Post by andrewschaefer on Apr 7, 2020 21:44:18 GMT -3
A cantora e compositora romena Agatha Melina compareceu novamente ao programa de rádio estadunidense Earth & Sky, que tem como objetivo a divulgação científica e a conscientização a cerca dos problemas ambientais enfrentados pelo mundo atualmente. Promovendo o seu lead single Regret, que vai estar presente no seu próximo álbum de estúdio ainda a ser lançado, e a faixa Want Your Love, presente na mixtape que ela gravou com Klaus Henderson, com a participação vocal de uma das garotas ainda não revelada do grupo EON, mas apelidada de “L”. Durante a entrevista, ou mais como uma conversa ou palestra, Agatha se aprofundou no tema de viagem no tempo e os consequentes paradoxos temporais, fugindo um pouco do que havia comentado na sua última participação no programa, na semana passada, que era teorias conspiratórias sobre a realidade em que vivemos não passar de uma grande simulação controlada por seres claramente superiores e mais inteligentes que a nossa raça humana.
“Eu acho impressionante que às vezes nós não queremos acreditar em algo e então simplesmente nos fechamos para quaisquer explicações que nos apresentarem por mais racionais e científicas que estas sejam. As pessoas tendem a ter um certo apego à sua fé, às suas crenças, até porque, é humano não querer estar errado, completamente normal você querer ter a razão perante uma determinada situação, mas não é disso que eu vim falar aqui no programa hoje, como vocês já devem ter sido introduzidos antecipadamente. O que tudo isso que eu estou falando tem a ver com o tema principal de hoje? Bem, é o que vocês vão descobrir mais pra frente quando eu adentrar ainda mais no assunto. Boa noite, bem-vindos ao Earth & Sky, aqui é a Agatha Melina e eu estou prestes a lhes contar um pouco sobre nada menos que viagem no tempo e seus paradoxos.”
“O conceito de viagem no tempo é antigo, então para ser sincera, fica um pouco difícil estipular uma determinada data em que as pessoas começaram a falar sobre isso e teorizar sobre esta possibilidade. Justamente por esta razão que eu gosto de atribuir a viagem no tempo como a imaginamos hoje ao escritor e romancista britânico Herbert George Wells. Em 1895, ele lançou um livro chamado A Máquina do Tempo, que basicamente foi a primeira obra de ficção científica a ter proposto que a viagem no tempo poderia ser feita através de uma máquina, de um aparelho. Isso com certeza remoldou tudo o que se acreditava sobre viagem no tempo até aquele momento e por isso ele ficou tão conhecido. Esse livro ganhou até mesmo duas produções cinematográficas. É óbvio que ele teve outras obras que abordaram sobre o conteúdo, mas esta foi a que ficou mais conhecida dentre todas. Num modo geral, a viagem no tempo sempre foi um tema recorrente para autores de ficção científica desde então e um entretenimento ainda melhor para aqueles que gostam. Eu por exemplo adoro de paixão estes filmes e livros, haha.”
“Bem, já comentei sobre a viagem no tempo no campo literário, mas é mais do que óbvio que este conceito teria que englobar conceitos físicos também, o que faz desse tema alvo de muito debate dentro da própria comunidade científica que estuda a física. Alguns físicos são até ridicularizados por levar a sério o estudo das viagens no tempo, o que faz com que não seja tão explícito assim que alguns cientistas estão mesmo trabalhando em encontrar uma maneira de fazermos estas viagens temporais, mas estão. Diversas teorias já foram postuladas, para falar a verdade, pra tentar trazer a tona a existência de viagens temporais, mas todas até agora foram falhadas, infelizmente, né? Já foi proposto que as viagens poderiam ser realizadas através de um buraco de minhoca, cuja extremidade de entrada seria um ponto no tempo e a extremidade de saída, um outro ponto no tempo. Mas eu sou a primeira a descrer disso tudo porque nunca vi nenhuma teoria explicando de fato como esses buracos de minhoca seriam criados, a maioria só espera que eles existam ou já começam a teorizar a partir do ponto em que já foram criados, o que pelo menos para mim, dificulta e muito a