenhum especialista pra saber disso. Já ouviram a música por acaso alguma vez na vida? As influências são claras, pra mim isso é perseguição. Enfim, ainda assim, eu não vejo Earthquake saindo vitoriosa dessa categoria pois devo admitir que tem músicas muito melhores e que de certa forma se enquadram mais no gênero musical. Da mesma forma em categorias de música de rock e música eletrônica, nas quais também fui indicada. As pessoas reclamam e reclamam, mas não posso fazer nada se sou versátil e decidi abordar diversos gêneros em meu álbum e ainda fui aclamada. Entretanto, de qualquer forma, eu não me premiaria pois há músicas melhores para vencer.
Para encerrar o programa, Klaus e Agatha participaram de uma espécie de jogo onde teriam que chutar quem seria o vencedor de cada categoria, escrevendo o nome em uma plaquinha.
Agatha: Para Best Music Video, eu vou apostar em Perfect Storm, da Rose. Eu adoro o clipe, pra falar a verdade. Todos ali são ótimos, inclusive o meu de Volcanic, é claro, mas para o que a categoria pede, eu acho que a Rose tem mais chances.
Klaus: Minha aposta fica com Am I Pretty Enough? da Plastique Condessa. Eu acho que o clipe foi genial e a Plastique tem muitas chances de sair vitoriosa.
Agatha: Best Remixed Recording, eu nem preciso dizer que Straight Men deve ganhar. A música já era boa solo, mas o remix levou as coisas para outro nível. As vozes da Lilith e da Plastique se complementam de maneira incrível. Agora entendo o porquê de ter hitado tanto.
Klaus: Fiquei bem tentado a escolher Dancing With Your Ghost aqui, mas eu acho que vou ter que concordar com a Agatha que Straight Men deve levar. O grande problema da música da Nina foi a quantidade de pessoas que foram adicionadas ao longo dos remixes, pareceu que ela nem estava se preocupando em entregar um trabalho de qualidade, mas sim pegar os fãs de todas as cantoras para tentar emplacar outro hit.
Agatha: Pegou pesado, hein Klaus? A próxima categoria é Best Producer. Eu estou aqui de frente para o Klaus, mas vou dizer: ele não vence. Sem sombra de dúvidas, o vencedor é a Vienna ou o Apollyon. Por questões de Metacritic, eu faço a minha aposta ao Apollyon, já que suas notas foram maiores.
Klaus: Eu estou usando outro critério para fazer a minha escolha. Por tempo de trabalho e reconhecimento, a Vienna Lorenzi deve ser a vencedora dessa categoria.
Agatha: Em Best Package, eu estou confiante de que o Elliot irá vencer. Eu detesto ele, mas minha mãe sempre me disse que temos que dar a César o que é de César, e eu nunca entendi essa frase muito bem, mas acho que ela estava falando que se alguém fez algo bom, não podemos tentar diminuir isso por mais ruim que a pessoa seja. Elliot é uma pessoa horrível após todas aquelas polêmicas, mas o encarte do Error é lindo.
Klaus: Para não escolher o Elliot, eu vou escolher o Dream. Eu amei como a Nina trabalhou naquele álbum com as cores pastéis, combinou bastante com o conceito do disco, e, de maneira geral, com ela também. Pra mim, tudo está no ponto.
Agatha: Não sabemos comentar sobre as categorias latinas pois não acompanhamos muito artistas latinos, nos desculpem, então vamos pular para a próxima. Best Dance/Electronic Performance.
Klaus: Para mim é mais do que claro que a Yves vai ganhar. A música pode ter feito pouco barulho, mas continua muito boa. Ela vai vir com tudo logo mais, eu tenho certeza!
Agatha: Minha aposta fica com Stylish da Vienna com a Lola W. Elas conseguiram abraçar muito bem exatamente o que a categoria pedia e com certeza têm altas chances de saírem vitoriosas dessa.
Klaus: Em Best Rap/Hip-Hop Song, eu acredito que a vencedora seja a Ciara com I'm A Boss. A música é muito boa e muito cativante.
