Post by bad_barbie on Mar 31, 2020 0:32:14 GMT -3
DIVULGAÇÃO: BLOOD & THE BIKINI SEASON
Plastique Condessa cresceu muito como artista nos últimos tempos. Desde a garota underground que cantava Catholic Boy, em apenas meio ano de carreira, a cantora já acumula em média um EP e dois álbuns de estúdio, tendo o segundo sido lançado nesse último domingo.
É impossível nós olharmos para a era Behind The Sun e não perceber o quanto a cantora norte-americana evoluiu em questão de posições nas paradas mundiais, já que Plastique alcançou algumas conquistas nunca antes conquistadas, como é de exemplo a quarta posição nos charts mundiais do lead single do álbum, Fight With Myslef. Ou até mesmo Natural Loneliness, que não teve o mesmo desempenho, tendo ficado por três semanas seguidas em primeiro lugar nas paradas europeias.
Agora, a cantora lançou seu single “Blood”, e apresentou na cerimônia do Grammy’s, causando como sempre, a polêmica necessária para que seu nome fosse comentado com o passar dos dias. E que noite para Plastique; a cantora saiu do Grammy levando três gramofones para casa sendo a cantora mais premiada da edição. E hoje, é o dia que nós iremos entrevistar esse ícone da PC Music e, agora do Rock.
Plastique, muito obrigado por nos conceder essa entrevista. Você foi uma das vozes principais dos dois gêneros que você fez parte, tanto da PC Music quanto do Rock. Ao que você acha que se deve isso?
Acho que ambos foram frutos de muito esforço. Na PC Music para ser um nome relevante na mídia, e ainda fazer as divulgações para eu ter pelo menos algum nome, e na minha era rockeira foi justamente onde eu me esforcei ainda mais para tentar fazer um álbum que fosse melhor que o meu último projeto. Além do meu esforço para ter um hit solo com Fight With Myself. Na verdade, tudo que eu conquistei nessa indústria foi com o esforço do meu trabalho e de outras mulheres incríveis.
Sim, nós percebemos isso, aliás é um ponto bem peculiar já que você tem apenas mulheres em sua equipe. Por quê?
Bom, assim ninguém pode dizer que Plastique Condessa é um produto feito por um grupo de homens engravatados. Plastique Condessa é feita por ela mesma e por uma gótica esquisita que é uma ótima produtora. E eu não quero mudar isso de forma alguma, até mesmo quando eu entrei na Cherry Kills eu deixei bem claro que eu quero ter o direito de fazer da minha maneira, com a Dark Bae produzindo e eu compondo e cantando. E eu acho que dá muito certo.
E essa parceria deu muito certo no MADEINCHINA, você acha que teve o mesmo resultado ou um resultado ainda melhor do que seu álbum de estreia?
Sim, acredito que o MADEINCHINA foi muito bom, mas ele tinha muitas falhas também e eu tentei corrigir todas nesse novo álbum. Óbvio que eu não consegui melhorar tudo, mas eu estou em constante evolução, mas acredito que o Behind The Sun é melhor sim do que o MADEINCHINA. Eu não sei qual vai ser a opinião crítica, mas pra mim é o meu ápice artístico.
E sobre o seu novo single, Blood? Sua performance no Grammy deixou muita gente realmente intrigada, principalmente por não entenderem muito bem o conceito. Aliás, o clipe da música terá o mesmo conceito da performance?
Sim, vai ter o mesmo conceito. O conceito tanto de Fight With Myself quanto de Blood é o de mostrar uma luta. Na verdade, o conceito da performance de Blood é mostrar uma tentativa falha de assassinato, já que o personagem que eu criei para aquela performance no final acaba sobrevivendo. E nessa performance eu dei muitas pistas sobre como será o clipe, que deve sair logo mais. Talvez essa semana, ou semana que vem. Não sei, eu sou uma negação em questão de organizar a minha carreira.
E no momento você está em um momento ótimo da sua carreira. Como você imagina que vai estar daqui a por exemplo... Cinco anos? Você vai estar 26 anos, provavelmente muitos álbuns já lançados...
