Post by bad_barbie on Apr 2, 2020 22:33:43 GMT -3
Plastique Condessa esteve hoje na K-Rock para uma entrevista sobre os próximos passos de sua carreira. A cantora norte-americana falou muito sobre seu novo álbum, Behind The Sun, e sobre seu último single, Blood.
E nós já a entrevistamos diversas vezes, enquanto ela ainda estava divulgando o lead single de seu álbum, mas agora já temos esse álbum em mãos! Isso mesmo, vamos falar hoje com Plastique Condessa! Plastique, quem escutava seu lead single não imaginava que seria um álbum tão diverso sonoramente, não é? Esse foi a intenção?
Sim, desde o início da divulgação do meu novo álbum minha intenção era manter essa “surpresa” sobre o que viria nele. Por isso mesmo as músicas que eu lancei são algumas das mais pesadas, eu não queria revelar o lado soft do álbum tão cedo. E acho que foi bom, as pessoas realmente se surpreenderam com aquilo que elas receberam.
Se impressionaram mesmo, mas você acha que Fight With Myself deu certo por ser uma das músicas mais acessíveis do álbum? Já que, apesar de ser rock, Fight With Myself é uma das músicas com menos letra.
Sim, quando eu lancei Fight With Myself estava apostando em uma música mais... Digerível, não em questão de sonoridade, mas digerível em questão de “será que esse refrão vai ficar repetindo na minha cabeça?”. Essa coisa não acontece com as outras músicas do álbum, já que tem algumas que nem refrão tem. Acho que a única que também se encaixaria nesse padrão de música chiclete era “The Bikini Season”.
Sim, e os fãs tem realmente dito isso! The Bikini Season é uma música tanto com melodia quanto letra completamente chiclete, por que você não aproveitou o gancho que Fight With Myself te deu para lançar essa?
Porque eu não queria que meu álbum ficasse com imagem de um álbum com músicas que são feitas para grudar na cabeça das pessoas. Então, com Natural Loneliness, eu quis mostrar que o álbum não era só Fight With Myself, já que Natural Loneliness é uma das minhas músicas preferidas e também é a uma das músicas com letra mais profunda do álbum.
E andamos percebendo que “Blood” tem tido o mesmo padrão de divulgação que Fight With Myself, mas de uma forma mais concentrada em uma semana só. Tem algum motivo específico para que isso venha acontecendo?
Acho que com o lançamento do meu álbum eu acabei ficando um pouco empolgada. Que nem eu fiquei empolgada com Fight With Myself por estar lançando minha primeira música meio dessas duas então realmente eu não tive nada que me engajasse a divulgar Natural Loneliness. Deu no que deu, morreu na posição 25.
Inclusive, você fala muito sobre esse tal clipe de Blood. Você tem alguma previsão de lançamento para o clipe?
Hum... Não, ele ainda está em processo de gravação. Eu tipo já tive a ideia do clipe, já estou gravando, mas ele ainda não está pronto. Mas eu não acho que vá demorar, talvez uma ou duas semanas. Ou até menos (risos).
Sobre seu álbum, você espera que ele tenha um debut bom? O que achou da crítica?
Debut bom eu acho que ele vai ter por que isso é algo que depende de mim, e eu estou me esforçando para fazer um debut decente. Eu achei a crítica foi bem coerente com meu álbum, e pontuou coisas que eu realmente não tinha notado durante a produção do disco. Mas eu achei incrível o Behind The Sun ser o meu projeto mais bem avaliado em meus projetos lançados, isso provou pra mim que eu estou em constante melhora.
E esse seu novo álbum tem muitas influências do punk rock, seja uma versão mais contemporânea, como é o caso de I Met The Dark, ou um mais puro como é o caso de Rise It Up. Como surgiu essa paixão pelo punk rock que a inspirou tanto ao ponto de botar no seu projeto?
Bem, a estética anarquista e rebelde do punk sempre me atraiu, tanto que mesmo quando eu estava no MADEINCHINA eu me auto intitulava punk, porque como eu dizia “punk para mim era uma atitude”. Punk vai continuar para mim sendo sempre uma atitude, mas agora eu decidi incorporar isso na minha carreira e ser punk em literalmente tudo. Então não foi uma paixão que surgiu, foi uma paixão que sempre existiu, sabe?