Agatha: Vou ter que declarar torcida para a Onika. Fendi Tingz e eu temos uma relação complicada de amor. Na primeira vez que eu ouvi a música, eu amei e a Onika se tornou uma das minhas artistas favoritas do momento. Uma pena que ela sumiu. Beijos, Onika.
Klaus: Best Urban Solo Performance traz algumas ótimas indicações. Eu vou apostar as minhas fichas em Angel, do Kevin Whack. É uma das minhas músicas preferidas do Not Today Satan e ainda foi um hit considerável. Se a bancada do Grammy analisar os dois fatores de qualidade e quantidade, Kevin é o que têm mais chances.
Agatha: Acredito que a aclamadíssima Kiana tem mais. Ela praticamente reinventou o jazz e conseguiu fazer os críticos adorarem o trabalho dela. Se Cry An Ocean não vencer, eu vou ficar muito chateada.
Klaus: Chegamos às categorias de pop. Best Pop Solo Performance. O que você acha, Agatha?
Agatha: Acho que a Williams é a favorita para vencer, né? Eu amo Scandalous.
Klaus: Eu estou apostando na Reiko. The Girl You Want é puramente pop perfection. Eu amo como ela conseguiu fazer uma música pop que não é tão chata e ainda tem uma letra muito boa. Não falando que o trabalho da Williams também não é assim, mas prefiro a Reiko para esta categoria.
Agatha: E em Pop Duo/Group Performance? Sem sombra de dúvidas, a Kierah e o Stefan vão levar o prêmio com In Your Heart. É um das melhores músicas que já ouvi. Lembro até hoje quando ouvi o The Muse pela primeira vez e fiquei fascinada com aquela música em específico.
Klaus: Concordo com você nessa categoria. Até pensei em colocar Medici do QUEENDOM, mas In Your Heart vai ser com certeza a vencedora.
Agatha: Best Pop Vocal Album. Em por falar da Kierah, eu cho que essa categoria ela com certeza vai levar. Não é como se não fosse uma surpresa, o The Muse é fantástico.
Klaus: Eu concordo com você, mas o The Muse tem mais cara de AOTY para mim. A Williams com o Aphrodite deve ser a vencedora dessa categoria.
Agatha: Para Best New Artist, eu não consegui me decidir, então eu anotei duas pessoas: a Banshee e a Harley Nox. A Banshee é uma artista incrível, eu já tive a oportunidade de trabalhar com ela, então digo isso com todas as letras. Já a Harley eu nunca conheci, mas já vi o trabalho dela e posso dizer que amo com todas as minhas forças.
Klaus: Eu também anotei duas pessoas aqui. Coloquei a Glinda Lovegood e a Sherry Doll. A Glinda, apesar de ter tido um desempenho um pouco baixo no Metacritic em seu EP, eu acredito que consegue atender bem aos critérios definidos pela categoria de Best New Artist. Já a Sherry Doll, eu coloquei apenas como uma torcida minha mesmo. Ela só tem uma música, mas eu já amo. Não acho que ela vá vencer, mas estou torcendo.
Agatha: E aqui vamos nós, Klaus. Song Of The Year. Eu escolhi Never Say Goodbye, do Stefan com a Lilith. Acredito que tenha feito a minha escolha puramente por gosto pessoal. Eu me identifiquei com a letra desde o início, sabe? Eles merecem muito.
Klaus: Merecem, mas eu vou declarar minha aposta para Proud Of The Nation. Williams, mais uma vez, é uma ótima artista com ótimas letras e deve dominar o GRAMMYs esse ano.
Agatha: Record Of The Year deve ir para Paradise Deathhhhh dos Shadows Of The Night. A produção daquela música é simplesmente teatral de tão boa. É uma orquestra inteira dentro de quatro minutos e eu amo isso.
Klaus: Acho que a Nina deve sair vitoriosa com You're In The Mood, principalmente porque ela produziu a música, né? Mas não descarto que Heavy Rain da Yves também é uma forte concorrente. Não saberia decidir entre essas duas.
Agatha: O álbum do ano! Album Of The Year tem os indicados mais justos que eu já vi. Todos os álbuns ali são incríveis. A Williams provavelmente vai vencer com o Aphrodite.
