Post by bad_barbie on Apr 16, 2020 16:24:36 GMT -3
Plastique Condessa esteve hoje no programa da Wendy Williiams para uma entrevista sobre o futuro de sua carreira, e sobre os próximos passos que a cantora dará após a última conquista de Blood, como sendo o primeiro single da cantora a ter um debut direto no top 10 da parada de charts.
O programa começa de forma convencional, com a Wendy apresentando um monólogo antes de , finalmente, apresentar a cantora ao público; Wendy ressalta o fato que é a primeira aparição de Plastique no programa desde o início de sua carreira, além de dizer que o álbum da cantora, Behind The Sun, é o primeiro da mesma a ter um debut acima de quinhentas mil cópias, e diz que a cantora é uma das maiores estrelas do rock atual. Então, após essa apresentação, Wendy chama a Plastique ao palco.
Plastique está usando um vestido preto e uma bota de cano alto, de saltos plataforma altíssimos; também é possível ver um crucifixo em seu pescoço, e muitas correntes também. Plastique acena para a plateia, que assim que vê a cantora entrando, aplaude de forma fervorosa. Plastique cumprimenta Wendy, então a entrevista finalmente começa.
Wendy: e você está crescendo muito nos últimos dias e de forma até que um pouco repentina. Como você se sente tendo experimentado muito mais a fama em um curto período, como tem experimentado nos últimos meses?
Plastique: eu não tenho experimentado tanto disso por conta da quarentena onde eu estava nesses meses também por conta do Coronavirus. Acho que vou começar a experimentar mais agora, que a poeira baixou um pouco e as pessoas até mesmo eu estou saindo mais de casa. E eu acho que eu estou preparada para enfrentar a fama.
Wendy: jura? Em outras entrevistas você sempre contou que tinha medo de ficar famosa justamente por causa da perda de privacidade, da perseguição da mídia e outras coisas. Como você acha que vai acabar lidando com isso?
Plastique: se fosse alguns meses atrás, eu não lidaria, eu provavelmente surtaria e começaria a não estar nem aí para os cliques. Mas depois de ter experimentado níveis diferentes de fama, da mais fracassada da indústria até a cantora minimamente famosa, acho que isso me deu certa preparação para enfrentar o que vem por aí. A fama não me assusta mais tanto quanto me assustava, e acredito que isso seja bom.
Wendy: sim, e agora com Blood estando tão próximo do top cinco e Fight With Myself ter estado no top cinco, você sente que agora você está mais engajada do que nunca para acabar pegando uma boa posição nos charts?
Plastique: bom, eu não seique fenômeno aconteceu comigo, mas antes de Fight With Myself eu sentia preguiça de divulgar quando chegava no top quinze. Aí eu desacelerava meu ritmo e acabava sendo aquele desastre em charts que vocês conhecem bem. Mas agora, eu começo a ficar com preguiça só depois que eu chego no top dez, então acho que eu estou finalmente evoluindo como alguém que enoja qualquer tipo de charts.
Wendy: então agora você acha que tem um certo lado bom na fama que você não tinha visto antes?
Plastique: sim, ter pessoas pedindo as minhas músicas nas rádios, ter pessoas me pedindo autógrafo e ter mais gente que me reconhece na rua como antes é algo ótimo, dá a sensação de cumprimento de seu trabalho. Ainda mais que... Eu acabei ficando famosa sendo eu mesma. Eu não precisei fingir nada para ninguém, as pessoas que estão dando seu stream para Plastique Condessa estão conhecendo a real Plastique Condessa, não algo moldado para fazer sucesso, tanto que eu considero o meu trabalho como artista bem inacessível se você parar para pensar... Então é algo que me faz ainda mais feliz com tudo isso que vem acontecendo.
Wendy: inclusive, vendo os resultados que teve o seu single, que foram bem superiores ao de seu maior hit Fight With Myself tendo pego posições altíssimas em pouco tempo, você acredita que Blood tem chances de ser literalmente o ponto ápice da sua carreira? Daqueles que, você sabe, são quase impossíveis de superar?
