Post by aquaphorrecords on Oct 20, 2019 19:01:42 GMT -3
Uma das cantoras mais populares da história, com mais de 300 milhões de visualizações no YouTube, fala da estratégia de lançar um single na era digital, em entrevista com a Paper.
Lazuli lançou na semana passada o single Mulheres de Areia. Qual é a diferença entre divulgar uma música hoje e há trinta anos atrás, na época de seus ídolos?
É completamente diferente. Antes, fabricavam-se vinte vinis para presentear as cantoras mais importantes. Se eles gostassem, tocariam a música em suas pistas e, então, as outras cantoras iriam me procurar. O lançamento no rádio se daria dois meses depois, quando já se teria criado uma demanda pelo produto. Hoje, o lançamento tem de ser simultâneo em todas as plataformas, como Spotify e YouTube. Mas uma coisa nunca vai mudar na indústria da música.
O quê?
Não importa a plataforma ou a estratégia de divulgação, sempre será o público que decidirá se a música vai pegar ou não. O artista pode investir milhões em um clipe e na divulgação, mas, se o público não gostar, a música não vai pegar.
Qual é a melhor e a pior coisa de ser cantora?
Tenho o melhor emprego do mundo: ajudo a fazer as pessoas felizes. A pessoa que vai a um show quer esquecer seus problemas — então essa é a minha missão. A música será associada a momentos de alegria, de descobertas amorosas. A pior coisa é a pressão para produzir singles chicletes, caso de Fuzuê — sinceramente, acho que nunca mais farei algo tão retumbante. Também há o fato de que passo pouco tempo em casa, estou sempre na estrada. É fisicamente desgastante.
Falando em Fuzuê, essa canção é tocada em quase todo lugar atualmente aqui no Brasil.
Não só no Brasil. Essa música bateu recorde e foi uma das mais executadas da história. Chegou a pontos do mundo que nem imagino. As pessoas se divertem, a canção transmite alegria e romantismo. Já disse em uma oportunidade: no meu funeral, quero que seja tocada Fuzuê.