Post by aquaphorrecords on Apr 22, 2020 23:57:50 GMT -3
Radio Pan: Já estamos ao-vivo? Estamos ao vivo! Hêeeeh! Boa noite galera, vocês estão agora conectados a Rádio Pan, estamos ao vivo daqui do Rio de Janeiro, e com uma convidada in-crí-vel, que a gente já vem divulgando a semanas! Ela traz hit, traz aclamação, tá em tudo quanto é canto e vai vir com tudo no Rock in Rio. É ela, pessoal! Norma Claire!
Norma Claire: Oi pessoal, boa noite. Tá uma noite lindíssima aqui, tá sendo fantástico viver essa experiência no Rio de Janeiro. Muito obrigada, mesmo! Eu estava ouvindo a programação especial do Rock in Rio de vocês e achei sensacional!
Pan: Estamos sendo elogiados pela Norma Claire! Alguém me segura que eu vou desmaiar (risos). Acho que o dia mais aguardado que hoje tá sendo o Rock in Rio, né?
Norma: Até eu tô ansiosa! É minha primeira vez me apresentando num evento mais informal, com produção menor, a céu aberto. Até agora só me apresentei nessas premiações chiques! É minha primeira vez com o povão, tô a 220 e simplesmente nos nervos. Não quero errar! Eu venho ensaiando já faz uns meses (risos). Como eu já venho dizendo, inclusive quando comentei lá na rádio coreana, o dia do Rock in Rio vai ser bem mais que isso. Vai ser um passo praticamente imenso na minha carreira, vou fazer anúncios. Tô aproveitando o privilégio da não-existência do coronavírus por aqui e finalmente tendo a oportunidade de abraçar meus fãs com todo o amor e saudades do mundo.
Pan: Alerta fofura (risos)! A gente preparou um programa talvez meio polêmico pra você. Queremos comentar sobre cada um que vai se apresentar no Rock in Rio, juntinho com você! E nos outros dias também. E o desafio é: tentar cantar pelo menos um trecho de cada um desses artistas. E aí, encara?
Norma: Opa, super encaro! Pode mandar!
Pan: Vamos começar com uma das principais do dia 1, provavelmente uma das mais aguardadas: Nina Chain! E ai, o que acha dela?
Norma: Acho Nina uma artista gigante. Ela quebrou barreiras, alcançou números nunca antes vistos. Embora eu produza e cante pop, não me identifico com o pop que ela produz. Mas é algo bom, e não é atoa que faz tanto sucesso. Seu rosto está sempre estampado, seu esforço pra estar presente é notável, até demais. Como música, eu a admiro e parabenizo, mas não me identifico e consumo com frequência. E como pessoa, não posso comentar muito. Não a conheço bem, conversamos poucas vezes. Mas sempre falam bem dela. E pra cantar, é simplesmente impossível eu não citar o maior hit dela, se não um dos maiores dos últimos anos: Dream!
Rapidamente e sobre o instrumental pré-gravado, Norma Claire canta o refrão do hit Dream, com bastante ânimo.
Pan: Uaaaaaau! Pessoal, Norma Claire cantando o hit Dream, da Nina Chain! Sucesso, né? Você espera ter um hit assim um dia?
Norma: Com certeza não (risos). Jamais terei o mesmo empenho, sorte, seja lá o que for. Só espero ter o mesmo reconhecimento um dia. Acho que essa é a meta de qualquer artista da atualidade.
Pan: Agora, falemos de Brie! Envolvida em polêmicas, as vezes sumida, as vezes nos holofotes. O que acha dela?
Norma: Minha relação com Brie é um pouco estranha, na verdade, quase inexistente. Me lembro vagamente de ter ouvido seu álbum debut, o Aurora, mas não foi algo que me marcou e que lembro tanto pra estar aqui dizendo. Quase nunca ouvi suas músicas, mas estranhamente, a conheço. Pode ser talvez pelos conflitos com Elliot, aliás eu vivia dando broncas nele e tentando entender com quem diabos ele estava brigando e o porquê. Também a conheço por suas colaborações com outros artistas, como Rose Carter e Nina Chain. Hm, acho que não consigo lembrar de uma música dela pra cantar...
Pan: Acontece, né? Agora, seguindo a ordem dos anunciados, temos uma artista meio descoladas, com hits ótimos, muita qualidade e carisma. Alguma suspeita de quem seja?
Norma: Nossa, eu não faço ideia (risos). Pela descrição, acredito que seja a Plastique Condessa?
Pan: Nós vamos tocar uma música dela e se você souber, você canta junto.
