Post by bad_barbie on Apr 15, 2020 21:24:49 GMT -3
Plastique Condessa esteve hoje, pela parte da manhã desta fatídica e ensolarada quarta-feira, na FX 99.1 FM, uma rádio de rock para falar um pouco sobre seu último single, Blood. A cantora também utilizou desta proveitosa oportunidade de entrevista para fazer, também, a promoção da faixa I Met The Dark, que é uma das cotadas para ser o seu próximo single, a ser lançado logo após o período de divulgação do atual.
E estamos aqui com uma das maiores cantoras de Rock da nova geração, e que não cansa de nos surpreender com seu conteúdo e com suas conquistas, Plastique Condessa! A polêmica que a cantora está envolvida dessa vez é o clipe de seu último single, que foi lançado neste último domingo e tem chocado muitas pessoas por ser considerado um clipe extremamente perturbador para ir ao ar. Plastique, de onde surgiu a ideia para você fazer um clipe daquele jeito?
Ah, assim, a música não era uma música leve, na verdade era um metal bem pesado que simulava uma luta entre eu e meus pensamentos, então acho que era um pouco impossível para mim fazer um clipe leve para uma música que tem essas características. A realidade é que os singles em geral desse álbum em sua maioria vão ter essa atmosfera mais pesada, menos algumas faixas que são mais leves como é o caso de “The Bikini Season”, que também é uma das músicas que eu pretendo fazer um clipe.
E ao que parece, vendo esse clipe e vendo a estética dele, que com certeza iria incomodar as pessoas um pouco mais conservadoras, é possível perceber que aquela Plastique polêmica de Catholic Boy não morreu, não é?
Não, aquela Plastique ainda existe dentro de mim, ela só está um pouco mais contida do que naquela época. Mas ainda assim, nos dias de hoje, ela ainda dá umas escapadas. Inclusive, eu acho o clipe de Blood muito parecido com o de Catholic Boy, mas em conceitos diferentes. Porém, a ideia dos dois clipes é a mesma. E óbvio com um pouco mais de orçamento já que agora eu tenho muito mais dinheiro, eu fiz aquele clipe com mil dólares que eu tinha juntado por alguns meses.
Sim, e você tinha um trabalho muito grande para fazer a parte visual quando você ainda era uma cantora underground?
Você não tem noção! A minha sorte é que eu tinha alguns amigos no meio de produção artística na época que me ajudaram a fazer isso acontecer. A Dark Bae tinha um amigo que era formado em cinema e ele fez basicamente um milagre para fazer o clipe ficar daquele jeito que saiu. Mas óbvio que parte do dinheiro da música foi pra ele, então não tínhamos tanto orçamento assim para o segundo clipe, e assim acabou surgindo Cocaine Grunge Party que era um clipe bem mais baixo custo do que o primeiro.
Quando você viu que finalmente tinaha dinheiro suficiente para fazer um trabalho visual de forma mais... Confortável? Não dependendo tanto assim das vendas do single em questão que você está divulgando.
Acredito que foi agora na era Behind The Sun mesmo. Am I Pretty Enough ainda foi um clipe baixo custo, mas o clipe de Fight With Myself foi o primeiro clipe onde eu realmente tive toda uma equipe me auxiliando para a produção do mesmo. Isso aconteceu novamente em Blood, já que Natural Loneliness foi gravado quase que em tomada única.
E você acha que esses clipes onde você tem mais orçamento são os que mais chamam atenção do público para a música em questão, fazendo assim você acabar tendo mais sucesso do que você poderia ter com os singles baixo orçamento?
Eu achava que não, mas quando eu vi isso acontecendo nos únicos dois clipes que eu tive uma real equipe para fazê-los, eu estou começando a acreditar que sim. E a parte audiovisual sempre foi algo importante para uma música, então mesmo quando eu fazia sozinha, eu tentava fazer de forma que ficasse pelo menos apresentável.
E a história da sua carreira é sempre cheia de produzir coisas sozinha, não é? Como é que você se sente sabendo que tem um trabalho tão individual?
É ótimo eu ter a minha individualidade respeitada na produção de meus discos, mas eu não posso negar que é muito mais difícil do que se eu tivesse uma equipe para trabalhar na produção de meus discos como tantas outras artistas. E, assim que eu assinei com a Cherry Kills, foi a primeira coisa que eu pensei para assinar o contrato. Acredito que meu terceiro álbum vai ser o primeiro que vai ter uma produção grandiosa, vamos ver como é que ele vai sair.
Inclusive, você tem alguma noção de sobre o que o seu terceiro álbum pode falar? Você pretende continuar no rock ou fará algo totalmente novo, como foi o caso do seu último projeto se comparado ao MADEINCHINA?
Eu não faço ideia de como ele vai ser, eu tenho pensado em muitos conceitos interessantes e sinceramente a minha vontade era de usar todos eles, mas como não posso senão vai ficar uma bagunça, acredito que meu terceiro álbum vai demorar, já que ele só vai sair quando eu finalmente conseguir desenvolver algum desses conceitos. E sobre o Rock, eu pretendo continuar no Rock sim, era meu objetivo desde que eu comecei a carreira de fazer meu segundo álbum e talvez o resto com uma proposta mais rock n roll. Nunca foi meu objetivo ficar na PC Music.
E você é uma artista que tem muitas influências no gênero, não é? Você não é o tipo de pessoa que se prende a apenas um tipo de Rock, e é possível ver isso no Behind The Sun. Mas qual foi a sua influência inicial para o projeto?
Justamente a parte mais detestada do álbum foi a inspiração inicial. Tudo começou na parte tropical do projeto, quando eu estava escrevendo uma música sobre... Garotas de biquini. E foi assim que The Bikini Season surgiu. A música era estilo trash music e depois eu só adaptei, mas não mudei tanta coisa.
Bem, agora para finalizar, você gostaria de dizer alguma coisa?
Sim, eu gostaria de pedir para que vocês tocassem o meu novo single e a minha faixa de divulgação.
É pra já! Fiquem agora com Blood e I Met The Dark, de Plastique Condessa!