Post by bad_barbie on Apr 21, 2020 20:11:58 GMT -3
Plastique Condessa esteve hoje ainda nos Estados Unidos, em sua grande turnê de divulgação de seu último álbum de estúdio, Behind The Sun, que saiu no domingo após a cerimônia do Grammy Awards de dois mil e vinte. Além disso, a cantora latino-americana está, também, divulgando seu último single Blood, que recentemente tem atingido novas posições de sucesso, fazendo com que a cantora seja chamada para cada vez mais programas de televisão.
O programa da vez a chamar a cantora foi o Seth Meyers; o famoso talk show, talvez um dos mais famosos do mundo, a chamou para a entrevista, que foi dividida em tópicos sobre a sua vida pessoal e sobre a sua carreira. O programa começa de forma convencional com Seth Meyers entrando e apresentando um monólogo; então, logo após esse ato, o famoso apresentador chama Plastique Condessa para o palco, que é imediatamente ovacionada pela plateia em puro fervor. Plastique está vestida para essa ocasião com roupas que ela costuma usar quase sempre; ela estava usando jaqueta de couro cheia de spikes, uma camiseta de uma banda dos anos noventa com qual a cantora tem muita afinidade artística. A cantora também usava botas de cano alto, que também é algum comumente já usado por Condessa.
Então, Plastique cumprimenta Seth com dois beijos no rosto para, então, a entrevista finalmente começar.
Seth Meyers: então estamos aqui com Plastique Condessa, que tem sido uma das maiores revelações na mídia do ano de dois mil e vinte. A cantora já tinha alguns projetos lançados desde dois mil e dezenove, mas alcançou a fama apenas agora. Inclusive, você já esteve aqui antes por conta de hits que você teve em featurings de músicas de outros artistas, que a deixou já inicialmente famosa no final do ano passado. Como você se sente finalmente tendo essa sensação de ter alguns sucessos solo?
Plastique Condessa: eu posso dizer que é uma sensação incrível. Eu acredito que eu tenho muitas músicas boas também que eu canto solo que mereciam fazer sucesso, e querendo ou não, mesmo sendo uma cantora que sempre tinha amado a iniciativa underground, tipo aquela coisa de não querer fazer sucesso e tal, é muito bom ser reconhecida pelo meu próprio trabalho, ainda mais quando estamos falando de um projeto como Behind The Sun, que tem sido o projeto da minha vida em questão de tudo.
Seth Meyers: e você está usando uma camiseta bem peculiar. Você pode se dizer uma fã de rock dos anos noventa? Porque... Não é a primeira vez que você aparece usando uma roupa de bandas famosas dessa década. Você parece ser muito fã, principalmente, das bandas femininas, não é?
Plastique Condessa: totalmente! As bandas femininas de rock dos anos noventa são minha inspiração todos os dias para continuar nessa jornada rock n roll que eu estou. Desde o MADEINCHINA na verdade, eu falei sobre a vida de excessos dos anos noventa em Cocaine Grunge Party, que é inclusive uma das minhas músicas preferidas do MADEINCHINA. A estética grunge me fascina muito, e fico realmente muito triste em pensar que muitos dos meus ídolos se foram por conta desse estilo de vida totalmente inconsequente. Inclusive, talvez eu até pense em usar grunge no meu próximo álbum, mas é só uma ideia ele é completamente incerto ainda, eu nem sei como eu vou fazê-lo.
Seth Meyers: sim, inclusive, você já começou a escrever alguma ou está literalmente sem nenhuma música?
Plastique Condessa: eu fiz alguns rascunhos do que poderia ser o meu último álbum, algo tipo para fechar a minha carreira com chave de ouro. Mas eu não consigo pensar em nada que eu possa fazer para isso. Então, eu decidi que vou aproveitar o Behind The Sun enquanto estiver na era dele, e depois eu penso em como eu vou fazer meu terceiro álbum. Mas acredito estar no auge da minha composição, e brevemente eu vou ter alguma boa ideia e dou mais informações para vocês.
Seth Meyers: espera, então tem as chances de seu terceiro álbum ser o álbum final? Por que você tomou essa decisão de fechar a sua carreira tão cedo?
Plastique Condessa: porque eu acredito que não se força algo, sabe? Eu estou conquistando tudo que eu quero nos últimos tempos, e continuar seria forçar algo para mim. É melhor que eu acabe a minha carreira com um álbum que eu considere o meu melhor trabalho, do que ficar forçando uma carreira de mais de vinte anos por exemplo e acabar perdendo a qualidade em algum momento. Fora que... Eu já tenho dinheiro para viver confortavelmente o resto da minha vida, e acredito que eu posso explorar outras áreas desconhecidas, e não quero me limitar. Também eu acredito que eu preciso me afastar dessa vida de celebridade e viver uma vida mais discreta. Talvez eu até lance um quarto álbum, mas se isso for acontecer, vai ser depois de muito tempo parada.
Seth Meyers: e essas outras áreas, tem alguma coisa relacionada ainda com sua carreira artística?