A rádio começa a tocar o instrumental de Believer. Norma solta uma gargalhada, bastante surpresa, e então começa a cantar seu atual single de divulgação, muito surpresa e com uma animação contagiante. Diferente das outras, esta ela faz questão de cantar do início ao fim, se arriscando em high notes.
Pan: Vamos seguir! Uma amigona sua, a grande Liebe!
Norma: Amo a Liebe! Vejo um pouco de mim nela. Seu jeito inocente de ver o mundo e como ele funciona. Eu também era assim. Gosto de como ela me maqueia, me veste. É com certeza um ícone. Prefiro não me posicionar sobre suas polêmicas na internet a fora. Mas eu a conheço como ser humano e posso afirmar que ela é um ser humano lindo. Ela erra, tem muito que melhorar, assim como todos nós. Mas é uma garota, muito talentosa por sinal. Eu gosto daquela assim:
Norma Claire canta o refrão de Hello Kitty, o hit adolescente e chiclete da cantora. Ela se controla pra não rir com a letra, mas o refrão passa rápido e ela aplaude no fim.
Pan: O próximo é aquele, tão produtor quanto você. Um alguém com colaborações incríveis: Klaus Henderson! O que acha dele?
Norma: Eu conhecia o Klaus antes de nós dois começarmos essa vida de celebridade e sermos reconhecidos mundialmente como produtores. Eu, como uma figura presente no mundo dos bastidores, digamos assim, logicamente o conhecia e tenho propriedade pra dizer. Klaus é um ser humano invejável! Criativo, você vê como ele trabalha BEM com idéias que qualquer outro ser humano jamais teria. É realmente inexplicável. Posso listar várias músicas dele que amo e muito, mas prefiro tocar a sua atual, com outra cantora que extremamente admiro, a Kierah. Ela não é muito conhecida, mas se chama The Clock e merece muitíssimo reconhecimento. O refrão é mais ou menos assim:
Cantando acapella pela música ser tão indie que a produção da rádio nem tinha o instrumental, Norma Claire não choca com seus vocais impressionantes ao cantar a vibrante música do aclamado produtor.
Pan: Vocês se ajudam quando produzem músicas?
Norma: No comecinho, sim! Estávamos ainda ganhando experiência nesse meio. Mas hoje já crescemos, somos profissionais e seguimos caminhos diferentes. Mas eu o adoro, ele é uma pessoa incrível e melhor ainda como produtor.
Pan: O próximo artista é asiático, se não me engano, o único além de você que vai se apresentar no Rock in Rio. Imagino que já até saiba quem é.
Norma: Impossível não saber! Sou fã do k-pop e do hip-hop, e já faz anos que não vejo algo tão bom. Por incrível que pareça, a cultura musical japonesa está conseguindo ter mais destaque, como é o caso da lendária Reiko e da minha amiga Glinda Lovegood. Mas a música coreana é igualmente boa, afinal, subestimada! Amo o KJ, o conheço a poucos meses, e assim como a Liebe, posso dizer: Ele é jovem, erra, tem muito a aprender e crescer. Mas admiro e muito seu talento. No pouco tempo que fiquei e vi a internet do Brasil, vi que um pequeno público consome o mercado coreano. O que é até compreensível, já que o mercado latino também é enorme e fantástico! Mas sério, dêem uma chance! Pra mim, pro KJ. Sei que vão amar.
Norma Claire então canta o debut single do cantor, Boss. A animação contagiante da música faz a audiência da rádio subir ainda mais.
Pan: E finalmente chegamos ao dia 2. Você ainda estará aqui ou vai embora?
Norma: É claro que vou ficar! O dia 2 terá, particularmente, meus artistas preferidos. Meus amigos próximos. E eu não quero ir embora do Brasil nem tão cedo. É lindo, contagiante. Eu amo esse lugar.
Pan: A headliner é a grandiosa Rose Carter. O que tem a falar dela?
Norma: Bem, vamos lá. O caso da Rose é especial porque ela não é minha artista pop preferida, mas é a que mais consumo. A realidade é que eu fico quase 24h ouvindo todos os tipos possíveis de música, e pop não é um tipo que fica lá no topo. Acho ela um doce de pessoa como ser humano! Nós conversamos, nos gostamos, comemoramos juntas. Inclusive, produzimos! Não posso falar mais a respeito, mas a minha amizade com a Rose não é tão rasa quanto eu pareci dizer aqui. Preciso cantar seu maior hit, aquele que começou sua trajetória por aqui:
Norma não se arrisca em cantar o refrão de Perfect Storm, sempre no tom certo. Sua voz cantando seria bem semelhante a de Rose se não fosse por seu sotaque árabe e seu timbre mais arranjado.
