Post by butterflyeffectrecords on Mar 24, 2020 19:58:38 GMT -3
Boa noite, meus demoninhos preferidos! Aqui quem fala é a Banshee e você está escutando o Banshee Radio! Estamos no episódio onze! E hoje nós vamos escutar um álbum muito comentado, o Queen Of Moon da Kiana. Então, sem mais enrolação, vamos para a primeira faixa.
"Cry An Ocean"
Eu amei essa melodia intensamente. É tão minimalista e ao mesmo tempo, tão eficiente! Cada segundo da música é preenchido, não existem brechas. É melancolicamente refinada, eu me senti uma viúva rica em um casarão fumando um cigarro caro enquanto choro pela morte recente do meu amor usando um vestido longo e preto e um grande chapéu, também preto, enquanto meus cabelos longos caem pelo meu busto. Sim, é uma música lindamente cinematográfica. Quanto à letra, eu amei como ela se mostra resistente, forte e decidida. A forma como ela se liga à melodia está no ponto e a forma como ela foi construída não é nada convencional, é muito única. Kiana está p*ta com esse homem mas ela não vai dar a ele o prazer de ver ela manifestar qualquer tipo de emoção.
"Euphoric Dream"
Essa é uma ótima faixa pra suceder Cry An Ocean, aumentar a velocidade um pouco e não comprometer. A melodia também tem um ar chique, só que é um pouco mais comercial que a anterior. Eu amei esses instrumentais, eu sinto um respeito gigante por artistas que fazem música puramente instrumental e com pouco ou nenhum autotune, e esse é o caso dessa música. Kiana confia em si mesma e no próprio talento, ela não recorre a computadores, isso é muito admirável. Sobre a letra, eu gostei dessa aura etérea que os versos trazem. Na verdade, eu quase desejo que a melodia fosse um pouco mais experimental para fazer jus a essa letra linda. Algo um pouco mais céltico. Mas ao mesmo tempo, eu sei que isso comprometeria a linearidade do album então eu estou feliz que Kiana escolheu manter as coisas simples e clássicas.
"Lake Of Fire"
Acho que essa melodia é a coisa mais simples que um artista pode fazer mas também a mais cheia de emoções. Eu estou começando a pegar o tipo de artista que a Kiana é e entrar na vibe dela e eu estou amando. Essa música é construída apoiada totalmente nos vocais, o que reforça a confiança dela no próprio talento e isso conta muito! Eu amo o jeito que a Kiana compõe, ela não segue nenhum padrão estrutural e não é fácil sair do molde, eu mesma nem sempre saio desse molde. A letra talvez seja a minha favorita porque ela é metafórica e misteriosa, eu gosto disso.
"Heartbreak"
Vocês conseguem sentir a progressão e a profundidade dessa melodia? Eu sinto meu corpo me pedindo pra dançar e chorar, tudo isso com basicamente um piano e uma batida quase não frequente. A quebra de moldes de composição mais uma vez. A música tem um clímax mas ela não tem uma conclusão que volte ao que aconteceu no começo, nada volta a ser como antes, como se fosse uma história inacabada. E é que tipo de história? Sim, é uma música sobre coração partido, isso é claro. Mas e o cenário? Eu imagino uma árvore lutando contra um tornado pra se manter no chão. Talvez eu esteja viajando demais. Kiana, garota, por que você está escondendo essas lágrimas? Deixa ele ver, quem sabe ele pare de ser um otário?
"Show Me You Love"
Essa transição foi muito boa! Eu sinto o jazz chegando de novo e essa faixa não é tão diferente das anteriores, apesar de ser uma reviravolta sonora, o que é bom porque ajuda o álbum a fluir bem. Bom, eu sou um pouco suspeita por falar porque vocês sabem que eu amo uma coisa vintage hollywoodiana, dizem que esse album é um pouco oitentista mas eu particularmente acho que ele vai mais fundo que isso no passado. Show Me You Love me parece algo talvez dos anos 40 ou 50, 60 no máximo, e mesmo assim é divertida o bastante pra agradar alguém de hoje ou alguém de um campo tão diferente como eu, que sou uma cantora rock.
"Queen Of Moon"
Chegamos à faixa título! Eu achei uma faixa ótima, que resume bem o álbum. Ela é um pouco etérea, um pouco clássica, um toque de R&B. Isso é muito Kiana. É ótima a relação da melodia com a letra e principalmente com o título, já que é tudo um pouco astral. A letra cria um cenário retrô e também muito sofisticado, como tudo nesse álbum e também é muito emotiva.
"Holocaust"
Essa melodia é simplesmente perfeita. Ela progride e regride, como uma valsa, e os vocais acompanham perfeitamente, o piano seguindo o vibrato e coisa assim, isso é minimamente detalhado e lindo. Como eu queria que essa música fosse mais longa, na verdade eu escutaria uma hora disso facilmente, é muito agradável. Também é legal ver a intensidade com que os sentimentos são traduzidos na letra, a dor dela comparada ao holocausto...
"My Mind"
Essa melodia é estranhamente sensual, ela me lembra um pouco o funk jazz mas não é tão animada quanto ele. É muito confortável, simples e também é muito sofisticada. As metáforas nos versos são muito profundas e ela também quebra a estrutura de composição convencional mais uma vez. Um pouco solene, divina, eu gosto disso. Talvez eu não goste tanto quanto tudo que eu vi até agora mas ainda acho muito boa.
"The 80's"
Eu gostei muito dessa melodia, eu amo um R&B retrô. Eu achei legal a ideia de encerrar o álbum com uma música mais descontraída porque tira um pouco da previsibilidade do álbum e não necessariamente compromete a linearidade. É muito divertida, eu me sinto muito bem escutando isso. Também é tão romântica, eu amo me sentir assim. Eu já subestimei muito o efeito de uma música romântica mas eu não vou nunca mais. Obrigada pelo aprendizado, Kiana!
Bom, esse foi o episódio número onze do Banshee Radio. Eu amei essa experiência, o Queen Of Moon me fez ter uma perspectiva totalmente nova sobre o jazz, sobre músicas românticas e sobre a vida no geral. Ele é tão diverso e mesmo assim tem um conceito persistente. Escutem! Agora, fiquem com o meu single com a incrível Agatha Melina, Torn! Tchau!
[Torn toca no encerramento do episódio]