Plastique Condessa: sim, eu pretendo ainda ir para o cinema, mas também quero fazer faculdade de música, então pelo menos enquanto eu estiver fazendo faculdade eu não quero estar em uma carreira também, porque ter uma carreira musical famosa exige muito. Tipo, você tem que estar sempre viajando, sempre em entrevistas... Eu quero dar toda a atenção para o meu aprendizado.
Seth Meyers: então, onde você espera estar daqui a cinco anos por exemplo, já que não pretende seguir a carreira de cantora?
Plastique Condessa: provavelmente eu vou estar morando em um daqueles países menores da Europa, tipo a Hungria que é um lugar onde eu quero estar morando. Eu vou estar com vinte e seis anos, então acho que eu já vou estar em algum namoro, seja com homem ou com mulher, para mim tanto faz. E eu acho que não vou largar totalmente a minha carreira musical, eu pretendo trabalhar muito mais como compositora do que como cantora de fato. Compor é realmente a minha paixão, e se eu puder passar o resto da vida compondo eu vou. Mas como cantora acredito que acaba no meu terceiro projeto mesmo.
Seth Meyers: desde quando você compõe? Porque você já tinha uma carreira antes de ser conhecida como Plastique Condessa, então você deve ter anos como compositora.
Plastique Condessa: a primeira música que eu compus foi quando eu tinha quatorze anos, e tinha ficado horrível. Tipo, muito ruim. Mas, na época, não me parecia tão ruim então decidi procurar uma gravadora que me quisesse, e eu achei. Lancei uma mixtape horrível que hoje eu olho as composições e penso “como car*lhos um dia eu achei isso bom?” mas ainda assim lancei. Eu só comecei a compor algo que eu considerasse bom quando tinha uns dezessete ou dezoito anos, e fui evoluindo até chegar aos dias de hoje que eu acho que estou no ápice da minha composição. Minhas letras nunca foram tão boas, mas óbvio que eu ainda tenho muita coisa para melhorar, e espero que eu melhore. Inclusive, gosto mais de mim como compositora do que como cantora.
Seth Meyers: nas próximas semanas, como você acha que vai ser o desempenho de Blood, já que é a sua primeira música a atingir o top três nas paradas mundiais, superando até mesmo Fight With Myself?
Plastique Condessa: bom, é meio inesperado isso, eu já estava aceitando que provavelmente a música ia cair quando chegasse no quarto lugar outra vez, mas agora eu acho que o meu objetivo é ter o meu tão esperado primeiro lugar solo, não é mesmo? Tipo, eu desistir quando eu estou tão perto de consegui-lo seria burrice. E eu acho que quando isso acontecer, eu vou sossegar e não vou mais me estressar tanto para pegar alguma posição. Eu estou realmente ficando pasma com as conquistas que eu tenho feito na era Behind The Sun, estão acontecendo coisas que eu nunca imaginaria que acontecessem comigo, ainda mais com um álbum tão pessoal quanto esse.
Seth Meyers; aliás, Blood é uma das músicas com instrumentais mais pesados do álbum, também uma das músicas mais agressivas. Você pretende escolher uma música menos agressiva do álbum para usar de próximo single?
Plastique Condessa: em questão instrumental, sim, já que eu tenho trazido instrumentais pesados em meus singles desde o início da era, como é de se ver em Fight With Myself, Natural Loneliness e Blood que são músicas bem pesadas, pelo menos em algum momento. Mas também não quero escolher uma das faixas que representam a utopia do início, pois eu não acredito que elas realmente descrevam a energia do álbum, que é uma energia muito pesada já que é um álbum que fala sobre depressão e sobre alguns problemas psicológicos que eu enfrento. Então, acho que se eu for lançar uma dessas, vai ser por último.
Seth Meyers: aliás, qual a motivação para a escolha do nome do álbum, “Behind The Sun”? Qual foi a simbologia por trás do nome?
Plastique Condessa: ok, senta que lá vem história. Para mim, algo que está escondido do sol é algo sem esperança. Porque... Se você parar para pensar, o sol é algo a única coisa que nos segura para que não entremos em colapso, já que, sem ele, é questão de cinco minutos para que tudo seja destruído, ou até menos. Rios secam, as plantas morrem, a Terra vira um lugar insuportável para viver. Então, eu decidi fazer esse álbum sob essa perspectiva, pensando que a partir do momento que nós perdemos algo que é o epicentro para a nossa existência, tudo acaba, então nós temos que procurar a luz do sol novamente, ou uma nova luz para nossa vida. O álbum gira em torno disso, já que só quem tem depressão sabe do que estou falando. Por isso que eu acho Spring a minha melhor música, porque... É quando você percebe que a crise é o próprio epicentro.
Seth Meyers: nossa, e por que você consideraria a crise o epicentro?
Plastique Condessa: porque a crise é o que nos move. Sem a crise, nós ficamos estagnados na vida. A crise é um passo necessário para qualquer mudança, é como eu digo na música, quando estamos incomodados é quando mais sentimos vontade de mudar.