Pan: Nossa próxima artista... bem, digamos que aclamação é uma palavra que a define como ninguém! Podemos chama-la de lenda, mas também podemos chamar de Agatha Melina. E aí?
Norma: Nossa, nem restam palavras pra falar! Acho que só suas 7 best new tracks falam por si só, né? Eu, mesmo como produtora, as vezes me incomodo um pouco com o pesar nos instrumentais da Agatha. São aquelas músicas que você ouve e o coração até bate mais devagar. É lindo, profissional, mas talvez eu seja sensível demais. Mas seu talento é simplesmente inegável, né? Aliás, amei seu novo single e estou mega ansioso pro novo álbum! Me parece ser ainda mais pesado, mas não existe nenhum desafio musical que eu não tente enfrentar. Gosto de me permitir, experimentar, e Agatha é certamente a que mais me traz essa sensação.
Cantando a música atualmente em primeiro lugar nas paradas musicais, Regret, Norma Claire tenta cantar com o pesar de Agatha Melina, mas dá uma leve falha. Nada que lhe atrapalhe demais, mas os fãs aclamam.
Pan: A próxima é uma artista que nós sabemos que é uma amiga próxima sua. Ela trouxe literalmente um dos melhores álbuns do ano, trouxe hits, trouxe coisas nunca antes vistas. É lindo, emocionante. Nós da Pan sempre tocamos ela aqui na programação, e não dispensamos elogios pra falar da queridíssima Plastique Condessa.
Norma: Aha! Eu sabia! Assim que você falou sobre o melhor álbum do ano, eu sabia que estava falando da Plastique Condessa. A performance pela qual eu mais estou ansiosa definitivamente é a dela. Desde o primeiro álbum a Lupita mudou muito, sabe? Vi cada faceta dela, e a forma que ela nos mostra isso, esse sentimento, não tem outro igual. Pode não parecer, mas ouço e produzo rock e posso dizer que o que ela faz é o de maior qualidade! Eu simplesmente não posso sair desse jogo sem cantar a música que tem uma das melhores letras que eu já vi.
Pra não sair do clima clean da live, Norma canta acapella o refrão do atual single da cantora Plastique Condessa, Blood. Ela usa de seus vocais pra trazer o lindo pesar da letra, fazendo a audiência subir ainda mais.
Pan: Outra rockeira, outra que você conhece, e que se segundo boatos, por pouco não teve um pé na Aquaphor Records. Fala sobre a nova estrela, Banshee!
Norma: Banshee! É uma surpresa, eu não sabia que ela iria se apresentar no Rock in Rio! Vai ser ótimo assisti-la também, a propósito, se tem algo que ela sabe fazer e eu vi com os próprios olhos foi o fato de que ela é uma grande performista! Banshee sabe ser experimental, talvez um pouco agressiva, mas traz verdades difíceis de aceitar, e talvez isso seja seu grande diferencial nessa indústria. Ela não tem medo de ser ela mesma, e provavelmente, entre todos esses que a gente listou até agora, é a que mais se abre, sabe? Vejo uma verdade imensa em cada passo dela. Vou cantar uma música que nós duas temos em comum: Torn! Foi uma coincidência que eu amei!
Depois de cantar Torn, o programa passa por uns comerciais, um deles anunciando o single-album Make me Believe. Depois, volta-se a programação normal.
Pan: Hm, o próximo artista... é diferente, meio versátil. Eu vou poupar palavras. Jack McDeer!
Norma: Nossa, o Jack... eu não o conheço sem a roupa, acho que é um animal de verdade (risos). Hm, eu não... não sei como ele é e suas músicas... eu não sei cantar. Mas eu amo muito seus clipes! Isso é um fator, né?
Pan: Acho que a galera aqui do Brasil ainda vai passar a conhece-lo. Mas estamos chegando ao fim do dia 2 com uma banda que você conhece, e conhece bem! Norma, fala pra gente sobre os grandiosíssimos Shadows of the Night.
Norma: (Risos). Eles são espetaculares! Eu adoro, muito muito mesmo! Me dou bem com todos, amo os lançamentos, amo produzi-los. Dá um prazer, sério mesmo! Quando chegamos no estúdio, 90% do nosso tempo é rindo e falando besteira e o tempo que resta nós produzimos. É por isso que o álbum tá demorando pra sair! Vou cantar Paradise deathhh, que foi uma das minhas prediletas pra produzir.
