Post by aquaphorrecords on Oct 20, 2019 18:30:48 GMT -3
Boa moça e com mais de 300 milhões de fãs nas redes, a cantora é vista como uma sucessora de Whitney Houston — mas, antes, quer se casar e diversificar seu indie.
A carioca Lazuli, de 25 anos, é a jovem cantora mais bem-sucedida do Brasil e do mundo. Com mais de 300 milhões de seguidores nas redes sociais, 200 milhões de ouvintes no Spotify e agenda de 140 shows por ano, ela ostenta não só uma audiência gigantesca no mundo real e virtual — os fãs revelam um grau de engajamento impressionante com ela. Há poucas semanas, Lazuli também causou alvoroço ao ter fotos no Instagram com o cantor Kevin Whack. Trafegando entre o indie e o R&B, com raízes firmes no romantismo, ela é a aposta de sua gravadora, a Aquaphor Records, para um dia suceder a veterana Whitney Houston. Nesta entrevista exclusiva pra Fader, Lazuli conta como lida com o assédio do público e fala das escolhas profissionais.
Enquanto muitos artistas indies fazem músicas sobre tristeza e suicídio, sua carreira foi construída em cima do romantismo. Por que escolheu uma trilha diferente?
Porque nunca fui triste nem suicida. Esse tipo de comportamento não tem a ver comigo. Só bebo um vinho de vez em quando. Posso até falar em cachaça algum dia em minhas canções, mas de uma forma mais poética — como o Ed Sheeran, que fala de bebida por estar na fossa. Mas, pensando bem, vai ser muito doido quando eu surgir com uma canção falando sobre cachaça.
Sua base de fãs é das mais aguerridas da música nacional hoje. Qual o segredo para formar uma brigada tão combativa nas redes sociais?
Olha, o segredo para ter milhões de seguidores é que seu trabalho seja apreciado pelo pessoal. Eu poderia ser ouvida por muita gente e não ter um grande número de seguidores em rede social. Mas, para mim, é importante estabelecer um canal com esse público. Gosto de interagir e de pensar que cada pessoa importa para mim da mesma forma que eu importo para ela. Claro que não posso atender a todos, mas, na medida do possível, quero demonstrar que essas pessoas não me são invisíveis, não são só estatística.
Sua gravadora, a Aquaphor Records acalenta a ambição de fazer de Lazuli a nova Whitney Houston. Isso a assusta?
Não paro para pensar nisso. Sou uma grande fã da Whitney. Para mim, ele é a rainha, a única rainha. As comparações surgem porque, assim como ela, eu não tenho medo de falar de amor nas minhas canções, muito menos de gravar uma música com piano e voz, enquanto todo mundo investe nos ritmos dançantes do momento. Desejo construir minha própria carreira, por isso penso de maneira diferente de outros artistas. Quero que minha carreira seja a melhor. Quero ser a melhor. Para isso, eu me cobro muito: não sossego nunca e trabalho demais. Às vezes, essa autocobrança me faz mal. Mas, quando percebo o bem que posso fazer na vida das pessoas, fico sossegado.
Lazuli já foi vítima de algum tipo de maldade?
Ah, no começo eu era muito criança. Tudo era novo. Imagine uma menina de 16 e 17 anos tendo de enfrentar maldades. Surgiam comentários, mentiras, e eu chegava em casa passando mal. Falaram muita maldade de mim. Eu me incomodei tanto com os boatos de que eu seria homossexual que comecei a me questionar se me sentava de um jeito muito afetado, sei lá. Saíram boatos na imprensa, na TV. Mas olha só? Eles estavam certos (risadas).
Recentemente, as suas fotos ao lado de Kevin Warck causou furor nas redes sociais. Por que a vida privada e a sexualidade de Lazuli provocam tanta curiosidade?
A curiosidade pelo que a artista faz ou deixa de fazer vem na mesma proporção do interesse do público pelo trabalho dela. Não é à toa que a pessoa é tratada como ídolo: sabemos que existe uma idolatria que mexe com o imaginário das pessoas. Elas querem se sentir íntimas da artista. Conhecer e compartilhar cenas da vida pessoal dela faz parte desse carinho, enfim. Penso que muita coisa pode ser compartilhada. Posso dividir um pouco da minha vida com esse público que, de uma forma ou de outra, faz parte dela. É claro que haverá situações e fatos que ficarão preservados pela privacidade que todos nós devemos ter, e nem faz bem transformar nossa vida num espetáculo.
Nos bastidores do mundo da música, sabe-se que há até pais que “oferecem” os filhas para sair com artistas bem-sucedidos. Para uma cantora supostamente comprometida, como tem sido lidar com o assédio das fãs?
Olha, vi vários amigos cair nessa onda. Sou muito tranquila e cuidadosa. Sempre encarei a carreira como algo essencial na minha vida, e tomei cuidado para que nada prejudicasse essa escalada. Puxei muito da minha mãe, uma mulher de retidão moral exemplar. Ela é muito correto, e me orgulho de ter herdado essa qualidade dela. Não vou mudar.
A opção por fazer uma carreira-solo, e não em dupla, como é comum entre cantores alternativos e indies, nunca causou problemas?
Às vezes. Lembro de chegar aos lugares e o pessoal das rádios perguntar: “Você é a La ou a Zuli?”. Todos me olhavam torto. Uma vez, eu e meu empresário fomos a uma rádio em Londres. Ele foi mostrar minhas composições, e eu fiquei do lado de fora. Só que as paredes eram tão finas que consegui escutar a diretora da rádio recomendar: “Diga a essa garota para arrumar outra pessoa, pois só se faz sucesso em dupla”. Foi tenso, mas consegui firmar minha carreira e aqui estou eu.