Seth Meyers; então, esse álbum é mais profundo para você do que para o resto das pessoas?
Plastique Condessa: esse álbum é simplesmente eu me abrindo para todos, sem medo de me julgarem, ou acharem que eu sou louca. Então, sim, para mim ele é mais profundo e importante do que para qualquer pessoa, só eu realmente entendo o que ele significa quando eu resolvo ler as letras, e sei exatamente em qual momento eu escrevi cada letra. E ainda tem uma unreleasead que eu pretendo lançar, chamada “Tear Stained Pillow”, que é também uma das músicas mais profundas sobre mim.
Seth Meyers: agora falando sobre a época onde você ainda não era a Plastique Condessa, qual foi seu primeiro impulso para criar esse personagem que te levou a fama mundial?
Plastique Condessa: a Plastique Condessa surgiu após eu escrever a primeira música do meu álbum, que simulava uma garota plástica. A música nem foi lançada, foi um descarte do MADEINCHINA, o nome da música era literalmente Plastique Girl. Pois bem, até aí eu ainda era a Lupita, e escrevi essa música ironicamente. Então deu algum delírio na minha cabeça que eu comecei a pensar que essa garota da música parecia tipo uma “rainha das plásticas”. Então, eu comecei a pensar sobre isso, em como ela parecia ser de uma realeza estranha onde todos eram pessoas plastificadas, então foi pensando nesse conceito que surgiu a Plastique Condessa. E hoje, a Plastique Condessa que começou como um personagem acabou se fundindo com a minha versão real e hoje em dia Plastique Condessa sou eu. Literalmente, acho que desde antes mesmo do MADEINCHINA ser lançado, eu já tinha parado de interpretar Plastique como um personagem.
Seth Meyers: meu deus garota... COMO você conseguiu puxar um pensamento a outro desse jeito?
Plastique Condessa: pois bem é isso que acontece quando você é meio demente da cabeça e seu cérebro funciona de uma maneira completamente BIZARRA. Meu cérebro acaba puxando um pensamento, a outro que vai a outro, e acaba formando uma coisa completamente diferente do que eu tinha pensado no início. Foi assim que eu transformei um EP de Trash Music no que hoje é um álbum profundo e pessoal como o Behind The Sun. Tipo, eu não lembro o que eu pensei no meio entre o pensamento inicial e o final, só sei que mudou completamente e deu certo eu acho...
Seth Meyers: agora vamos dar uma pausa para os nossos patrocinadores... Aracy, o que tanto falam desse tal de Ômega 3?
Aracy: a Toptherm traz pra você o legítimo Ômega 3, o remédio que ultrapassou fronteiras do Brasil direto para os Estados Unidos! Com ácido graxo essencial, extraído de peixes de águas frias e profundas da Noruega. Bom para o cérebro, bom para o coração, o Ômega 3 auxilia na manutenção do colesterol, diminuindo o risco de ataques cardíacos. O Ômega 3 associado a alimentação saudável e atividade física, aumenta a expectativa de vida com muita saúde!
Ligue zero oitocentos, sete, sete, zero, sete, nove, zero, zero. Peça seis frascos e receba um porta cápsulas! Peça um segundo kit, tem cinquenta por cento de desconto. É aposentado? Tem mais de sessenta anos? Promoção especial para você. Ligue zero oitocentos, sete, sete, zero, sete, nove, zero, zero.
Seth Meyers: pois bem, voltando agora, Plastique você esteve em quarentena e esteve divulgando de dentro de casa mesmo, e ainda assim você conseguiu ter um debut bom no top dez. Você acha, então, que essas novas mídias como forma de divulgação, tem funcionado melhor?
Plastique Condessa: eu acredito que não estejam funcionando melhor, eu acredito que não importa o lugar que você divulgue seu trabalho, divulgação é divulgação. Se você está divulgando na internet, em rádios, em televisão, todas funcionam da mesma maneira. Eu acredito que toda forma de mídia é válida, até mesmo as formas de mídia negativa. Todas servem para aumentar a popularidade e um artista.
Seth Meyers: inclusive, você acha que outros artistas em algum momento, vão aderir essa nova forma de divulgação, por meio da internet, rádios, e menos divulgação por meio da televisão?
Plastique Condessa: acredito que não, aho que isso é uma coisa minha de não querer parecer em programas de televisão. Acredito que só eu mesmo na indústria que frequento bem menos programas de TV, eu acho que quando eu comecei a fazer isso por conta da quarentena acabei me acostumando, e agora estou preferindo muito mais divulgar o meu trabalho pela internet, raramente eu apareço em público.
Seth Meyers; e para finalizar, quais são as suas ambições para o próximo single?
Plastique Condessa: eu espero que tenha o mesmo desempenho que Blood está tendo e que Fight With Myself teve, mas eu não garanto que isso aconteça hahah talvez eu deixe as divulgações um pouco menos massivas.
Seth Meyers: poderia nos conceder uma performance?
Plastique Condessa: claro!
*Plastique canta Blood e I Met The Dark e a entrevista acaba*