aceitação da hipótese. Também há sobre aquele cilindro que giraria em torno do seu próprio eixo a velocidades tão altas que se uma nave espacial o adentrasse e ficasse rodando em espirais, viajaria no tempo. Eu não sou a maior expert em física aqui, entendo apenas um pouco, então não estou nem um pouco em posição de concordar ou discordar desta teoria, mas eu sei que nenhum objeto foi encontrado que poderia se mover na velocidade da luz, então de certa forma, ainda é impossível para nós e estamos limitados a teorizar sobre essa hipótese. E a mais nova teoria é a de que poderiam ser usados táquions para realizar as viagens temporais. Isto porque os táquions só podem ser produzidos a uma velocidade superior a da luz e com uma quantidade gigantesca de energia, o que faz destas partículas muito estranhas, interessantes e especiais. Com os táquions, as viagens poderiam sim ocorrer, mas infelizmente essa teoria já está perdendo a sua força e caindo por terra pois contraria a Teoria da Relatividade Geral proposta por ninguém menos que Albert Einstein, o físico mais brilhante que já existiu. Isso porque, diferentemente das partículas de luz, os fótons, os táquions possuem massa. Os fótons não, mas os táquions possuem massa, e qualquer objeto que ultrapasse a velocidade da luz, segundo a relatividade geral, teria a sua massa aumentada infinitamente, o que obviamente impossibilitaria que a viagem fosse feita com êxito e nos joga novamente no limbo das hipóteses e do desconhecido. Não sabemos como poderíamos fazer as viagens no tempo e para ser sincera, tampouco sabemos se elas de fato existem ou não, e pensar sobre isso te leva a uma crise de identidade e de existência horrível, não recomendo.”
“Mas então não existe nenhum jeito de provarmos que as viagens no tempo são reais ou não? A resposta é complicada: sim e não. O famoso cientista Stephen Hawking acreditava que a maior prova de que as viagens temporais não existem é que não vemos viajantes do tempo por aí no nosso dia-a-dia, o que se você parar pra pensar, faz sentido ao mesmo tempo que não faz nenhum. O próprio Stephen já deu uma festa e só anunciou no dia seguinte. A festa que ele havia dado era unicamente para viajantes do tempo. Ele sabia que comunicando um dia depois da ocorrência da festa, somente um viajante do tempo poderia voltar para estar presente lá. Mas sabe qual foi o resultado deste experimento? Nenhum. Ninguém foi à festa do Hawking, o que para ele, foi a prova definitiva de que não, não existe viagem no tempo. Mas está mais do que claro que muitas pessoas, assim como eu, não se sentiram convencidas. A viagem no tempo, que provavelmente será inventada no futuro é algo que não sabemos nada sobre. Pode ser um segredo de estado e fazer essa viagem fosse proibido ou simplesmente isso está restrito a algumas pessoas ou mesmo ser contra a lei viajar para o passado em uma época que a máquina ainda não tinha sido inventada, e tudo isso parece também ser bastante plausível, então para mim e para uma boa parte da comunidade científica, Hawking não provou nada a não ser que a viagem do tempo não é pública, e isso já estava bem na cara para ser sincera, não tem como algo do tipo ser liberado para todos assim, né?”
“Mas então vocês me perguntam: por que não, Agatha? Por que a viagem do tempo não seria acessível para todas as pessoas? E a resposta para isto é bem simples: se fosse, diversos acidentes no tempo ocorreriam porque grande parte da nossa sociedade ainda é muito imatura. Se as viagens temporais se tornarem públicas será daqui a uns dez mil anos quando a humanidade já tiver consciência dos perigos que uma viagem representa e não abusar dela como abusariam nos dias de hoje, por exemplo. É preciso que uma sociedade extremamente avançada e evoluída intelectualmente e principalmente eticamente saiba como manipular o tempo de maneira adequada e isso infelizmente é algo que vamos demorar muito para conquistar. Mas então o que são essas ciosas horríveis que podem acontecer caso uma viagem no tempo seja mau sucedida? Quais as implicações que isso poderia gerar em nosso contexto de espaço-tempo? Me conte.”