Klaus: Já eu acho que será a Kierah com o The Muse. Todavia, acho que alguns projetos ali não devem ser ignorados também. O all my lovers are true demons da Reiko, o The Wife's Lament da Banshee, o Aphantasia do Apollyon.
Agatha: Seria ótimo se todos pudessem ganhar, mas infelizmente é só um. Eu acho que vai ser o Aphrodite, e você, o The Muse. Quem errar vai ter que pagar um sorvete para o outro.
Klaus: E se os dois errarmos?
Agatha: Neste caso, pagamos sorvete um para o outro. Gostou?
Após o término da entrevista, as músicas Dark Diamond, single oficial, e Til The Dawn, faixa da mixtape com a cantora Williams, são tocadas para os ouvintes da rádio. Logo em seguida, passa uma propaganda de Agatha e Klaus falando sobre a mixtape, que já está disponível em todas as plataformas digitais de streaming de música.
No começo da entrevista, foi pedido que Agatha e Klaus explicassem um pouco sobre como se conheceram e como tiveram a ideia de criar esse selo musical, Dark Diamond Music.
Agatha: Acho que foi uma ideia dos dois, não partiu de ninguém. Eu conheci o Klaus já no final do ano passado enquanto eu ouvia artistas aleatórios no Soundcloud. Eu acabei encontrando o perfil do Klaus e gostei bastante, então a gente começou a conversar por lá.
Klaus: Eu lembro que quando recebi a notificação com uma mensagem da Agatha Melina, eu quase surtei! De imediato, eu pensei que fosse fake, mas era ela mesmo, elogiando minha música. Acabou que nos tornamos mais do que conhecidos, e sim amigos. Eu contei que já havia co-produzido para alguns artistas grandes, mas nunca quis revelar minha identidade ou mesmo me lançar como artista como estou fazendo agora... Foi a Agatha que me encorajou a fazer tudo isso.
Agatha: Eu tinha uns contatos, então foi fácil. Mostrei a música dele para algumas pessoas da Schaefer Records que adoraram, o Jack McDeer e Lola W, inclusive os dois trabalham com o Klaus até hoje. Mas o que fez ele realmente se lançar foi a Reiko.
Klaus: Eu tinha esse projeto de música, Where's My Juul?, e eu sempre achei que a Reiko seria perfeita para cantar, mas eu não tinha contato com ela e era um zé-ninguém. Felizmente a Agatha conseguiu conversar com ela e fizemos isso. Trabalhar com a Reiko foi muito gratificante pra mim. Eu tive muito medo de ser motivo de chacota na internet porque a música era muito trash, e isso acabou acontecendo de qualquer forma. Eu acabei me divertindo muito com o estranhamento das pessoas pela música, então valeu a pena.
Agatha: Não foi bem assim! Na primeira noite, você me mandou mensagem desesperado dizendo que todo mundo tinha detestado e que você iria deletar a música e mudar de nome, eu que te convenci a não fazer isso.
Klaus: E que bom que me convenceu porque aí eu pude começar a trabalhar em projetos não tão trash, como foi na mixtape.
Agatha: Ah, como surgiu o selo! Esqueci de responder. Eu já queria me desvincular da Schaefer Records há um tempo e conheci o Klaus no momento mais propício para isso. Nós bolamos juntos esse plano de abrir nossa própria gravadora, eu pensei que nem iria dar certo. Investimos muito esforço, tempo e principalmente dinheiro para fazer tudo do jeito certo. Felizmente parece que as coisas estão correndo muito bem e eu nunca estive mais feliz em minha carreira. Só vamos ter certeza se as pessoas estão com a gente quando as atualizações de charts saírem no próximo final de semana, então por agora tudo o que podemos ter é fé de que estão, pois recebemos muito feedback positivo e isso nos animou bastante.
Então perguntaram aos dois como foi trabalhar nesse projeto e se eles pretendem continuar com essa unit no futuro.