A carioca Lazuli, de 25 anos, é a jovem cantora mais bem-sucedida do Brasil e do mundo. Com mais de 300 milhões de seguidores nas redes sociais, 200 milhões de ouvintes no Spotify e agenda de 140 shows por ano, ela ostenta não só uma audiência gigantesca no mundo real e virtual — os fãs revelam um grau de engajamento impressionante com ela. Há poucas semanas, Lazuli também causou alvoroço ao ter fotos no Instagram com o cantor Kevin Whack. Trafegando entre o indie e o R&B, com raízes firmes no romantismo, ela é a aposta de sua gravadora, a Aquaphor Records, para um dia suceder a veterana Whitney Houston. Nesta entrevista exclusiva pra Fader, Lazuli conta como lida com o assédio do público e fala das escolhas profissionais.
Enquanto muitos artistas indies fazem músicas sobre tristeza e suicídio, sua carreira foi construída em cima do romantismo. Por que escolheu uma trilha diferente?
Porque nunca fui triste nem suicida. Esse tipo de comportamento não tem a ver comigo. Só bebo um vinho de vez em quando. Posso até falar em cachaça algum dia em minhas canções, mas de uma forma mais poética — como o Ed Sheeran, que fala de bebida por estar na fossa. Mas, pensando bem, vai ser muito doido quando eu surgir com uma canção falando sobre cachaça.
Sua base de fãs é das mais aguerridas da música nacional hoje. Qual o segredo para formar uma brigada tão combativa nas redes sociais?
Olha, o segredo para ter milhões de seguidores é que seu trabalho seja apreciado pelo pessoal. Eu poderia ser ouvida por muita gente e não ter um grande número de seguidores em rede social. Mas, para mim, é importante estabelecer um canal com esse público. Gosto de interagir e de pensar que cada pessoa importa para mim da mesma forma que eu importo para ela. Claro que não posso atender a todos, mas, na medida do possível, quero demonstrar que essas pessoas não me são invisíveis, não são só estatística.
Sua gravadora, a Aquaphor Records acalenta a ambição de fazer de Lazuli a nova Whitney Houston. Isso a assusta?
Não paro para pensar nisso. Sou uma grande fã da Whitney. Para mim, ele é a rainha, a única rainha. As comparações surgem porque, assim como ela, eu não tenho medo de falar de amor nas minhas canções, muito menos de gravar uma música com piano e voz, enquanto todo mundo investe nos ritmos dançantes do momento. Desejo construir minha própria carreira, por isso penso de maneira diferente de outros artistas. Quero que minha carreira seja a melhor. Quero ser a melhor. Para isso, eu me cobro muito: não sossego nunca e trabalho demais. Às vezes, essa autocobrança me faz mal. Mas, quando percebo o bem que posso fazer na vida das pessoas, fico sossegado.
Lazuli já foi vítima de algum tipo de maldade?
Ah, no começo eu era muito criança. Tudo era novo. Imagine uma menina de 16 e 17 anos tendo de enfrentar maldades. Surgiam comentários, mentiras, e eu chegava em casa passando mal. Falaram muita maldade de mim. Eu me incomodei tanto com os boatos de que eu seria homossexual que comecei a me questionar se me sentava de um jeito muito afetado, sei lá. Saíram boatos na imprensa, na TV. Mas olha só? Eles estavam certos (risadas).
Recentemente, as suas fotos ao lado de Kevin Warck causou furor nas redes sociais. Por que a vida privada e a sexualidade de Lazuli provocam tanta curiosidade?
A curiosidade pelo que a artista faz ou deixa de fazer vem na mesma proporção do interesse do público pelo trabalho dela. Não é à toa que a pessoa é tratada como ídolo: sabemos que existe uma idolatria que mexe com o imaginário das pessoas. Elas querem se sentir íntimas da artista. Conhecer e compartilhar cenas da vida pessoal dela faz parte desse carinho, enfim. Penso que muita coisa pode ser compartilhada. Posso dividir um pouco da minha vida com esse público que, de uma forma ou de outra, faz parte dela. É claro que haverá situações e fatos que ficarão preservados pela privacidade que todos nós devemos ter, e nem faz bem transformar nossa vida num espetáculo.
Nos bastidores do mundo da música, sabe-se que há até pais que “oferecem” os filhas para sair com artistas bem-sucedidos. Para uma cantora supostamente comprometida, como tem sido lidar com o assédio das fãs?
Olha, vi vários amigos cair nessa onda. Sou muito tranquila e cuidadosa. Sempre encarei a carreira como algo essencial na minha vida, e tomei cuidado para que nada prejudicasse essa escalada. Puxei muito da minha mãe, uma mulher de retidão moral exemplar. Ela é muito correto, e me orgulho de ter herdado essa qualidade dela. Não vou mudar.
A opção por fazer uma carreira-solo, e não em dupla, como é comum entre cantores alternativos e indies, nunca causou problemas?
Às vezes. Lembro de chegar aos lugares e o pessoal das rádios perguntar: “Você é a La ou a Zuli?”. Todos me olhavam torto. Uma vez, eu e meu empresário fomos a uma rádio em Londres. Ele foi mostrar minhas composições, e eu fiquei do lado de fora. Só que as paredes eram tão finas que consegui escutar a diretora da rádio recomendar: “Diga a essa garota para arrumar outra pessoa, pois só se faz sucesso em dupla”. Foi tenso, mas consegui firmar minha carreira e aqui estou eu.