Post by bad_barbie on May 15, 2020 23:48:40 GMT -3
Plastique Condessa esteve hoje na FX 99.1 FM para a estreia de seu novo single, I Met The Dark, que foi lançado com antecedência por conta de problemas técnicos que a cantora teve. Após passar em torno de quinze dias sem dar notícia nenhuma por estar isolada em sua casa, Plastique aproveita e concede para a rádio uma entrevista exclusiva sobre como tem sido esses últimos dias.
Nós estamos aqui com uma das maiores cantoras de Rock da atualidade, que hoje acaba de lançar o quarto single de seu segundo álbum de estúdio, Behind The Sun, e que anda bem sumida nos últimos tempos. Plastique, o que você tem feito nesse tempo que você esteve fora?
Então, eu estava em quarentena por conta do COVID-19 após o cancelamento do Rock In Rio e o cancelamento de todos os eventos por três semanas. Nesse tempo que eu estive parada, andei fazendo muita coisa, tipo refletir na vida e coisas assim, eu passei essa temporada em um apartamento em Nova Iorque que eu aluguei apenas durante essa pausa porque é MUITO ESTRANHO você ficar sozinha em uma mansão, é tudo silencioso até demais porque o lugar é enorme.
E como acabou sendo essa experiência para você, de voltar a morar em um apartamento pela primeira vez em tanto tempo desde que você ficou rica e comprou sua mansão em Nova Iorque?
Foi como voltar às raízes, sabe? Voltar para aquela garota da época de Catholic Boy que produzia as suas músicas em um notebook em um apartamento pequeno. Mas também passei muito perrengue porque eu já estava acostumada com a vida boa que eu tinha adquirido nos últimos meses, e ter que voltar para minha dieta antiga de Cheetos, comida industrializada e serviço delivery foi estranho. Mas a gente sobrevive, não é mesmo? Em tempos de Corona não podemos exigir muito...
Essa quarentena rendeu alguma produção nova, ou alguma ideia para o clipe o novo single que você lançou hoje?
É estranho, porque antes da quarentena, eu já tinha metade do meu clipe pronto, que foi uma parte que gravei na Califórnia antes mesmo do Corona. Mas chegou até o dia de hoje e eu tinha adiado tanto a gravação da segunda parte do clipe, que agora eu já não podia mais sair de casa e pretendia lançar o single logo depois. É nesses momentos que você percebe que não tem muito o que fazer a não ser gravar o resto do clipe dentro da própria casa, né? Então, eu não sou muito de dar spoiler dos meus clipes, mas esse vai ter umas partes que foram gravadas literalmente ali na minha banheira, ou na minha cama, ou mesmo no sofá aqui de casa.
E você tem preferido esses clipes um pouco mais intimistas, que não eram muito vistos em suas eras passadas como é de exemplo a MADEINCHINA, onde todos os clipes foram frutos de superproduções suas.
Sim, esse já é o segundo clipe da era Behind The Sun que é gravado de uma forma mais intimista. Já tinha feito isso com Natural Loneliness. Os clipes onde eu gastei uma superprodução nessa era foram os singles que eu realmente queria que fizessem sucesso, que foi o caso de Fight With Myself e Blood. Não sei, mas não sinto que I Met The Dark seja uma música tão comerciável, acho na verdade uma das mais experimentais do disco, junto com Dying e com Spring.
Principalmente Spring, não é? Nos últimos tempos, não foi vista uma música tão grande como Spring. Você acredita que por conta disso que a música não foi single ainda? Acha difícil trabalhar com seus extensos treze minutos?
Bom, é sim bem mais complicado de trabalhar com uma música de quase quinze minutos de duração, tanto seja na produção da faixa quanto na sua divulgação, porque eu acho que as pessoas no geral não estão acostumadas com esse conceito de música grande, então é bem mais difícil de comercializá-las também. E cantar em lives também é um desafio, então acredito eu que Spring é meu único ato em questão de músicas de mais de dez minutos. Mas ainda assim, Spring continua sendo a minha música preferida do Behind The Sun, e eu tenho planos especiais para ela.
Inclusive, por falar em Live, você tem alguma ambição para turnê do Behind The Sun ou ainda é algo que você não tem tanta certeza?
Sim, tenho um pouco de ambição sim. Em várias partes do mundo, vários países já estão saindo de suas respectivas quarentenas e voltando para a vida normal, então acho que daqui a alguns meses já vai ser possível fazer um turnê a nível mundial do jeito que eu estou planejando, ou pelo menos eu espero. Espero que a gente saia dessa situação da qual nos encontramos o quanto antes.
E você também disse nas suas redes sociais nos últimos dias que já está trabalhando em um terceiro projeto, que está predestinado a ser o seu próximo álbum. Como tem sido esse processo?
Tem sido ótimo. Por algum motivo, durante essa quarentena eu tenho tido muitos espasmos de criatividade. Eu já tive uma ideia de como vai funcionar o conceito do disco, e escrevi algumas músicas. Ele ainda não está pronto, estou produzindo com calma, mas as previsões é que ele saia mais ou menos em 2021. Vai ser novamente algo diferente do que eu já fiz até hoje.
Como foi para escolher I Met The Dark de single, e não The Bikini Season que anteriormente já era a faixa que estava pré-definida?
Na verdade, foi mais fácil porque eu joguei para os meus fãs decidiram. Eu tinha clipes “prontos” para as duas músicas, mas estava na dúvida, já que apesar de The Bikini Season ser de longe a música mais comercial, I Met The Dark definia o álbum muito melhor. Então, fiz uma enquete no meu Twitter para decidir qual era a preferida deles, e foi assim que eu decidi. Então, acho que I Met The Dark funciona mais como um mimo para os meus fãs, já que é a música preferida deles.
E a sua relação com o fãs? Como tem sido durante essa quarentena, já que morando em um apartamento você está mais exposta do que você estava enquanto esteve morando na sua mansão, não é?
...Na verdade não mudou muita coisa. Quando eu morava na mansão eu tinha vizinhos e tinha que conviver com eles, e como eu não tenho saído de casa durante a quarentena para quase nada, estou até mais isolada do que eu estava antigamente. O único momento que meus fãs me reconhecem é quando eu preciso ir a algum mercado ou coisa assim, mas além disso não mudou quase nada.
Para finalizar a entrevista, você tem mais algo para dizer?
Bom, o básico né, stream I Met The Dark, e se puder dêem stream nos outros singles também até porque Blood tá ali em #2 né?
*A entrevista termina com I Met The Dark e The Bikini Season tocando em seguida*