Com um rock mais leve, o instrumental é permitido e Norma canta sobre ele, sorrindo o tempo inteiro por se lembrar dos amigos. Ela estala os dedos, dando um flow a mais no refrão da música.
Pan: Chegamos ao dia 3! Yeeeeh! Esse dia se destaca por ter vários artistas latinos, e como headliner temos a grande Wylla Gomez. E aí?
Norma: Conheço vagamente, tivemos eventos nas redes sociais e em algumas premiações... nada significativo. Acho que a única música que eu conheço é Cant Remember how Forget You, mas não me lembro muito da letra. Imagino que o Brasil a ame muito. Me desculpa pessoal.
Pan: E a Mirella Chain? Conhece ela? Ela é a próxima da listinha e vai se apresentar no Rock in Rio. Ela é famosa por cantar funk.
Norma: Eu conheço o funk! Ouvi um pouco quando ainda agenciava o Elliot. Mas não conheço a Mirella, nunca ouvi falar. Bem, vai ser um prazer ouvir e ouvir ao vivo.
Pan: A próxima é novata no nosso cenário latino, mas já conquista um pequeno público e tá tendo a chance de se apresentar pro Brasil e pro mundo. Se chama Celesté!
Norma: Uau, ela não é famosa por aqui? Eu a conheço sim, é amiga minha e da Williams! Puxa vida, jurava que ela estaria por todas as rádios a essa altura! Não conheço suas músicas, mas é uma pessoa mega dócil! Eu a adoro e adoro conversar com ela. Brasil, dêem uma chance a ela, ok? Estou ansiosa para vê-la no Rock in Rio! Tenho certeza que é uma artista e tanto.
Pan: A rainhazinha do indie e das músicas lentas, se encaixou nesse evento e tá vindo com tudo! Jane Dyan!
Norma: Ela é um amor! Foi outra que por pouco chegou a minha gravadora, na verdade, ainda estamos falando disso. Não é famosa pelo povão e muito menos mainstream, mas tem um ótimo conteúdo! Super coesinha, dá vontade de ouvir sempre mais. Eu conheço uma música da Jane, que ouvi por acaso. É doce e ao mesmo tempo, política. Lá vai:
Norma Claire canta com um admirável doce na voz, o single Looking for America, da cantora Jane Dyan. Sente-se a emoção na voz de Norma, que se entrega na linda letra.
Pan: E nossa última artista, provavelmente a revelação do evento, Nicky Doll! Chegou muito recentemente. Conhece?
Norma: Vi burburinhos, mas ainda nem tive tempo pra ouvir. Mas me interessa e muito ver uma drag queen no cenário musical. É inovador, é diferente de muito que vimos por aqui. É outra que faço questão de assistir a performance. Acho que vou ter que ficar aqui por um bom tempo, né? (Risos).
Pan: Graças a Deus! Norma, só mais uma perguntinha que eu aposto que todo, todo brasileiro quer saber. Você fala biscoito ou bolacha?
Norma: Biscoito, ué. Existe outra palavra?
Pan: Se a Norma falou, tá falado! Você assiste reality shows?
Norma: Sim! Eu sou viciada em realitys de confeitaria, uns de moda. Não sou chegadas nesses de pegação. Acho muito vulgar, realmente não é pra mim. Mas tem outros de variedades que amo, como o Big Brother! Eu soube da edição brasileira, em que Elliot participou, e tenho vontade enorme de assistir! Aliás, já até assinei a minha Globoplay.
Pan: Você é única! Uma peça nesse cenário musical.
Norma: Obrigada, de coração! É duro encarar isso. Uma mulher com hijab e sotaque forte surge de repente e as pessoas logo rejeitam. Mas aprendem a gostar. Não é lindo? Eu sinto que tive a sorte de vir no momento certo, em que as pessoas tentam evoluir e aceitar as diferenças. Tive a sorte que outras cantoras muçulmanas não tiveram, e sou muito grata por isso. Grata por esse espaço, essa atenção.
Pan: Norma, que prazer imenso foi te ter aqui! Enfim chegamos no fim da lista.
Norma: Poxa, mas já? Queria dizer que foi ótimo participar, me diverti muito, amei cantar, me divertir com vocês. É uma animação que contagia, de verdade.
Pan: Esperamos que você fique bastante aqui no Rio e aproveite cada detalhe! Esse lugar tem muito a oferecer.
Norma: Obrigada, obrigada mesmo! Boa noite pessoal!
Pan: Boa noite galera, fiquem com Believer, da Norma Claire! Até amanhã, ás 8 horas da manhã, com nosso podcast Jovem Pan. Bye
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