Post by butterflyeffectrecords on Mar 19, 2020 19:49:34 GMT -3
Boa noite, meus demoninhos preferidos! Aqui quem fala é a Banshee e você está escutando o Banshee Radio! Como vocês sabem, uma das artistas pop mais originais da atualidade, Lilith, lançou seu novo álbum, chamado “The Emancipation Of Lilith”. E é claro que eu tinha que escutar logo, então vamos para a primeira faixa.
“My Head”
Uma intro sem instrumental... Normalmente, isso fica parecendo uma coisa incompleta mas aqui, com os efeitos na voz e também a profundidade lirica, tudo pareceu certo. É interessante como ela age como se ela e sua própria mente fossem seres separados e estivessem em guerra e na verdade, muitas pessoas se identificam com isso, é uma maneira muito palpável de descrever uma saúde mental comprometida. My Head é muito pessoal mas também é de puro interesse coletivo. Lilith conta a luta dela e assim permite que outras pessoas bebam disso pra se fortalecerem em suas próprias lutas.
“I’m Real”
Sim! Eu amo mulheres cantando sobre suas conquistas com dance ao fundo. A melodia é muito bem produzida e eu quase não consigo controlar minha vontade de dançar, isso é muito agradável! É também muito retrô! Lilith trouxe os anos 80 à 2020 e eu estou amando. A letra tem menos pautas sociais do que eu esperava mas isso acaba não sendo um defeito, eu entendo ela, às vezes a gente só quer dançar enquanto fala “olha pra mim, eu sou real e você é falsa!”, na verdade eu meio que fiz isso do meu jeito em Pretty Girl. Será que a Lilith é a minha irmã do pop?
“Monster”
Essa melodia é incrível! Será que eu vou querer dançar durante o álbum todo? Porque isso seria ótimo! É incrível como a Lilith consegue falar sobre todo tipo de coisa sem comprometer a diversão e o entretenimento, eu amo Monster! Enquanto eu me sinto numa discoteca, eu escuto ela falando sobre estar estressada com a falta de reconhecimento que ela tem pelo trabalho árduo e que vai acabar com toda essa frustração com um homem! O dance retrô ainda está aqui e ainda está com tudo, eu amo!
“Darkness”
Ela deu uma desacelerada mas alguma coisa ainda me lembra discotecas, e isso é bom! De alguma maneira, ela conseguiu fazer uma transição de sonoridade sem esquecer o conceito inicial e principal do album. Essa letra é bem madura e mostra que a Lilith com certeza está em um momento muito bom da vida porque mesmo que a letra seja um pouco pra baixo, ela já aceitou que o culpado de tudo é o cara e até elogia. Eu falo sobre isso em Pretty Girl criticando a falta de maturidade de algumas mulheres em descontar tudo na amante mas a Lilith com certeza não é uma delas. Mais uma vez, um paralelo entre minha música e a dela e eu amo me sentir assim, ela é uma representante ótima da música pop sem sombra de dúvidas então me identificar com ela me faz genuinamente feliz, sabem? Não que ela seja uma Banshee do pop ou eu seja uma Lilith do rock, o que eu quero dizer é que apesar de nós duas sermos originais, nós tivemos talvez experiências parecidas e isso nos aproxima bastante.
“Dead To Me”
Eu amei o contraste entre a melodia e a letra! Mas vamos por partes. A melodia é muito boa de escutar e também é um pouco dançante, é aquela música que toca nos clubes e te dá vontade de ser bem sensual. A letra é muito interssante principalmente por ter vindo depois de Darkness. É como se ela estivesse calma falando com a amante, e aí ela vira pro macho traidor e começar a xingar e encher ele de socos. Isso é muito viciante!
“Rainbow”
Nossa, que virada! Essa melodia é bem diferente das anteriores mas a ordem das faixas favoreceu muito ela, o fato de ela estar depois de Dead To Me fez a coesão não se perder, alguns artistas poderiam aprender com a Lilith a importância da ordem das faixas. Sobre a letra, ainda bem que você encontrou as suas cores de novo, rainha! Todos nós estanos muito felizes. Eu gosto muito dessa metáfora de colorir quando falando sobre achar a felicidade porque cores estão entre as poucas coisas do mundo que quase todo mundo concorda que são boas. Pode não ser nova, mas é bem eficiente.
“Into The Unknown”
Essa melodia é ótima! Ela transicionou pro R&B mas até que foi bem natural. Eu amei esse tom sexy que o album foi adotando gradativamente e o cenário não mudou durante o album inteiro, desde a primeira faixa até agora eu me sinto em um clube noturno dançando enquanto as luzes coloridas se mexem. Eu amo a referência a outras músicas na letra e também amo o significado, a vontade de vencer a escuridão e etc. Isso ficou muito bem colocado na melodia.
“Father’s Dance Again”
A melodia é muito sensível e combina muito com a música. São acordes tão simples mas que se tornam um diferencial quando bem usados. No final tem uma distorção na sonoridade do violão, colocando um elemento imprevisível na música. Mas o forte dessa letra mesmo é a letra. Ela é muito pessoal mas ao mesmo tempo, abandono paternal é algo tão frequente na nossa sociedade... É tão bom ver uma artista grande falar abertamente sobre esse problema porque hoje em dia o que acontece é o desprezo por mães solteiras e não pelo pais, que agiram como traidores filhos da p*ta. Lilith, eu sinto muito que seu pai não tenha te dado valor e atenção o suficiente mas f*da-se ele, o mundo todo te valoriza muito, rainha!
“No Joke”
E estamos de volta com as influências dance! Eu gostei de absolutamente tudo na melodia! Talvez uma coisa que eu mudaria é o autotune, eu entendo que ele combina com a música mas seria legal escutar mais da voz da Lilith nessa música, mas esse detalhe não faz a música ficar ruim, muito pelo contrário. A letra também é ótima, bem otimista e é disso que a gente precisava a essa altura. A letra fala sobre celebrar a liberdade e a gente precisa muito falar sobre isso nesse tempo sombrio, onde ideais fascistas e ditatoriais estão ganhando poder. A liberdade é ótima e deve ser protegida e celebrada sempre!
“Show Yourself”
Essa melodia é tão perfeita! Acho que é a mais retrô do album e com certeza a minha preferida. Eu amei essa música e com certeza vou escutar ela de novo assim que eu sair daqui, é tão divertida! E a letra, Lilith eu te entendo. É triste ver uma de nossas colegas se render ao que os outros pensam, será que você está falando sobre a mesma pessoa que eu falei em Heroin? Bom, essa letra faz muito sentido, ela fala sobre uma mulher que se molda de acordo com o que o público e a indústria querem ver e isso é muito triste, como eu já disse, basear sua felicidade no que os outros pensam é bem perigoso!
Bom, esse foi o The Emancipation Of Lilith, da rainha Lilith $. Eu amei esse album todo mas com certeza minhas preferidas foram as mais dançantes, Show Yourself e I Am Real. É isso, Lilith está de volta e confirma que é minha artista pop preferida. Esse álbum é muito bom!
E aqui acaba o décimo episódio do Banshee Radio! Sim, nós já temos dez episódios! Foi muito bom escutar isso, eu espero que a Lilith tenha todo o reconhecimento que ela merece como a rainha do pop que é. Agora, pra lembrar vocês um pouco da melancolia, fiquem com Torn, single do meu album indicado ao Grammy “The Wife’s Lament” e parceria com uma das maiores artistas da atualidade, Agatha Melina!
[Torn toca no encerramento do episódio]