“É aí que eu gostaria de introduzir um novo conceito em nossa conversa: paradoxos temporais. Um paradoxo é basicamente um erro ou algo que não devia acontecer. Um exemplo simples de paradoxo temporal, ou erro no tempo, é o paradoxo do avô que tem esse nome por causa forma como é explicada, mas pode ter múltiplas interpretações e se manifestar também de múltiplas maneiras. Esse paradoxo consiste basicamente em você voltar no tempo para algum ponto do passado em que o seu avô ainda não conheceu a sua avó, como por exemplo, na infância dele, na infância do seu avô, e mata-lo. Sim, bem mórbido matar uma criança que é o seu próprio avô, mas naturalizar isso é fundamental para entender no que esse problema consiste. Se o seu avô morreu na infância, ele nunca conheceu a sua avó, por consequência, o seu pai ou a sua mãe nunca nasceram, fazendo com que fosse impossível que você também nascesse, por lógica. Mas a questão é levantada justamente agora: se você nunca nasceu, quem matou o seu avô? Exatamente, ninguém pode ter matado porque o assassino não nasceu, e isso anula esse evento e mantém o seu avô vivo. Mas se o seu avô viveu e conheceu sua avó e seu pai ou sua mãe nasceu e consequentemente você também, você poderia voltar para mata-lo. E sim, esse raciocínio fica se repetindo infinitamente e não tem como encontrar uma resposta concreta para esse problema, o que o caracteriza como um paradoxo, e mais precisamente, é claro, porque é o tema que estamos tratando aqui: um paradoxo temporal.”
“Na física, paradoxos surgem quando uma teoria que postulamos está errada, e já foram encontrados diversos paradoxos que contradizem a viagem no tempo. Eu vou explicar mais paradoxos depois, mas a questão principal aqui é justamente essa: se estes paradoxos existem, isso significa que a viagem no tempo não existe, não é? Novamente, não é tão simples assim, na verdade é bastante complicado, então a única resposta que eu estou possibilitada de dar aqui é: sim e não. Pois é, sim e não.”
“Da mesma forma que este simples paradoxo pode anular todo o conceito de viagem no tempo, pode anular simplesmente o fato da possibilidade de você matar o seu próprio avô no passado. O que eu quero dizer? Bem, por representar um paradoxo, pode ser que seja impossível apenas que você faça o que cause o paradoxo. Isso significa que se você tentar matar o seu avô, o universo vai te impedir, fazendo algum acontecimento de atrapalhar ou enfim, qualquer coisa. É até estranho falar “o universo” mas eu realmente não sei como dizer isso de uma forma diferente. Não é exatamente um ser inteligente que vai estar te impedindo, mas simplesmente a lei da casualidade contínua e da própria teoria do caos que é tão sustentada pela física, principalmente no campo da física quântica e da mecânica quântica.”
“Outra possibilidade que eu não acredito muito é a de que você realmente consiga matar o seu avô, mas então o seu pai ou sua mãe vão nascer de um casal diferente e você vai continuar existindo, o que aniquilaria o paradoxo, mas por questões genéticas e biológicas, eu não sou a que levanta o dedo para defender essa teoria, estou penas comentando-a e compartilhando-a aqui com vocês. E tudo isso levanta um outro questionamento ainda mais pesado e ainda mais profundo que eu adoraria fazer aqui hoje, mas provavelmente vou deixar para outra visita ao programa. Esse questionamento é sobre o nosso livre-arbítrio. Nós realmente o temos? Se o tivéssemos, não conseguiríamos matar o nosso avô sem problemas e manter o paradoxo? Então porque tudo parece influenciável e manipulável? É realmente algo a se pensar pois se não temos controle dos nossos atos, quem tem?”
“Agora que eu já deixei você aí morrendo com a sua crise existencial, eu gostaria de continuar falando de outros paradoxos temporais que eu gosto bastante e o meu preferido é o paradoxo de Bootstrap simplesmente porque ele não tem começo e nem fim. Consiste em um objeto, pessoa ou informação que nunca foi criado e muito menos destruído, simplesmente existe e viaja pelo tempo passando de mão em mão. Um exemplo fácil de entender é o seguinte: você é um grande dos fãs dos Beatles, tem todos os CDs deles e sabe tudo que eles já fizeram durante a carreira. Você consegue acesso a uma máquina do tempo e decide voltar no tempo para quando a banda ainda estava sendo formada. Você acaba mostrando aos integrantes todos os seu CDs e dando a eles todos os detalhes da carreira. Eles ouvem as músicas e prestam bastante atenção no que você diz para moldar a sua carreira e fazem tudo como você disse. Eles lançam as músicas que já estavam gravadas que você mostrou e é isso. Eles nunca escreveram as músicas, muito menos chegaram a gravar, apenas lançaram o que você entregou a eles. Sendo assim, quem escreveu as músicas? Quem gravou? Você sabe que a voz é deles, mas eles nunca gravaram nada, então ao mesmo que tempo que é, não é deles. E, claro, você só virou fã e colecionou todos os CDs porque eles lançaram as músicas, mas eles nunca teriam lançado as músicas se você não tivesse se tornado um fã, colecionado todos os CDs e tivesse viajado para entregar para eles. São eventos onde o futuro depende do passado e o passado depende do futuro, uma relação temporal de dependência mútua.”