Plastique: bom, eu acredito sim que Blood vai ser um momento único, já que tem muito mais chances de pegar top 3 do que qualquer single meu jamais teve, mas eu espero que não seja o último momento. Até porque eu achei que Fight With Myself seria o último momento, o que prova que nós sempre podemos nos superar! Mas Blood com certeza é um momento que vai marcar toda a história da minha carreira, acredito que vai ser um divisor de águas na minha carreira.
Wendy: e o seu sucesso veio basicamente com o seu segundo álbum, não é? Você sente essa energia em outros artistas, que um segundo álbum sempre trás um pouco mais de força?
Plastique: comigo, eu senti sim. Eu acredito que o primeiro álbum acaba sendo sempre um teste, e não algo que vai te descrever como artista para o resto de sua carreira. Funcionaria mais ou menos como um rascunho. Eu lancei o MADEINCHINA e foi algo ótimo para mim, eu sinto que se eu não tivesse o lançado, eu nunca teria chegado ao resultado que o Behind The Sun chegou. MADEINCHINA foi algo que não foi tão pessoal, mas me serviu para abrir caminhos, foi durante a era MADEINCHINA por exemplo que eu fiz featuring com pessoas maravilhosas que acabaram pegando primeiro lugar em consequência. Apesar de não gostar tanto da sonoridade do meu projeto, eu gosto do que ele acaba significando de forma indireta. Ele simboliza o nascimento de Plastique.
Wendy: nossa, então se o MADEINCHINA representa o nascimento e o Behind The Sun uma forma de amadurecimento, tanto como pessoa quanto artisticamente, o que podemos esperar do terceiro álbum?
Plastique: olha, meu terceiro álbum é uma incógnita. Eu realmente não sei como eu irei executá-lo, mas eu sei que ele ainda vai demorar pra sair, justamente por causa que... Eu preciso de um “descanso”. Tipo, eu produzi dois álbuns inteiros de forma direta, foi um atrás do outro e sem descanso. Tipo, em dezembro eu estava finalizando a era MADEINCHINA com os dois últimos clipes da era, e em janeiro eu já estava retornando com Fight With Myself. Querendo ou não, isso cansa. Então, acho que depois que eu finalizar a era Behind The Sun que ainda vai demorar bastante, eu pretendo o fazer de forma relaxada. É até mais saudável para mim, sabe?
Wendy: e agora, um plano de turnês já está em seus pensamentos como dito em outras entrevistas, não é? Você pretende continuar lançando singles mesmo enquanto estiver em turnê?
Plastique: sim, pretendo, mas de uma forma menos acelerada. Por exemplo, nos últimos três meses eu lancei três singles já, e sendo que a divulgação de Natural Loneliness foi minúscula. Então, acho que eu irei dar intervalos maiores entre um single e outro, e pretendo já deixar algumas entrevistas pré-gravadas antes de sair em turnê, para garantir a divulgação dos singles.
Wendy: e você cancelou a era MADEINCHINA antes do tempo para entrar nessa era Behind The Sun, não é? Você tinha algum plano de lançar próximo single ou seria aqueles que você lançou mesmo?
Plastique: bom, Superficial estava planejado para ser single, e Subcelebrity ia ser um single promocional. Além disso, acho que não tinha mais nada planejado. Inclusive, foi lançado até o clipe de Superficial que estava pré-gravado, eu lancei juntamente com Am I Pretty Enough, tipo no mesmo dia. A única coisa que eu estava planejando e não cumpri além disso, foi uma turnê maior, mas como eu já tinha planos de engatar a nova era logo de cara, eu optei por fazer uma mini tour na Europa.
Wendy: e Behind The Sun foi um álbum com menos colaborações do que o MADEINCHINA, não é? Tipo, é um álbum totalmente solo e 100% das músicas foram escritas por você. Você acha que esse álbum funcionaria do jeito que foi se tivesse algum featuring?
