Post by aquaphorrecords on Oct 15, 2019 14:57:37 GMT -3
Todos sabem que além de arrasar nos palcos, a estrela Lazuli também tem um coração de ouro e dedica muito de seu tempo ajudando os necessitados. A tradicional universidade norte-americana de Harvard reconheceu o trabalho humanitário desenvolvido por Lazuli e deu a ela o prêmio de Ativista do Ano de 2019. Também lhe deu a chance de vir ao palco da faculdade mais requisitada do mundo, para poder inspirar os jovens.
Entre muitas coisas, Lazuli comprou a causa Médico sem Fronteiras e usa suas músicas em todos os hospitais do mundo, como ajuda aos pacientes com problemas cardiovasculares e com câncer.
Em uma cerimônia realizada ontem, na universidade, a cantora fez um discurso muito emocionante, contando como chegou até lá e desafiando todas as pessoas a ajudarem aos necessitados também. Sempre divertida, ela começou se gabando de finalmente ter chegado a Harvard.
“Estou em Harvard. Nunca achei que poderia dizer isso na minha vida, logo eu, menina periférica que se formou em Administração. Obrigada, Dr. Counter, obrigada Harvard Foundation e obrigada, Universidade de Harvard por essa grande honra. Obrigada. Me sinto muito honrada por isso, por ser reconhecida nessa magnitude por algo que, na verdade, nunca quis receber crédito.
Quando eu tinha cinco ou seis anos, lembro de assistir TV e eu via aqueles comerciais, e eu assistia outras crianças sofrendo pelo mundo e vocês sabem, os comerciais diziam “você pode doar 25 centavos, salve a vida de uma criança”… sabe? E eu, ainda pequena, imaginava o que eu faria se guardasse meus 25 centavos. Porque não era justo eu ter uma infância, e aquelas crianças não. Prometi pra mim mesma que quando me tornasse adulta, iria ajudar cada uma daquelas pessoas. E não é que consegui?
Aos 20 anos comecei minha carreira aqui no Brasil, e aos 21 anos eu abri minha primeira organização de caridade. Isso não é absurdo? Eu me associei a outras organizações nos anos seguintes e encontrei, ajudei e até perdi algumas das mais lindas almas, como Jasmina Anema, de seis anos, que morreu de leucemia, sua história inspirando milhares a se voluntariar como doadores pela DKMS (uma instituição que combate o câncer de medula). Somos todos humanos. E nós todos só queremos uma oportunidade: uma oportunidade na vida, na educação, no futuro, de verdade. E na Médico sem Fronteiras, nossa missão é impactar o maior número de vidas possível, mas começamos com uma só.
Eu olho para essa linda sala e vejo otimismo, vejo esperança, vejo o futuro. Eu sei que cada um de vocês tem a oportunidade de ajudar alguém. Tudo o que vocês precisam fazer é ajudar uma pessoa, sem esperar nada de volta. Para mim, isso é um ativista. Isso é ser humano. Todos nós erramos, sim. Mas ao invés de nos condenarmos, porque não tentar melhorar? Porque não levantar a cabeça e ajudar aqueles que precisam?
As pessoas fazem parecer muito difícil. A verdade é, e o que eu quero que aquela menininha assistindo comerciais saiba, é que você não precisa nadar em dinheiro para ser uma ativista. Você não precisa ser rica para ajudar alguém. Você não precisa ser famosa. Você nem precisa ter o diploma da faculdade! Quer dizer, eu gostaria de ter, não tô dizendo… vocês sabem (a platéia ri).
Mas começa com seu vizinho, a pessoa ao seu lado, sentada perto de você na sala de aula, o menino que mora no seu quarteirão, você pode fazer o que puder para ajudar, de qualquer forma que você possa. O pedaço de pão que você guarda, ou o biscoito que você comprou por engano. Esse pequeno gesto, que pra você pode ser inofensivo, na verdade pode mudar a vida de alguém. Enquanto você está no mercado gastando seu salário em compras, existem aqueles que não vêem uma comida a dias. E hoje, quero desafiá-los a se comprometerem a ajudar uma pessoa. Uma organização, uma situação que toque seus corações. Minha irmã sempre dizia que se você tem um dólar, você tem muito a compartilhar. Obrigada, senhoras e senhores. É uma honra.”