“Ah, Agatha, mas como isso pode ser aplicado a pessoas? É ainda mais simples, eu acho, haha. A série de ficção científica Dark retrata bem isso. É uma série alemã e para ser sincera é a minha série favorita atualmente. Basicamente, duas personagens são mãe e filha uma da outra. A Charlotte é mãe da Elizabeth, mas a Elizabeth também é mãe da Charlotte, e isso é possível graças a viagem no tempo. Isso indica que a família delas nunca teve um começo de linhagem, apenas existe essa relação mútua de dependência entre elas, uma ser mãe da outra, uma ser filha da outra. Outra obra que fala muito bem disso, é um filme e também é um dos meus preferidos, eu assisti de madrugada no meio de um surto. Se chama O Predestinado e conta a história de uma mulher que viveu em um orfanato. Um dia ela se encontrou com um homem e ficou grávida, mas esse homem saiu. Infelizmente, por complicações no parto, ela precisou sofrer uma cirurgia de mudança de sexo, passando a ser homem. Já como homem, ela se encontra com um viajante do tempo e volta no passado, encontrando a si mesmo quando ainda era uma mulher e engravidando a si mesmo, nesse momento ele percebe que o homem com quem havia se encontrado e que havia sumido era a si mesmo. E como se não bastasse toda essa maluquice, a filha era a própria mulher que foi sequestrada e levada para o passado para um orfanato pelo viajante do tempo de antes a fim de manter todo o ciclo temporal funcionando bem. Isso faz dela mãe, pai e filha de si mesma. A dependência mútua aqui nem é de outra pessoa, de um objeto ou de uma informação, mas de si mesmo. Ela depende de si mesma para sua existência continuar funcionando no universo e isso é muito louco, um dos filmes que explode a cabeça e por isso eu recomendo muitíssimo pois eu pelo menos amo filmes assim!”
“E agora vamos a uma parte mais interessante onde vamos considerar um universo em que já foi descoberta a viagem no tempo e que ela pode ser realizada sem grandes complicações, para o futuro e para o passado, para onde e quando você quiser. Para onde você iria? Enquanto vocês pensam na resposta de vocês, eu vou responder seguindo o meu ponto de vista. Eu tenho vontade de ir à Grécia Antiga somente para confirmar a existência de Socrátes. É, pode parecer uma loucura completa, mas é algo que eu realmente tenho as minhas dúvidas e gostaria muito de saber. Se você parar para pensar, tudo o que sabemos sobre Sócrates está nos documentos de Platão, porque conforme a história, o filósofo não gostava de escrever nada, ele simplesmente falava e o seu conhecimento era passado unicamente de forma oral, então Platão foi o grande responsável por oficializar a existência de Sócrates, mas acaba não sendo exatamente assim. Não existe mais nenhuma prova de que Sócrates tenha realmente existido. Mas por que duvidar da sua existência? Por que duvidar de Platão, que era o suposto discípulo de Sócrates? Bem, a questão é justamente a contrária: por que não duvidar? Também não temos como saber se ele estava mentindo, se inventou Sócrates ou o que quer que tenha acontecido para ele acabar passando os seus conhecimentos a frente. Se Sócrates não existiu, então todos os conhecimentos filosóficos são do próprio Platão, né? Como podemos ter certeza? E se alguma pessoa já viajou no tempo para o passado e passou todos estes conhecimentos para o Platão como num paradoxo de Bootstrap? De onde teriam surgido as indagações filosóficas, então? Quem seria Sócrates? Nesse cenário, Sócrates nunca teria existido e o nome dele bem como os seus conhecimentos nunca foram criados, apenas sempre existiram vagando pelo tempo, vagando por milhares anos de história da humanidade. Assustador pensar nisso, né? Assustador pensar que uma pessoa tão famosa e importantíssima para a consolidação filosófica da nossa sociedade possa não ter passado de um fruto de alucinação de Platão ou mesmo de uma viagem no tempo criadora de um paradoxo interminável. Pois é, mas você ainda não viu nada.”