Eu sinceramente não sei o que eu vou estar fazendo com 26 anos, provavelmente eu não vou estar casada, e provavelmente não vou estar fazendo tantas músicas quanto faço hoje em dia, mas acho que ainda vou estar lançando músicas sim. Eu acredito que a Plastique do futuro é uma mulher incrível, muito mais amadurecida do que eu sou hoje porque provavelmente vai ter feito muita coisa que se arrepende nesses cinco anos que ainda restam.
Em questão de relacionamento, você sempre deu muito mais atenção para a sua carreira, não é? Você sente que relacionamento amoroso é algo para ser deixado de segundo plano ou acredita que são equivalentemente iguais?
Eu acho que não importa como seja seu relacionamento, você sempre tem que dar mais o devido valor para a sua carreira. Porque relacionamentos acabam, estamos no século XXI e não mais em um onde o “amor perfeito” exista. Agora, se você tiver uma carreira bem sucedida e dinheiro para pagar suas contas, eu acho que você consegue superar a solidão.
Agora voltando ao assunto sobre seu álbum, você acredita que alguma mais tenha um potencial para fazer de single? Como por exemplo, os internautas tem dado muita atenção à sua música “The Bikini Season”, acha ela uma boa candidata para ser o próximo single da era?
Acho que sim. É uma das músicas mais leves do álbum, o que a torna muito acessível. Mas também tem muitas outras músicas que tem potencial de serem single, como por exemplo “I Met The Dark”, que também tem sido aclamada pelos meus fãs. Enfim, mas The Bikini Season eu tenho um carinho um pouco maior do que essas outras, já que foi a primeira música que eu escrevi do álbum.
Mas a primeira música não tinha sido Spring? Você própria diz em quase toda entrevista sobre o Behind The Sun que o álbum gira em torno dessa música.
Não, sim, o álbum realmente gira em torno de Spring e ela é a faixa principal, mas em questão de ser a primeira que eu escrevi para ele não foi, na verdade acho que foi só a quarta música. Eu já tinha três músicas prontas antes de Spring. The Bikini Season foi escrita ainda na época do EP trash, e óbvio que ela sofreu inúmeras alterações para caber no conceito do álbum novo. A segunda foi “I Met The Dark” e a partir daí eu já tinha certeza do que eu ia fazer e fui desenvolvendo meu projeto até chegar aonde eu estou hoje.
Aliás, o álbum foi mesmo finalizado em duas semanas ou ele ainda sofreu alterações após esse tempo?
Não, é óbvio que o álbum sofreu alterações após as duas semanas. A estrutura do álbum que ficou pronta em duas semanas, por exemplo, quando tinha acabado a minha pausa eu já tinha um rascunho de quase todas as músicas e já tinha um rascunho do conceito do álbum. Após planejar isso, eu fui consertando falhas de roteiro, arrumando as rimas que não combinavam, ou até mesmo descartando algumas músicas. Mas foi assim o processo, funcionou de uma maneira muito organizada o que me chocou, porque eu sou a pessoa mais desorganizada da face da terra.
Sim, você própria sempre conta que o processo de produção do MADEINCHINA funcionou de uma maneira muito mais desorganizada, não é mesmo?
O maior problema na produção com o MADEINCHINA era que eu estava eufórica e muito empolgada para lançar um álbum debut. Eu estava tão fissurada naquilo, e queria lançar logo para saber como seria a experiência de lançar um álbum. Então, eu fiz tudo na pressa e não saiu da forma que eu planejei. No segundo não teve isso, como eu já tinha lançado um primeiro projeto, pude trabalhar de forma muito mais relaxada e já tinha entendido que para lançar um álbum é necessário muito tempo, esforço, e tudo mais.
Você gostaria de dizer alguma coisa para nós finalizarmos esta entrevista?
Sim, eu queria pedir para que vocês dessem stream no meu novoálbum, Behind The Sun, disponível em todas as plataformas digitais, até mesmo no Deezer, acho que já resolvemos as contas que nós tínhamos.