Klaus: A mixtape se chama Dark Diamond Music Vol. 1 por um motivo. Na verdade, não sabemos mesmo se haverá um volume 2, mas chamar de volume 1 abre uma brecha para fazer isso. Nesse projeto, trabalhamos com artistas incríveis, mas ainda faltaram muitos outros com quem eu e a Agatha adoraríamos fazer uma parceria, como a Banshee, a Lilith, a Rose, o Kevin... Eu acho que é bem provável que o segundo volume da Dark Diamond Music seja lançado com estes artistas, mas não acredito que irá sair por agora, pois tanto a Agatha quanto eu já estamos trabalhando em projetos solo.
Agatha: De qualquer forma, eu posso dizer que amei escrever para todos esses artistas incríveis e se algum dia eu tiver a oportunidade de trabalhar com eles de novo, sem ser dentro do Dark Diamond Music, eu com certeza faria isso. Sem contar que eu saí de uma bolha também. Eu já fiz música eletrônica, tenho algumas como Draculady e a própria Dirty Desire, mas todas tinham uma pegada obscura. Nesse projeto foi diferente. A música eletrônica por mais "dark" que fosse, ainda parece brilhar. Inclusive foi daí que veio o nome Dark Diamond se quiserem saber. Dessa sonoridade que ao mesmo tempo que parece tão escura, parece tão brilhante.
Klaus: Sonoridade escura, sonoridade clara. Eu amo sinestesia, haha. Ah, e para mim também foi ótimo, principalmente porque eu estava na parte de produção de todas as faixas. Eu fiquei feliz de ter me afastado um pouco do trash e desvinculado a minha imagem desse gênero, que apesar de eu amar, e inclusive estar incluído na própria mixtape Dark Diamond, é o tipo de música que eu não faria para hitar comercialmente, me entende? É mais por diversão. Tanto que quando lancei Where's My Juul?? eu nem ao menos divulguei, foi pura diversão e a própria Reiko sabia disso quando aceitou gravar comigo. Dark Diamond Music está sendo um processo de aprendizado pra mim também, estou me especializando e descobrindo quais sons gosto mais de fazer.
Agatha: E respondendo se pretendemos manter a unit: somos sócios a partir de agora, vai ser inevitável que vez ou outra lancemos algo juntos, acontece, haha.
A próxima pergunta da entrevista foi a expectativa dos dois artistas acerca do debut da mixtape e do single no final de semana, além de como eles esperavam que o Metacritic reagisse.
Agatha: Eu confesso que estou bastante ansiosa para ver os números. Ser um artista independente no começo de carreira nunca é fácil e nesse momento precisamos de todo o apoio do fã, não só moral, mas financeiro, haha. Sem brincadeira, custou muito para que fizéssemos tudo isso bonitinho do jeito que está, e precisamos de um retorno, fazer o que?
Klaus: Não é esperado um debut alto, para ser sincero. Eu não acredito que um selo musical independente que acabou de ser lançado vai conseguir hitar logo de cara. Talvez a fama da Agatha ajude um pouco, é claro, mas eu não estou com altas expectativas.
Agatha: Quanto ao Metacritic, eu acredito que as notas possam ser razoavelmente boas. O meu chute é que vai ficar entre 61 e 75. E você, o que acha, Klaus?
Klaus: Acho que até 79 é aceitável, mais do que isso, não deve ficar não.
Agatha: Isso porque, eu confesso, a mixtape tem alguns erros. As cinco primeiras faixas estão ótimas na minha, perfeitas, mas a coisa começa a desandar um pouco a partir da faixa número 6.
Klaus: Isso que dá cantar sobre ter um cabelo na sopa, uma perseguidora de anime e um cigarro eletrônico.
Agatha: O que aconteceu foi o seguinte: eu tinha vontade de fazer essa música sobre cabelo na sopa há um tempão mas nunca encontrei uma oportunidade realmente boa. Quando eu e o Klaus começamos a trabalhar no Dark Diamond Music e a falta de ideias para como conseguir as 8 faixas bateu, eu falei: "bora deixar aí Hair In My Soup". Aconteceu o mesmo com Where's My Juul??, que era um single somente do Klaus e passou a integrar a tracklist da mixtape por falta de opção. Era melhor deixar em branco do que encher linguiça com algo sem sentido? Não, pois eu não posso perder de ver a reação dos críticos ao ouvir!