“E se Shakespeare nunca existiu? Isso mesmo, o escritor britânico famosíssimo no mundo tudo por ter escrito o ainda mais famoso romance Romeu e Julieta e por ter sido uma das primeiras influências para os moldes da sociedade literária pelo resto da história da humanidade. Pois é, este mesmo. E se ele nunca existiu? Pode ser mais difícil relacionar este às viagens no tempo e a um dos paradoxos dos quais falamos aqui hoje, mas continua sendo interessante. Isso porque William Shakespeare era um plebeu que logicamente não tinha muito estudo e as obras que foram escritas em seu nome eram geniais e o mais intrigante: riquíssimas em vocabulário. Foi feita uma contagem de todas as diferentes palavras que foram usadas nas obras de William Shakespeare e descobriram uma quantidade de mais de vinte e nove mil palavras, o que era maior que o dicionário da língua inglesa na época. Isso obviamente gera muita estranheza, então muitos teóricos da conspiração afirmam que William Shakespeare é o alter-ego de uma pessoa com mais estudo ou simplesmente um nome que vários autores usavam para publicar suas obras por não quererem revelar os seus nomes por motivos adversos. Essa teoria ganha bastante força pelo simples fato de que além das obras, não há uma confirmação de fato de que esse dramaturgo tão famoso realmente tenha existido. Isso é bastante interessante e eu com certeza iria à Inglaterra Renascentista só para confirmar isso pois tenho muita curiosidade de saber se o tal William Shakespeare existiu de fato ou não.”
“Mas tratando aqui de um tema mais sério, se eu tivesse a oportunidade de realmente voltar para algum ponto no passado para refazer alguma música, eu tentaria voltar no auge da Primeira ou Segunda Revolução Industrial, lá pelo século dezoito ou dezenove e tentaria conversar com as pessoas sobre o impacto ambiental que todo o lixo industrial iria causar no planeta em alguns anos. E provavelmente não iriam me ouvir porque o capitalismo berrava muito mais alto do que qualquer coisa nesse período, mas eu pelo menos tentaria, pois pelo menos assim não me arrependeria de como o mundo foi deixado hoje. Eu tenho culpa no cartório sobre o que está acontecendo com o nosso planeta, assim como todos vocês. O simples fato de ignorarmos a situação quando ela ainda não está crítica nos incube uma enorme culpa em tudo isso. Daqui a alguns anos quando o mundo estiver um enorme caos, a atmosfera completamente poluída com gases tóxicos, as árvores todas cortadas e os rios secarem, nós vamos nos arrepender e muito de não ter dado mais atenção ao problema enquanto ele ainda era “pequeno”, e digo pequeno entre aspas porque já está enorme por que nos recusamos a enxerga-lo, mas uma hora ele vai crescer tanto que vai explodir e já vai ser tarde demais, tudo o que poderemos fazer quando esse dia chegar é nos arrepender amargamente por não termos dado a devida atenção no passado. Já vai ser tarde demais e o mundo já vai estar destruído pelas nossas próprias ações de anos e anos de exploração do planeta, começando tudo há muito tempo atrás e só se agravando com a criação e modernização das indústrias com o passar dos anos. Um futuro triste, mas real e infelizmente, muito próximo de acontecer, como podemos ver pelo aquecimento global desenfreado no mundo que está nos fazendo esquentar com os gases de efeito estufa, uma verdadeira tragédia que não tem nada para acabar bem.”
“É por isso que eu venho trazendo o meu single Regret que denuncia justamente este comportamento nos homens atualmente. Nós não importamos com o estado em que o nosso planeta vai ficar no futuro, apenas visando o lucro que estamos obtendo agora e isso é um veneno para o nosso mundo que está aos poucos morrendo, algo que podemos perceber bem claramente, não dá mais pra fingir. Queria pedir a todos que fossem a qualquer plataforma digital e ouvissem o meu novo single Regret e fazer uma reflexão acerca dos problemas ambientais que estamos enfrentando. É muito importante que nesse momento tiremos as mãos do bolso e coloquemos as mãos na consciência. O Planeta Terra precisa da nossa ajuda.”
O programa termina tocando o single Regret e a faixa Want Your Love.