Post by bad_barbie on Oct 21, 2019 21:41:24 GMT -3
Em meio a inúmeras polêmicas, um estilo pouco convencional, músicas cada vez mais controversas, Plastique Condessa, aos 20 anos, chegou com tudo na indústria em 2019. Com um EP e três singles, deixou diversos religiosos visivelmente irritados.
Mas quem é Plastique Condessa? Uma visionária ou apenas mais uma louca querendo chamar a atenção?
Estamos aqui com ela pra saber de tudo sobre a sua vida, sua história e sua carreira.
Plastique, primeiramente, você acha que o quê te levou a ser uma crítica tão forte à fé católica? Por quê mexer com religiosos?
Porque eles são pessoas intocáveis para a mídia. O catolicismo no último milênio cresceu tanto que qualquer coisa que você critique da religião, eles vão te tacar pedras, o que faz com que muitas artistas fiquem caladas. Eu não sou assim, desde os 13 anos eu falava "se eu for uma cantora, eu nunca vou ficar calada".
Então músicas de amor, relacionamentos, pra você são descartáveis?
Não acho que são descartáveis, mas eu não canto, porque pra mim não faz sentido eu cantar. Aclamo diversos trabalhos que são músicas de amor, como da minha grande amiga Lazuli, mas na minha carreira, no meu trabalho, prefiro tratar de assuntos maiores do que eu mesma.
E sobre o feat. com a Agatha? Você mostrou uma face mais romântica e insegura, né?
Eu não diria romântica. Eu diria depressiva. Eu tive depressão, e não é romântico, eu me sentia um lixo. A música é sobre mais um assunto sério.
Em Cocaine Grunge Party você também parece não criticar muita coisa, qual seria a crítica presente?
Em todo trabalho meu, por mais bobo que seja, há uma crítica. A crítica de Cocaine Grunge Party é justamente o uso excessivo de drogas. O uso que levou muitos de mrus ídolos a morte, tanto que a música é em homenagem a eles. Em Cocaine Grunge Party a festa não é legal, pois terminam todos mortos. Mas eu gosto de brincar com a ironia.
Deve ser complicado você ser atacada todo dia, né? Como você aguenta tanta negatividade ao seu redor?
A minha vida me ensinou que alguém que fala a verdade sempre vai sofrer. Porque quando você diz a verdade, está tirando o outro de sua zona de conforto. Porque a mentira é confortável. Eles não estão com ódio de mim, estão com medo de abrir os olhos.
Um dia pretende trocar de gênero musical?
Pretendo sim. Flerto bastante com o metal e música ambiente. Eu sei que nos meus álbuns eu não vou me prender à Pc Music. Esse álbum é Pc Music, no próximo já vou ter mudado. Eu sou uma pessoa experimental.
E você se considera política?
Alguém não se considera? Querendo ou não, somos todos seres políticos. Ignorar os problemas mundiais é ignorar a si mesmo.
Então seu trabalho tem o intuito de ser revolucionário?
Tem. Eu tenho um manifesto a ser seguido. Plastique Condessa não é apenas uma cantora indie, eu quero mudar o mundo tocando em assuntos não confortáveis.
Alguma palavra a mais para acabar a entrevista?
Sim, stream minhas três músicas, Catholic Boy, Real Pop Song e Cocaine Grunge Party, e me ajudem a transmitir minha mensagem ao mundo. Sei que vocês estão comigo.
Plastique, foi um prazer conversar com uma mulher tão inteligente quanto você. Poderia nos conceder uma performance?
Claro!
*Plastique performa Cocaine Grunge Party, e após isso, o programa acaba*