Klaus: Eu concordo com a Agatha. O álbum ficou bastante coeso sonoramente, mas liricamente parou na quinta faixa. As três últimas são puramente encheção de linguiça pra completar 8 faixas, é a verdade. Os críticos vão pesar nisso, mas espero que considerem a parte boa.
O plano de divulgação para a mixtape foi então questionado aos dois artistas.
Agatha: Para ser sincera, não há plano de divulgação nenhum. Nós viemos aqui por vir mesmo, haha.
Klaus: Na verdade, a única coisa que planejamos foi gravar um clipe para cada faixa. Nós já temos três clipes gravados, além do de Dark Diamond e pretendemos gravar os restantes ao longo dessa e da próxima semana. Os clipes estão simples, mas muito bons e eu espero que todos gostem do que estamos fazendo.
Agatha: É, vai ser uma mixtape visual basicamente, vamos tentar gravar clipes para todas as faixas. Somente essa semana, deve sair mais dois clipes. Sim, mais dois clipes. Na semana seguinte, mais dois também, até todas as faixas serem devidamente retratadas com o seu vídeo.
"Qual foi a parceria favorita de vocês? Qual foi a melhor de gravar?" - o apresentador pergunta.
Agatha: Eu acho que não posso falar muito sobre isso, pois conhecia todos os artistas com quem trabalhamos. Com exceção daquela garota do EON que não vamos revelar quem é, haha. Então pra mim não é muito fácil dizer qual a minha preferida pois todas foram divertidas.
Klaus: É, eu tenho local de fala para isso. Eu gostei bastante de todas também. A Williams é um pouco séria, então eu não sei se me diverti tanto com ela como quanto com as outras.
Agatha: Mentiroso! Não é que a Williams é séria, você disse que se sentiu intimidado por ela.
Klaus: A culpa não é minha, tá bom? Ela é mesmo intimidadora. Felizmente a música ficou uma obra de arte, é uma das minhas preferidas da mixtape, eu devo admitir. A Kierah também é bastante séria, então eu achei melhor colocar uma música mais séria para ela também. Ela conseguiu captar exatamente a essência da música e soube se expressar muito bem nos seus vocais. A música é ótima, bem como a artista participante.
Agatha: Ah, eu sabia que você ia gostar da voz dela, eu acho tudo o que ela canta magnífico.
Klaus: Enfim, a parceria com a integrante misteriosa do EON foi muito boa de gravar também. Quando entramos em contato, eu estava querendo chamar a Giseon para participar, adoraria ter uma parceria com ela, mas infelizmente por questões de disponibilidade, a integrante que ainda não foi revelada veio fazer os vocais. Mas não estou reclamando, ela foi uma ótima vocalista e acho que a música ficou muito boa com ela, melhor do que talvez ficaria com a Giseon, então quem sabe ela fique para um projeto futuro, né? Por enquanto, nos contentemos com a L... Opa, quase eu falava o nome aqui, haha.
Agatha: Elas te matavam, e a Vienna também. Olha lá o que você fala, hein? Desculpa, gente, ele não tá acostumado com essas entrevistas ainda.
Klaus: Desculpa mesmo! Bem, a parceria com a Brie foi bem inusitada, pra falar a verdade. Era pra ser uma parceria com ela e com a Rose, a parte da Rose já estava escrita, mas ela ficou enrolando para gravar por semanas, até que finalmente cancelou e tivemos que reescrever e regravar mais partes com a Brie, tudo em cima da hora. Foi bem chato isso que ela fez com a gente, mas tudo bem. A Brie deu conta do recado e provou que consegue dominar muito bem uma música sozinha. Adoraria que ela fosse para o eletrônico, achei que combina muito com ela.
Agatha: Nunca me imaginei trabalhando com a Brie, pra ser sincera, mas eu gostei bastante da experiência e espero que isso se repita outras vezes. Eu inclusive ajudei ela um pouco em seu álbum, ou EP, não sei o que ela vai fazer com aquilo. Enfim, tá muito bom. Ela tem potencial para ser uma artista grande.