Plastique: acredito que ele não funcionaria tão bem, principalmente por ser tratar de um álbum tão pessoal e pelo álbum tratar uma questão totalmente minha. Seria muito estranho eu chamar alguém para cantar os meus sentimentos, coisa que não aconteceu com outros projetos, que não foram tão pessoais. Em L.A.T.I.N.A eu estava falando de um preconceito que pessoas latinas sofrem na América, era um problema coletivo, então era ok chamar alguém para cantar comigo e eu escolhi a Brinna. Em Dollfxck, a letra era bem genérica e bem do estilo pop music mesmo, então também estava tudo bem chamar a Lazuli para gravar comigo. Agora, eu não consigo imaginar nenhuma música do Behind The Sun sendo cantada com feat. Tipo, me incomoda, sabe?
Wendy: então você acha que se seu álbum tivesse alguma colaboração com qualquer artista, ele faria menos sentido e não teria tanta empolgação dos seus fãs ou até mesmo da crítica?
Plastique: sim, acredito. Tanto que nessa era eu dispensei até mesmo remixes, que eram uma coisa muito comum na promoção dos meus singles. Esse projeto em especial decidi fazer totalmente sozinha, até mesmo para provar para mim mesma que... Eu sou capaz de ser bem sucedida sozinha, e que eu não preciso de ninguém para me levantar até chegar em um top cinco por exemplo. Então, é um álbum feito por mim, para mim. E acredito que só eu consigo interpretá-lo totalmente.
Wendy: e você ficou com medo de acabar, de alguma forma, sendo incompreendida ao falar dos seus sentimentos?
Plastique: ai Wendy isso é sempre difícil né, principalmente para mim que não conseguia me abrir em nada nas minhas músicas. Eu fiquei com muito medo das pessoas acabarem não me entendendo, ou me interpretando mal, e em consequência acabarem me julgando por isso. Mas, acabou dando tudo certo e as pessoas compreenderam minha mensagem, e eu fiquei literalmente pasma em quanta gente se identifica com algo que, para mim, era totalmente pessoal. Então, eu não podia estar mais orgulhosa do meu trabalho, ainda mais que é o meu maior trabalho em tudo, tanto em questão da crítica, já que eu nunca tinha recebido uma nota acima de oitenta em toda a minha vida, então um oitenta e três foi uma superação, quanto na questão de charts mesmo, eu nunca imaginei que algum dia chegaria onde cheguei, e eu não podia estar mais ansiosa sobre o que pode vir para mim nesse momento da minha vida.
Wendy: você lançou um clipe essa semana, clipe esse que acabou rendendo muita polêmica para você por conta do conteúdo quase explícito do clipe. Você acha que lançar clipes em sua maioria polêmicos desse jeito, interfere em algo no seu desempenho? Você acredita que derruba de alguma forma?
Plastique: não, porque quanto mais polêmica eu sou, mais pessoas estão falando de mim. Eu não ligo se estão falando mal de mim, eu acredito que propaganda negativa ainda é propaganda. Então, em algumas pessoas, principalmente se estivermos falando de conservadores, eu desperto sim um pouco de ódio nessas pessoas e é inegável. Mas eu desperto ódio justamente por ser transgressora, não importando se eu estou fazendo militância ou fazendo músicas sobre a minha depressão. Então deixe que ataquem, eles só não estão acostumados comigo. Eles não estão acostumados com coisas diferentes, e que ferem aquilo que eles julgam como certo.
Wendy: uau, então veremos ainda mais dessa Plastique totalmente polêmica que não tem medo de fazer barulho?
Plastique: vocês sempre vão ter essa Plastique. Ainda mais agora que eu estou no ápice, porque... Eu não vou me moldar apenas porque eu estou fazendo mais sucesso agora. Eu vou continuar sendo a Plastique Condessa de sempre. Até mais punk do que eu era, porque... Agora eu canto punk mesmo, né?
Wendy: Plastique, agora para finalizar a entrevista, você poderia nos conceder uma performance de suas músicas?
Plastique: óbvio que sim!
*Plastique Condessa performa Blood e I Met The Dark. A plateia aplaude a cantora após a performance, e Plastique vai dar um abraço em Wendy.*
Wendy: e essa foi Plastique Condessa, e assim, nós finalizamos o programa. Uma boa noite e até a próxima!
E então, o programa acaba.