Entendo... E há muitas vertentes do punk na indústria musical, em todas as décadas possíveis. Qual delas é a que você mais se identifica?
Acho que me identifico muito com as Riot Grrls dos anos 1990, acho que um grupo de mulheres fazendo punk feminista é realmente o meu estilo. Na verdade, acredito que eu gosto muito mais de tudo o que é feminino nesse meio do rock, mas as Riot Grrls eu gosto um pouco mais por conta do punk ser até mais machista do que as outras subvertentes do rock, e elas aparecerem lá e fazerem a música delas. E o melhor, serem notadas com a música delas, acho isso maravilhoso.
E quando você estava na era MADEINCHINA, ainda no começo você já tinha ideia de que seu próximo álbum de estúdio seria de rock. Nesse álbum de agora, você tem alguma noção do que pode vir a ser a sonoridade de seu próximo disco?
Não, nessa era eu estou curtindo muito o momento. Óbvio que eu tenho alguns conceitos soltos na minha cabeça sobre o que ele pode ser, mas eu não tenho nada confirmado ainda, principalmente quando o assunto é a sonoridade dele. Mas por mais que eu não saiba qual vai ser o som real dele, acho que eu já tenho ideia que pretendo me arriscar novamente. Não quero que meu álbum seja algo que eu já fiz na minha carreira.
Aliás, você não é uma cantora que comumente dá continuações aos seus projetos, né? Por exemplo, Catholic Boy não teve uma continuação, já que o MADEINCHINA é totalmente diferente, e a mesma coisa acontece com o Behind The Sun, que nada tem a ver com seu último projeto. Por que disso acontecer?
Eu encaro meus álbuns como ciclos, ciclo do que eu estava pensando no momento. Eu não vou fiz uma continuação do Catholic Boy ou do MADEINCHINA porque os ciclos desses álbuns foram fechados. Eu não sou uma cantora que deixa pontas soltas entre um álbum e outro. E aconteceu a mesma coisa com o Behind The Sun, onde eu escrevi Spring exclusivamente para amarrar um álbum como um todo e fechá-lo. Então, quando eu voltar em um projeto futuro, eu não vou estar voltando com a mesma vibe do Behind The Sun.
E quais são suas expectativas para daqui para frente? Por exemplo, o que você espera para o futuro de sua carreira, que seria o sonho máximo?
Acho que meu sonho máximo seria figurar no Hall da Fama do Rock, mas eu sei que pra isso eu terei que ralar e que vai por aí pelo menos vinte e cinco anos de carreira pra que eu possa ser cogitada a realizar esse sonho. Meu sonho é virar uma estrela do rock desse nível. Mas nos próximos álbuns e nos próximos anos eu não tenho ideia do que eu poderia querer. Talvez eu conquiste cada vez mais o meu espaço na indústria, e depois faça um hiato gigante com pessoas implorando pela minha volta, acho que meu sonho fazer isso. Mas eu não sei, é só uma hipótese.
Se você pudesse nos indicar dois artistas de Rock atuais que você gosta e aclama, quais artistas você escolheria?
Bom, tem surgido grandes nomes na indústria do Rock, e eu fico muito feliz por isso até por eu ser um desses nomes, mas acho que as artistas que eu consideraria as minhas preferidas é a Banshee e as garotas do Supernova. Eu acho que essas novatas em especial, tem talento de sobra para levar o rock até mesmo além do que eu já consegui levar com o meu trabalho. Se depender do talento delas, elas vão conseguir porque isso elas tem de sobra, e podem ter certeza que a minha aclamação, elas sempre vão ter.
Alguma coisa para dizer antes de finalizarmos essa entrevista?
Sim, como sempre eu vou implorar pelos streams no meu novo álbum Behind The Sun, e principalmente stream no meu single Blood. Beijos.
E essa foi Plastique Condessa. Fiquem agora com BLOOD e THE BIKINI SEASON.