Klaus: E agora sobre a Plastique. Ela é ótima pois é o tipo de pessoa que aceita tudo. Nós só falamos que era uma coisa sobre cabelo na sopa e ela aceitou e já estava indo pro estúdio gravar. Por causa do conceito trash, essa música foi uma das mais divertidas de se gravar pois não era pra ser exatamente boa, somente engraçada. Eu pelo menos adorei todo o processo criativo e acredito que a Plastique também, que é uma pessoa super carismática, apesar de parecer um pouco desregulada nas redes sociais.
Agatha: A Plastique é assim mesmo. Uma fera antes de você conhecer, mas um anjo depois que conhece.
Klaus: Por mim, tive a parceria com a Glinda Lovegood. De todas as faixas do álbum, essa foi a única que eu fiquei realmente viciado. Eu me vi ouvindo ela repetidas vezes, em loop, tipo, desde a semana passada. É uma música com um conceito meio trash, meio perturbado, mas que funciona muito bom. As rimas estão no ponto certo, acho que a Agatha, que escreveu isso junto da Glinda, acertaram bem nessa questão. Bem, a música é incrível.
Agatha: Eu queria explicar que a ideia para essa música veio após eu ouvir o EP da Glinda, o Magnetic Wonderland, em que a personagem que ela faz tem como uma das características em uma faixa, ser meio perturbada assim. Eu acabei criando uma música que as adolescentes de 12 anos vão ouvir, coloquei num Lomotif com vídeos da Yuno de Mirai Nikki e falar "nossa, isso é tão eu". Inclusive, se fizerem isso, me mandem. Eu sou uma otaku e amaria ver isso para dar umas boas risadas.
Agatha e Klaus foram então questionados sobre as indicações da premiação GRAMMYs, que ocorrerá no dia 28 de março.
Agatha: Eu fui indicada dez vezes e isso já é uma surpresa enorme. Fiquei empatada ao número de indicações da Williams, que pra mim é uma das melhores artistas da atualidade, então eu já fico muito feliz. Hoje eu olho para trás, para o Chaos, e já não gosto tanto dele assim. Teve o seu significado e importância para mim, mas ficou no passado. Estou numa vibe completamente diferente e devo admitir que apesar de ter sido bastante aclamada nas nomeações, não estou tão animada assim para a premiação. Pelo menos fui considerada nas três maiores categorias: música do ano, gravação do ano e álbum do ano. Eu realmente espero que Unholy consiga música do ano, pois é a única que não consegui desgostar até hoje, a letra foi uma das que mais me esforcei para escrever, se comunica muito comigo até hoje.
Klaus: Eu fiquei surpreso ao ser indicado em produtor do ano, também. Não consegui mostrar muito do meu trabalho dentro do prazo, então acredito que não tenho chances contra grandes nomes da indústria como a Vienna Lorenzi, o Apollyon, e até a Rose e a Nina Chain, que apesar de terem mais fama como cantoras, também atuam nessa área. Só de ser reconhecido a ponto de ser indicado, pra falar a verdade, já me deixa bastante feliz. Isso significa que levaram em consideração os trabalhos que fiz com o Jack McDeer no Extended Play Furfur e também a música Where's My Juul?? com a Reiko.
Agatha: Acho que eu devo falar sobre as minhas outras sete indicações também. Mais uma vez, um monte de gente reclamando que Earthquake foi indicada a melhor música de rap em uma premiação e eu tenho que voltar a repetir que trap é um gênero derivado do rap, e não é preciso ser nenhum especialista pra saber disso. Já ouviram a música por acaso alguma vez na vida? As influências são claras, pra mim isso é perseguição. Enfim, ainda assim, eu não vejo Earthquake saindo vitoriosa dessa categoria pois devo admitir que tem músicas muito melhores e que de certa forma se enquadram mais no gênero musical. Da mesma forma em categorias de música de rock e música eletrônica, nas quais também fui indicada. As pessoas reclamam e reclamam, mas não posso fazer nada se sou versátil e decidi abordar diversos gêneros em meu álbum e ainda fui aclamada. Entretanto, de qualquer forma, eu não me premiaria pois há músicas melhores para vencer.
Para encerrar o programa, Klaus e Agatha participaram de uma espécie de jogo onde teriam que chutar quem seria o vencedor de cada categoria, escrevendo o nome em uma plaquinha.
Agatha: Para Best Music Video, eu vou apostar em Perfect Storm, da Rose. Eu adoro o clipe, pra falar a verdade. Todos ali são ótimos, inclusive o meu de Volcanic, é claro, mas para o que a categoria pede, eu acho que a Rose tem mais chances.
Klaus: Minha aposta fica com Am I Pretty Enough? da Plastique Condessa. Eu acho que o clipe foi genial e a Plastique tem muitas chances de sair vitoriosa.
Agatha: Best Remixed Recording, eu nem preciso dizer que Straight Men deve ganhar. A música já era boa solo, mas o remix levou as coisas para outro nível. As vozes da Lilith e da Plastique se complementam de maneira incrível. Agora entendo o porquê de ter hitado tanto.
Klaus: Fiquei bem tentado a escolher Dancing With Your Ghost aqui, mas eu acho que vou ter que concordar com a Agatha que Straight Men deve levar. O grande problema da música da Nina foi a quantidade de pessoas que foram adicionadas ao longo dos remixes, pareceu que ela nem estava se preocupando em entregar um trabalho de qualidade, mas sim pegar os fãs de todas as cantoras para tentar emplacar outro hit.
Agatha: Pegou pesado, hein Klaus? A próxima categoria é Best Producer. Eu estou aqui de frente para o Klaus, mas vou dizer: ele não vence. Sem sombra de dúvidas, o vencedor é a Vienna ou o Apollyon. Por questões de Metacritic, eu faço a minha aposta ao Apollyon, já que suas notas foram maiores.
Klaus: Eu estou usando outro critério para fazer a minha escolha. Por tempo de trabalho e reconhecimento, a Vienna Lorenzi deve ser a vencedora dessa categoria.
Agatha: Em Best Package, eu estou confiante de que o Elliot irá vencer. Eu detesto ele, mas minha mãe sempre me disse que temos que dar a César o que é de César, e eu nunca entendi essa frase muito bem, mas acho que ela estava falando que se alguém fez algo bom, não podemos tentar diminuir isso por mais ruim que a pessoa seja. Elliot é uma pessoa horrível após todas aquelas polêmicas, mas o encarte do Error é lindo.
Klaus: Para não escolher o Elliot, eu vou escolher o Dream. Eu amei como a Nina trabalhou naquele álbum com as cores pastéis, combinou bastante com o conceito do disco, e, de maneira geral, com ela também. Pra mim, tudo está no ponto.
Agatha: Não sabemos comentar sobre as categorias latinas pois não acompanhamos muito artistas latinos, nos desculpem, então vamos pular para a próxima. Best Dance/Electronic Performance.
Klaus: Para mim é mais do que claro que a Yves vai ganhar. A música pode ter feito pouco barulho, mas continua muito boa. Ela vai vir com tudo logo mais, eu tenho certeza!
Agatha: Minha aposta fica com Stylish da Vienna com a Lola W. Elas conseguiram abraçar muito bem exatamente o que a categoria pedia e com certeza têm altas chances de saírem vitoriosas dessa.
Klaus: Em Best Rap/Hip-Hop Song, eu acredito que a vencedora seja a Ciara com I'm A Boss. A música é muito boa e muito cativante.
Agatha: Vou ter que declarar torcida para a Onika. Fendi Tingz e eu temos uma relação complicada de amor. Na primeira vez que eu ouvi a música, eu amei e a Onika se tornou uma das minhas artistas favoritas do momento. Uma pena que ela sumiu. Beijos, Onika.
Klaus: Best Urban Solo Performance traz algumas ótimas indicações. Eu vou apostar as minhas fichas em Angel, do Kevin Whack. É uma das minhas músicas preferidas do Not Today Satan e ainda foi um hit considerável. Se a bancada do Grammy analisar os dois fatores de qualidade e quantidade, Kevin é o que têm mais chances.
Agatha: Acredito que a aclamadíssima Kiana tem mais. Ela praticamente reinventou o jazz e conseguiu fazer os críticos adorarem o trabalho dela. Se Cry An Ocean não vencer, eu vou ficar muito chateada.
Klaus: Chegamos às categorias de pop. Best Pop Solo Performance. O que você acha, Agatha?
Agatha: Acho que a Williams é a favorita para vencer, né? Eu amo Scandalous.
Klaus: Eu estou apostando na Reiko. The Girl You Want é puramente pop perfection. Eu amo como ela conseguiu fazer uma música pop que não é tão chata e ainda tem uma letra muito boa. Não falando que o trabalho da Williams também não é assim, mas prefiro a Reiko para esta categoria.
Agatha: E em Pop Duo/Group Performance? Sem sombra de dúvidas, a Kierah e o Stefan vão levar o prêmio com In Your Heart. É um das melhores músicas que já ouvi. Lembro até hoje quando ouvi o The Muse pela primeira vez e fiquei fascinada com aquela música em específico.
Klaus: Concordo com você nessa categoria. Até pensei em colocar Medici do QUEENDOM, mas In Your Heart vai ser com certeza a vencedora.
Agatha: Best Pop Vocal Album. Em por falar da Kierah, eu cho que essa categoria ela com certeza vai levar. Não é como se não fosse uma surpresa, o The Muse é fantástico.
Klaus: Eu concordo com você, mas o The Muse tem mais cara de AOTY para mim. A Williams com o Aphrodite deve ser a vencedora dessa categoria.
Agatha: Para Best New Artist, eu não consegui me decidir, então eu anotei duas pessoas: a Banshee e a Harley Nox. A Banshee é uma artista incrível, eu já tive a oportunidade de trabalhar com ela, então digo isso com todas as letras. Já a Harley eu nunca conheci, mas já vi o trabalho dela e posso dizer que amo com todas as minhas forças.
Klaus: Eu também anotei duas pessoas aqui. Coloquei a Glinda Lovegood e a Sherry Doll. A Glinda, apesar de ter tido um desempenho um pouco baixo no Metacritic em seu EP, eu acredito que consegue atender bem aos critérios definidos pela categoria de Best New Artist. Já a Sherry Doll, eu coloquei apenas como uma torcida minha mesmo. Ela só tem uma música, mas eu já amo. Não acho que ela vá vencer, mas estou torcendo.
Agatha: E aqui vamos nós, Klaus. Song Of The Year. Eu escolhi Never Say Goodbye, do Stefan com a Lilith. Acredito que tenha feito a minha escolha puramente por gosto pessoal. Eu me identifiquei com a letra desde o início, sabe? Eles merecem muito.
Klaus: Merecem, mas eu vou declarar minha aposta para Proud Of The Nation. Williams, mais uma vez, é uma ótima artista com ótimas letras e deve dominar o GRAMMYs esse ano.
Agatha: Record Of The Year deve ir para Paradise Deathhhhh dos Shadows Of The Night. A produção daquela música é simplesmente teatral de tão boa. É uma orquestra inteira dentro de quatro minutos e eu amo isso.
Klaus: Acho que a Nina deve sair vitoriosa com You're In The Mood, principalmente porque ela produziu a música, né? Mas não descarto que Heavy Rain da Yves também é uma forte concorrente. Não saberia decidir entre essas duas.
Agatha: O álbum do ano! Album Of The Year tem os indicados mais justos que eu já vi. Todos os álbuns ali são incríveis. A Williams provavelmente vai vencer com o Aphrodite.
Klaus: Já eu acho que será a Kierah com o The Muse. Todavia, acho que alguns projetos ali não devem ser ignorados também. O all my lovers are true demons da Reiko, o The Wife's Lament da Banshee, o Aphantasia do Apollyon.
Agatha: Seria ótimo se todos pudessem ganhar, mas infelizmente é só um. Eu acho que vai ser o Aphrodite, e você, o The Muse. Quem errar vai ter que pagar um sorvete para o outro.
Klaus: E se os dois errarmos?
Agatha: Neste caso, pagamos sorvete um para o outro. Gostou?
Após o término da entrevista, as músicas Dark Diamond, single oficial, e Til The Dawn, faixa da mixtape com a cantora Williams, são tocadas para os ouvintes da rádio. Logo em seguida, passa uma propaganda de Agatha e Klaus falando sobre a mixtape, que já está disponível em todas as plataformas digitais de streaming de música.